domingo, 21 de novembro de 2010

História das Câmaras Municipais no
Mundo
A proclamação
da Constituição espanhola de 1812 supôs a abolição do regime senhorial e a sua substituição por uma administração autárquica do território, originando a criação das câmaras municipais de Riós e Castelos. Em 1823 Fernando VII derogou a Constituição, o que supôs a suspensão destas câmaras municipais e a restauração do regime senhorial.
A recuperação definitiva da municipalidade produziu-se em 1835 quando surgiu a câmara municipal de Riós, que abarca os antigos de Riós e Castrelos.
Os primeiros povoadores do território da atual câmara municipal de Riós (também conhecido nas fontes como O Riós, Orriós ou País do Riós), foram os interamnios, que pertenciam ao conjunto dos povos interamnenses, termo que alude à presença de rios que "intermedian".
Este povo é um dos que figuram na inscrição da ponte romana de Chaves, conhecido como Padrón dos povos, junto com os tamaganos, bibalos e límicos, todos eles extendidos pela zona meridional da Galiza (Galícia).
Durante o Antigo Regime, as freguesias que integram a atual câmara municipal do Riós integraram-se na xurisdición de Souto Bermudo, senhorio do conde de Monterrei. Ao ser um território fronteiriço entre Espanha e Portugal, sofreu os conflitos das relações entre os dois países.
A festividade mais importante da Câmara municipal de Riós é o 15 de Agosto. Celebra na igreja de Santa María de Riós, barroca do século XVIII, terminou-se de construir em 1718. Esta igreja ergueu-se sendo abade dom Antonio Ramos Moscoso.
Também é preciso mencionar as igrejas paroquiais de Santa María de Castelo de Abaixo, a de Santa María de Castelo de Cima, a de São Miguel na freguesia de Progo e a igreja de Santo Estevo em Trasestrada. Outra construção que pode resultar interessante, também de caráter religioso, é o cruzeiro de Santa Maria com bolso de animas.
As festas que mais sobressaem são as de são Cristóvão celebradas o 25 de Julho e o são Roque na capital autárquica o 16 de Agosto. Mas, sem dúvida, a celebração mais importante é a romaria da Nossa Senhora das Dores, que se faz o 15 de Setembro.

História das Câmaras Municipais no Brasil
Segundo Ferraneto e Kopplin (1996), a origem das câmaras municipais e dos vereadores vem da época da colonização do Brasil. Vereador é a pessoa que "vereia" (do verbo verear, que quer dizer administrar), segundo alguns estudiosos. Mas, segundo outros, "verear" são a contrações de verificar. Assim, as autoridades municipais estavam organizadas em Vereações ou Conselhos de Vereadores e essas instituições já desempenhariam papel capital durante a colonização. Com as ordenações Filipinas, no século XVIII, não haveria autoridade mais forte que a da metrópole.
As Câmaras Municipais tendiam mais a defender os interesses dos colonos do que dos da metrópole, na verdade era uma poderosa resistência contra o centralismo da administração colonial.
João Capistrano de Abreu, em seu livro: “Capítulos da História do Brasil Colonial (1.500-1800)”, afirmou que “Os homens bons reuniam-se em Câmaras Municipais, órgão de administração local, cuja importância, então e sempre somenos, nunca pesou decisivamente em lances momentosos, em no Reino, nem aqui...".
João Francisco Lisboa, comentando a situação do Maranhão, no livro: “Crônicas Maranhenses”, enalteceu o poder desses conselhos: "com camareiros altivos e façanhudos, falando grosso diante do clero, enfrentando os jesuítas uma potência no campo civil e muitas vezes primando sobre o poder de el-Rei, na pessoa de seus delegados...".
As ordenações Filipinas determinavam, entre outras coisas, que competia aos vereadores a taxação dos ganhos dos artífices, baixarem posturas, determinarem a conservação de logradouros, jornadas de trabalho e, inclusive, julgar, sem apelação, os feitos das injúrias verbais e pequenos furtos.
Esse órgão existia certamente mais bem organizado, no Reino. O fato inegável é que a administração colonial era feita através desses órgãos, reconhecendo-lhes Caio Prado Junior, que competia às Câmaras Municipais o exercício de grande número de atribuições, "constituindo a verdadeira e quase única administração da
colônia".
Na verdade, ao se criar uma vila na Colônia, inaugurava-se o Pelourinho, que era o marco da existência da vila e, de imediato se fazia a convocação dos homens bons, para eleger os vereadores.
