Ilderlei admite ser candidato

Ilderlei admite ser candidato Deputado federal pode disputar prefeitura da segunda maior cidade do Acre Antonio Muniz O deputado federal Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) admitiu ontem que poderá disputar a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, a segunda maior candidato do Acre. Filho do saudoso deputado Ildefonço Cordeiro, que morreu em acidente aéreo em agosto de 2002, Ilderlei começou sua carreira política em 2004, sendo candidato a vice-prefeito de Cruzeiro do Sul e ajudou a construir a vitória da prefeitura Zila Bezerra (PTB), numa disputa infernal com o candidato da Frente Popular, deputado federal Henrique Afonso. Ilderlei pretendia cumprir o mandato de forma integral, mas alguns conflitos com a prefeita Zila Bezerra o fizeram mudar de idéia. Sem clima harmonioso na prefeitura, o vice-prefeito traçou novos planos. Afastou-se da prefeitura e começou a trabalhar sua campanha rumo à Câmara Federal. Pressionado e perseguido politicamente, Ilderlei passou a fase decisiva da campanha impedido de se apresentar como candidato em Cruzeiro do Sul, para não correr risco de se tornar inelegível. O então candidato não renunciou ao mandato de vice e na ausência da prefeita, seria obrigado a assumir o cargo automaticamente. Filiado ao PPS, Ilderlei pode ter apoio do DEM, PSDB e PDT. As negociações, nesse sentido, já estão avançadas. Mesmo sem poder fazer campanha em Cruzeiro do Sul, Ilderlei foi o grande campeão de votos, derrotando o sobrinho do ex-governador Orleir Cameli, Gladson Cameli e o deputado Henrique Afonso, que disputou a reeleição. “Sou muito grato ao povo de minha terra. Pouca gente acreditava que eu seria o mais votado, mas a vontade do povo foi soberana”, afirma. Sem rancor Apesar de ter rompido politicamente com a prefeita Zila Bezerra, Ilderlei jamais deixou de lutar em busca de recursos financeiros para o município. Os interesses da população, segundo Ilderlei, estão acima dos interesses partidários. Caso seja confirmado como candidato, Ilderlei pretende fazer uma campanha em alto nível sem atacar os adversários. O deputado deverá ter como concorrentes a prefeita Zila Bezerra e um candidato da Frente Popular. Foto: página 03/Ilderlei Cordeiro Legenda: Deputado Ilderlei Cordeiro (PPS) pode encarar mais um grande desafio. ARTIGO DO NARCISO Politicamente decepcionantes Quando se completarem os 16 anos de governança tucano/petista, a política-partidária brasileira, por certo, ficará reduzida a cinzas. Os oito anos do mandarinato FHC somados aos oitos anos do lulo-petismo, este ainda inconcluso, decerto, em determinadas áreas, foram marcadamente competentes. Bastaria que citássemos o controle inflacionário para, em se fazendo justiça, fazê-los merecedores dos melhores elogios. A FHC, por haver concebido e implantado o Plano Real e a Lula, pelo zelo e espírito republicano como soube conduzir tão benfazejo programa econômico. Em tempo: com especial maestria o presidente Lula acabou jogando seu velho e surrado discurso na lixeira de nossa história. Elogios à parte e igualmente fazendo-se justiça, ambos foram extremamente desastrosos no que diz respeito à política-partidária, decerto, o ambiente da vida brasileira a exigir as mais urgentes e indispensáveis reformas, enfim como está, e pendente a piorar, nossa própria democracia vive permanentemente ameaçada, porquanto, com a anárquica legislação que está aí, e como resultante dela, a representação política, não tenhamos dúvidas, corremos o risco de perder todas as conquistas até agora alcançadas, até porque, numa democracia representativa, a que pretendemos ser, sua classe política precisa ser referência de toda a sua sociedade, e como fonte, convenhamos, ela vem se comportando mal e porcamente. Ao tempo em que era candidato a presidente da República FHC prometeu fazer a reforma política-eleitoral, porquanto dizia ser não só fundamental como absolutamente indispensável e a mãe de todas as reformas, enfim, com um Congresso Nacional cheio de picaretas e orientados por partidos políticos não menos picaretas – claro, guardadas as honrosas exceções -, após concluir seu longevo mandato, até poderíamos dizer: FHC só fez piorar o que já estava ruim, porquanto, afora a aprovação da emenda da reeleição, a mais desastrada de todas