O nome pelourinho tem origem na bola que encimava a coluna de alvenaria (em latim, denominada de "pirorium") e que era construída sobre um pedestal, com escadaria feita de pedras. Erguido na praça principal da vila, o pelourinho era uma espécie de marco ou emblema da administração, servindo também como local de castigo aos criminosos e escravos fugidos.
Pelouros, como se verá adiante era como se designavam as urnas para certas votações no Brasil colonial. O objetivo era repetir-se o modelo administrativo vigente no Reino. Em Portugal, de maneira mais clara, o poder municipal residia, basicamente, no Conselho, o conjunto dos "homens bons" do lugar, representados pela Câmara ou Mesa da Vereação.
Nas cidades principais, essa Mesa assumia o título de Senado da Câmara. Os municípios portugueses nasceram em forma mais ou menos independente, durante o período feudal. Na ausência de uma autoridade e uma legislação centralizada, cresceram e se organizaram com base nos costumes e forais das diversas regiões.
A primeira tentativa documentada de padronização encontra-se nas ordenações que, visando um maior controle e dependências da Coroa determinaram que as câmaras fossem constituídas por vereadores e presididas por um Juiz Pedâneo, todos eles elegíveis entre os "homens bons" de cada localidade. Essa organização foi mantida nas Ordenações Manoelinas D. Manoel I criara, previamente, a figura de Juiz Avindor ou consertador de demandas, mas esse cargo não foi incluído nas novas Ordenações. A definitiva estrutura de governo para os municípios foi estabelecida, em 1603, pelas Ordenações Filipina, que determinaram os procedimentos para a escolha de juízes, vereadores e procuradores, bem como as atribuições e limitações dos Conselhos quanto à administração, às rendas públicas, à regulamentação do comércio e dos ofícios e à participação nas festas religiosas.
Também estabeleceram um sistema de controle mais rigoroso, exigindo-se a prestação anual de contas aos provedores e a apresentação dos livros da receita e despesa ao Desembargo do Paço. A primeira localidade do território recém descoberto que veio a ser formada nesses moldes administrativos foi a Vila de São Vicente, em 1532.
Enquanto as capitanias - ou mesmo o Governo Geral, instalado em 1549 - resumiam-se a umas poucas funções regulamentadas (conforme o caso: Capitão ou Governador, Ouvidor ou Ouvidor Geral, Provedor ou Provedor Mor), deixando boa parte das funções secundárias ao arbítrio dos donatários e governadores, o município português foi transplantado ao Brasil com todos os seus quadros já definidos e com pequenas alterações, essa estrutura subsistiria durante todo o período colonial.
Conforme as dimensões do município, cada mesa da vereação estava integrada por dois, três ou quatro vereadores e um ou dois Juízes Ordinários. O juiz presidia as sessões, mesmo em aspectos administrativos e políticos. Sendo dois, alternavam-se mensalmente nas funções rotineiras, precedendo o mais antigo nas ocasiões mais solenes. Serviam à Câmara um procurador, um tesoureiro, um distribuidor e vários escrivães e tabeliães.
A ela estavam ligadas, também, as funções de polícia, lideradas por um ou mais alcaides-pequenos e executadas por Quadrilheiros. Embora fossem funcionários municipais, os alcaides pequenos respondiam ao alcaide-mór, funcionário do âmbito da Capitania. Também a cadeia era uma dependência do município, existindo, para sua custódia, um ou mais carcereiros. A estrutura judiciária começava - no controle da obediência às disposições do município - por dois juízes escolhidos mensalmente pela mesa da vereação.
Estavam incumbidos de fiscalizar o abastecimento, a limpeza, as obras públicas, os pesos e medidas usadas no comércio, etc. Eles podiam julgar informalmente, sem grandes processos nem escrituras, mas todas as suas decisões podiam ser apeladas perante os juízes ordinários.
Os juízes ordinários - também chamados Juízes da terra por serem, como os vereadores, moradores do município - eram a representação mais clara da magistratura de 1ª instância. Podiam conhecer ações novas - mesmo nos casos de infrações ou delitos alheios ao âmbito municipal - ou revisar as decisões dos magistrados inferiores.
Tiravam devassas particulares sobre feitos de sangue, violência a mulheres, destruição de propriedade comunal ou privada, falsificação de moeda, etc. Estavam, também, incumbidos de controlar a atuação dos juízes, vereadores e oficiais de justiça do âmbito municipal, incluindo a dos juízes ordinários que lhes precederam nos cargos. Podiam dar audiências, expedir mandados de prisão ou alvarás de soltura, instruir e sentenciar, com alçada, nos bens móveis, até mil reis, nos lugares com mais de 200 habitantes, e até seiscentos reis, nas comunidades menores. Nos bens de raiz, essa alçada caía para quatrocentos reis.
Como o leitor deve desconfiar essa estrutura, digamos "municipalista" portuguesa, na prática, não funcionava tão bem quanto nas ordenações, principalmente nas distantes terras do Brasil, posto que em muitas vilas sequer houvesse um compêndio com as ordenações, comentários e jurisprudência.
De um modo geral, é indiscutível o papel dos conselhos e câmaras, até mesmo pela amplitude de suas competências e, imagina-se, principalmente ante a quase inexistência no poder do reino nas questões imediatas das localidades da colônia.
Em 1532, enquanto os primeiros juízes ordinários eram empossados no Brasil, um novo tipo de magistrado aparecia em Portugal: o juiz de fora ou, como inicialmente fora chamado, de fora à parte. Era um funcionário letrado, formado em Leis ou Cânones e nomeado pela Coroa, geralmente assumindo a sua primeira responsabilidade na carreira jurídica.
Avantajava os juízes ordinários, não apenas na formação profissional, mas, também, na isenção a respeito das pressões locais. O cargo não podia ser exercido no local de origem ou residência habitual do magistrado e não era permitido o matrimônio ou qualquer outro vínculo pessoal com os seus jurisdicionados. Por outra parte, a sua autoridade, delegada pela Coroa, era muito superior à dos juízes ordinários.
Mesmo com a criação desses juízes de fora, o domínio dos que detinha o poder local sempre se manifestou, até mesmo porque o processo de colonização exigia que as pessoas que detivessem a posse da terra se empenhassem em sua defesa, como sentinelas avançadas do reino, tanto assim que os primeiros forais concedidos aos que aqui chegaram lhes garantia o direito de não ser molestados por magistrados providos pela Coroa. Enquanto os almotacés, alcaides e outros funcionários menores eram, simplesmente, escolhidos pelas câmaras, a eleição de juízes ordinários, vereadores e procuradores, atribuição exclusiva dos conselhos, era rodeada de um ritual rigoroso.
Integravam o conselho os "homens bons" da localidade, entendendo-se por tais os adultos livres do sexo masculino incluído os nobres e fidalgos, os proprietários, os militares e o clero, enquanto não tivessem - na linguagem da época - "marca de nação infecta", ou seja, mouros, judeus ou seus descendentes. Servos, escravos, peões e empregados eram considerados "malados", ou seja, classes inferiores, não aptas para tomar parte na condução da comunidade.
Entre essas duas faixas, características do mundo medieval existiam como classe em ascensão, a dos "oficiais mecânicos" (marceneiros, serralheiros, pedreiros etc.), não equiparáveis aos "homens bons" por carecerem de propriedades, títulos e privilégios, mas superiores aos servos e escravos por serem trabalhadores autônomos, donos das suas oficinas.
A sua posição nos conselhos não era constante, ora integrando-se com voz e voto, e até obtendo representação nas câmaras, ora apenas constituindo delegados para a defesa dos interesses setoriais, ora completamente excluídos da condução municipal. O conselho ou reunião dos "homens bons" não era um órgão regularmente constituído. À semelhança do "Cabildo Abierto" espanhol, reunia-se apenas em circunstâncias de especial transcendência.
Uma dessas circunstâncias era, a cada três anos, a escolha dos novos representantes que deveriam governar o município. Reunido o conselho, sob a coordenação dos atuais juízes e vereadores, eram escolhidos seis eleitores, por votação escrita e secreta, que era apurada publicamente. Depois de juramentados, esses eleitores eram distribuídos em três duplas, devendo cada uma delas apresentar uma lista com candidatos para todos os cargos.
As três listas, elaboradas independentemente e sem conhecimento umas das outras, eram assinadas por seus autores. Sendo algum deles analfabeto, um juiz ou vereador assinava no seu lugar, fazendo juramento de silêncio sobre o conteúdo da lista. Depois, o juiz copiava os nomes para uma relação - chamada de "pauta" - verificando que não houvesse parentes (até o quarto grau) propostos para ocuparem cargos no mesmo período. Essa operação era conhecida como "apurar as pautas".
Os nomes eram colocados em bolas de cera, chamadas de "pelouros" por sua semelhança com os projéteis desse nome. Pauta e pelouros eram colocadas num saco de couro, com compartimentos especiais para cada um dos cargos, e guardados numa arca ou cofre com três fechaduras. As chaves eram distribuídas entre os vereadores, para que nenhum deles pudesse, individualmente, alterar o conteúdo dos pelouros.