as emendas constitucionais decorrentes da constituição de 1988, foi na base do toma-lá-dá-cá que seu governo, predominantemente, se relacionou com sua base de sustentação política. Lula, tido e havido como o sujeito que iria fazer a ruptura dos velhos vícios e manais que praticamente já haviam se incorporados à vida política nacional, ele próprio o autor da provocante frase: “O Congresso Nacional tem 300 picaretas”, antes mesmo de ser empossado, já havia se aliado ao que existia de pior na politicalha brasileira. Em nome da tal “governabilidade” chamou - e foi prontamente atendido – para compor sua base se sustentação política os seus mais destacados e tradicionais desafetos, sobretudo aqueles que os petistas já haviam execrado publicamente: Paulo Maluf, Jader Barbalho, Orestes Quércia, Newton Cardoso, entre outros. Como não foi construída nenhuma opção afora o dueto PT/PSDB, provavelmente, um petista ou um tucano sucederá o presidente Lula, no que significa dizer que tudo continuará como dantes, (nos quartéis tucano/petistas) sobretudo porque, sequer como discurso eleitoreiro poderão empunhar a bandeira da reforma político-partidária. É triste constatar-se que a compra de parlamentares, no varejo, ou o aluguel de partidos, no atacado, tenha sido a opção preferida de FHC, de Lula, e certamente de quem vier sucedê-lo. Em nome dessa tal governabilidade todas as patifarias possíveis já foram postas em prática. Para composição das maiorias parlamentares, seja no plano nacional, estadual e municipal, jamais o interesse do país é levado em conta, e sim, o interesse pessoal de cada parlamentar, e quando muito, dos próprios partidos. Liberação de emendas, criação e ampliação das verbas parlamentares e outras seduções nada republicanas têm sido as moedas recorrentemente utilizadas. As negociações republicanas, plenamente aceitáveis, caíram completamente de moda. Em síntese: instituiu-se e consolidou-se o toma-lá-dá-cá. Do revezamento PSDB/PT, uma conclusão já se pode tirar: tucanos e petistas sempre estiveram mais interessados em chegar – e se manter no poder – do que em exercê-lo com competência e espírito público. Não por acaso, os mesmo partidos e os mesmos picaretas que Lula dizia que apoiava o governo FHC são os mesmos picaretas e os mesmos partidos que hoje o apóia. Esta é razão pela qual a reforma político-partidária não entra na agenda do Congresso Nacional, enfim, governar comprando parlamentares e alugando partidos já demonstrou ser bem mais fácil e mais prático do que conseguir aliados em torno de um projeto de interesse nacional. O paparicado que tucanos e petistas fizeram para ter Orestes Quércia como aliado na disputa pela prefeitura de São Paulo e o conchavo que Aécio Neves tentou fazer tendo como objetivo eleger o futuro prefeito de Belo Horizonte, entre outros, apenas reflete a pobreza da nossa situação político partidária, e, por certo, as espertezas daqueles que se acham donos de nossa solapada pátria. PANORAMA POLÍTICO Uma história deturpada Lançado no fim do ano passado, na Bienal Internacional do Rio de Janeiro, o livro “1808” – mostra como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. Lançado pela Editora Planeta, o livro do jornalista paranaense Laurentino Gomes, ficou por várias semanas em primeiro colocado na lista dos mais vendidos na Livraria Saraiva e na Livraria Cultura, no quesito não-ficção, desta semana. Resultado de uma investigação de 10 anos, a obra mostra, em tom jornalístico e com linguagem acessível, as razões e conseqüências da fuga da família real portuguesa para o Brasil. Como bom marketeiro, o jornalista-escritor, inicia o livro dando ares da importância à sua obra em uma linguagem acessível. O livro não traz muitas novidades, mas é gostoso de ser lido. Dividido em 29 capítulos, o livro tem seções de notas e bibliografia, além de ilustrações de cronistas e pintores da época, como Goya, Debret, Rugendas, Henderson e Chamberlain. A obra Inclui ainda um mapa da viagem de D. João e uma "linha do tempo" mostrando os principais acontecimentos no Brasil e no mundo entre a Revolução Francesa e a Independência do Brasil. É importante identificar o autor, bem como o lugar social de ontem fala. Afinal, cada um tem seu ponto de vista e cada ponto de vista é visto de um ponto. Laurentino Gomes trabalha na