Quem confiasse a sua chave a outra pessoa era passível de multa de 4 mil-réis e degredo do termo, pelo prazo de um ano.
Terminado o mandato da mesa atual - normalmente, nos últimos dias do ano e curso ou nos primeiros do seguinte - a população se reunia em torno do pelourinho, cujo nome deriva, provavelmente, desse ritual cívico. Ali, os nomes contidos nos pelouros eram extraídos por um menino menor de sete anos, condição determinada nas Ordenações para garantir a completa isenção. Dentre os três candidatos propostos era, assim, sorteado um nome para ocupar cada cargo.
Embora os mandatos fossem anuais, a eleição e formação dos pelouros eram feitas a cada três anos, o que minimizava a necessidade da presença freqüente dos "homens bons", muitos dos quais eram proprietários rurais residentes em lugares afastados. Guardados os pelouros em segurança, bastaria, durante o rito de abertura e proclamação dos eleitos, a presença da população urbana para garantir a lisura do ato.
Embora eficaz para evitar as fraudes, esse rito era demasiado complexo para ser utilizado toda vez que uma vaga acidental precisasse ser preenchida. Quando um membro da câmara morria ou, por qualquer outro motivo, ficava impossibilitado de concluir o seu mandato, o substituto era escolhido em vereação, por simples maioria de votos, recolhidos, à maneira de urna, num barrete. Daí esses mandatários seremchamados de juízes ou vereadores "de barrete", o que os diferenciava dos "de pelouro" que, por terem sido formalmente eleitos, possuíam maior representatividade.
Esses fatos históricos justificam sejam as câmaras de vereadores mantidas como órgãos importantíssimos à autonomia política dos municípios, nem tanto por respeito ao passado, mas, principalmente, porque é inegável o valor de sua contribuição à democracia.
Municipalismo veio de Portugal
O municipalismo que nos veio de Portugal é, portanto, anterior ao reino (ano de 1143); a instituição chegou ao Brasil no regimento de Martim Afonso, o qual em 1532 instalou a Câmara de São Vicente, primeiro município brasileiro, mais a Câmara de Santo André; esta vila de João Ramalho, transferida com seus camaristas e livros de atas para junto da Casa dos padres jesuítas, ficou sendo a Vila de São Paulo.
Os elementos materiais componentes de nosso Conselho colonial e imperial se resumiam num grupo de vizinhos (moradores), territórios, pelourinho, Casa de Câmara e Cadeia, brasão de armas e estandartes; algumas vilas possuíam também um curral do conselho.
O número mínimo de moradores era de trinta pessoas; pelourinho, símbolo de competência do conselho, chamava-se termo; o pelourinho, símbolo da autonomia municipal, era feito de madeira oitavada e erigida no rocio da Casa da Câmara; cada conselhos possuía seu brasão de armas e seu estandarte (bandeira) que nos dias festivos a edilidade levava à frente dos cortejos; o curral do conselho era uma espécie de estacionamento para os meios de transporte da época; de nosso principal interesse é a Casa da Câmara, também chamada de Paço do Conselho.
As Casas da Câmara tiveram seu modelo arquitetônico em Salvador; um sobrado quadrado com cadeia em baixo e salões para edilidade em cima. O motivo de ser Casa da Câmara e Cadeia conjuntas prende-se ao fato já mencionado de as Câmaras exercerem também funções judiciárias; assim, num mesmo edifício, reuniam-se os vereadores que eram também juízes; a sala das sessões transformava-se em sala de audiências e os presos bem perto.
Em Conselho mais pobre, como o de São Paulo, por exemplo, houve de início muitas dificuldades na construção da Casa da Câmara; os edis se reuniam em casa de algum de seus companheiros; em 1579 a Casa da Câmara e Cadeia compunha-se de um só aposento, ocorrendo daí fatos curiosos: ou a Câmara não podia se reunir por haver um preso lá ou os presos andavam à solta por causa das reuniões; houve também o caso de um sargento de guarda, apaixonado por uma presa, que pernoitava na cadeia. Com o correr do tempo, São Paulo teve sua Casa de Câmara, mas não do modelo clássico: era térrea com a prisão ao lado. A última construída tornou-se o edifício da Assembléia Legislativa Provincial, do Congresso do Estado e da Assembléia Estadual.
Embora a Lei Orgânica dos municípios de 1828 tivesse tirado das Câmaras suas atribuições judiciárias, os juízes de paz continuaram a serem eleitos com os vereadores; permaneceu assim, por todo o Império, o binômio Casa de Câmara e Cadeia. Atualmente é raro encontrar-se no Brasil Casa de Câmara e Cadeia típicas, porque as antigas foram demolidas ou transformadas.