Editora Abril há 20 anos, 15 dos quais foi repórter da revista Veja. A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleônicas, revoluções republicanas, escravidão formaram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua instalação no Brasil. Resultado de dez anos de investigação jornalística, o livro de Laurentino Gomes resgata e conta, de forma acessível, a história da corte lusitana no Brasil e tenta devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás. Escrito por um dos mais influentes jornalistas da atualidade, 1808 é o relato real e definitivo sobre um dos principais momentos da história brasileira. Como leitor cidadão comum, digo que vale a pena ler a obra, mas acredito que muitos historiadores dirão que não traz nenhuma contribuição às pesquisas. Já os que analisam a obra do ponto de vista comercial, poderão dizer que não passa de um engôdo de venda, em outras palavras, é uma publicação mercenária que visa apenas ganhar dinheiro. Barrado Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou ação de assessores do primeiro escalão do Palácio do Planalto que pretendiam canalizar parte de seus rendimentos para o PT. Resolução O tribunal manteve resolução que proíbe funcionários públicos com cargos comissionados de fazerem contribuições e doações a partidos políticos. A cada mês, o PT arrecada menos. Pedido O tribunal negou pedido feito pelo chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, pelo ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e pelo assessor especial, Marco Aurélio Garcia. Prejuízo Tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, afirma que desde outubro, quando a resolução foi publicada, o partido perde R$ 170 mil mensais em contribuições de filiados. A arrecadação caiu de R$ 300 mil para R$ 130 mil. Inadimplência A inadimplência aumentou em todo o Brasil, NO Acre, por exemplo, mais da metade dos petistas deixaram de pagar a contribuição mensal. A arrecadação caiu e continua caindo a cada mês. Decepção Vice-governador César Messias decepcionou-se domingo ao ver o Náuas ser goleado, em casa, pelo Juventus por 4 a 1. César chegou a conceder entrevista dizendo que o time venceria. Floresta Ex-governador defendeu a preservação das nossas florestas durante palestra que proferiu sábado a uma platéia de acadêmicos. Detalhe: em seu governo, o Acre registrou o maior número de queimadas. Sabedoria Dezenas de estudantes assistiram o ex-governador falar sobre o conceito da sustentabilidade e ao desafio de usar a floresta com sabedoria. O engenheiro florestal governou o Acre por oito anos. Caseiro O ex-governador gostava muito de viajar. Dificilmente passava um fim de semana em Rio Branco. Mas agora, raramente é visto no aeroporto. Sem passagem e diária, não tão fácil viajar. Água Deputado Luiz Calixto (PDT) afirma em seu blog que um melhores negócios no Acre é vender água. A água por aqui não é viável apenas do ponto de vista econômico, mas também político. Foto: página 03/Donald # Deputado Donald Fernandes, líder da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa, em entrevista a este colunista, sábado à noite, no programa Conversa Franca, afirmou que alguns deputados da base governista, boicotam as propostas por ele apresentadas. Há pouco mais de um mês, Donald apresentou projeto de lei proibindo comercialização de bebidas alcoólicas às margens das rodovias estaduais. PANORÂMICAS # Fernando Melo (PT-AC) viajou domingo a Atlanta. De lá, vai ao Washington. # O deputado petista foi a convite da Federação Pela Paz Universal (FPU). # Fernando Melo participará de um seminário internacional. #Secretário ameaça demitir quem não se enquadrar no movo esquema de trabalho. # Funcionário ameaça contar que foi usado na campanha. Ameaça prá cá, ameaça pra lá. # Vamos ver quem tem mais munição. No fundo, devem deixar como está pra ver como fica. # Presidente do Sintesac, Antonio Daniel, acerta detalhes da Festa do Trabalhador. # A festa será realizada nesta quinta-feira, na reabertura da sede do Sintesac. # Baltazar se machucou no primeiro lance no jogo contra o Rio Branco e só deve voltar no segundo turno. # Tricolor voltou a treinar ontem. Jean Sacramento continua no comando técnico da equipe. # Um bom dia ao colega Gleyciano Bispo, acadêmico de Jornalismo do Iesacre, o aniversariante de hoje.