São Vicente, berço da democracia americana e primeira Câmara Municipal do Brasil
Embora certos estadunidenses se apropriem do patronímico "americanos", como se os demais povos das Américas não o fossem igualmente, e também se intitulem "campeões da democracia" (apesar das evidências em contrário encontradas em qualquer noticiário internacional da atualidade...), o fato é que o conceito grego de poder do povo (democracia) chegou ao Novo Mundo pela porção Sul do continente.
Foi em São Vicente que surgiu a primeira casa legislativa das Américas, já que nos demais países (então colônias) a possibilidade da população decidir sobre seus destinos só surgiria pelo menos um século depois. Mesmo nos Estados Unidos da América, o instituto do voto só apareceria na época da Declaração de Direitos, em 4 de julho de 1776.
São Vicente, a primeira Câmara da América Latina
Em 22 de janeiro de 1532, quando Martim Afonso de Souza, que tinha poderes quase reais atribuídos por D. João III, presidiu a primeira eleição popular e instalou a primeira Câmara Municipal das Américas, a Câmara Municipal de São Vicente, no litoral paulista, na região de Santos. Se olharmos para o passado com a visão do presente e esperança no futuro, vemos que aí está a primeira célula de liberdade.
Que é Município? - É uma república municipal. Quando Júlio César conquistou a Grécia, 147 anos a.C., ficou ele encantado com o funcionamento da República Ateniense, que era uma república municipal.
A Grécia era formada por uma federação de repúblicas municipais das quais Atenas era o modelo. Atenas presidida por Péricles.
Então, Júlio César, voltando a Roma, deu à República Romana uma amplitude nacional, para empregarmos expressão moderna, fazendo com que a república municipal tivesse amplitude maior. Todos sabemos como fracassou a idéia de Júlio César.
E Augusto, ao ser Imperador, compreendeu o valor da república municipal. Então, o Império é o laço que une as repúblicas munícipes, os municípios romanos.
Com a queda do Império Romano, no século V, não desapareceu a instituição municipal, porque em todas as províncias do Império Romano existem esses municípios, essas células de liberdade municipal, do Danúbio ao Atlântico, até as vertentes do Mar Mediterrâneo, do Mare Nostrum dos Romanos.
Então, vamos encontrar esta república municipal na Itália, na Dácia, hoje Romênia; nas Gálias, hoje França; na Ibéria, hoje Portugal e Espanha, para ficarmos apenas na civilização latina. Quando se verificou a queda do Império Romano, no século V, não quer dizer que essa instituição municipal tivesse desaparecido. Continuou em estado de latência, vamos dizer assim.
No século IX, quando essas províncias do Império Romano estão completamente desagregadas, elas procuram - e vou usar da expressão que todo mundo gosta de empregar modernamente - a sua autodeterminação. São províncias do Império Romano, porque não existe ainda a palavra Europa para designar o continente que hoje tem esse nome.
Então, aquelas províncias procuravam um meio de se transformar em Nações. Então, no século IX, na Lusitânia, ressurge o "municipium" com o nome de "concilium".
Senhores, a Europa falou durante milênios a língua latina. É preciso que se saiba que, do século I ao século XII, aquilo a que hoje chamamos Europa - e que não existia com essa denominação - falou apenas a língua latina, porque essa era a língua falada em todas as províncias romanas.
E é interessante que neste momento eu vos recorde que romanos eram Jesus, Pedro e Paulo. Romano foi Santo Agostinho que acabei de citar, nascido no Norte da África. De forma que, dentro do Império Romano, estas províncias começaram o trabalho que hoje chamamos de autodeterminação.
Na Lusitânia surgem os concílios - reunião de moradores, de vizinhos, eleitos pelo povo para cuidar dos interesses municipais.
Quando Afonso Henriques cria a monarquia portuguesa, no século XII, em 1140, foi esta mesma monarquia o laço que uniu estas repúblicas municipais. Trata-se de instituição puramente romana.
E de 1500 a 1532 nós vemos como os reis de Portugal olham atentamente pelo desenvolvimento daquela que ainda é a Província de Santa Cruz. Dentro desta orgânica política que se chama monarquia, a Província de Santa Cruz é uma província da monarquia portuguesa.
Em 1519 - prestem bem atenção, senhores -, em 1519, 19 anos depois da viagem de Pedro Álvares Cabral, publicou-se em Lisboa um mapa assinado pelo cartógrafo Lopo Homem, e nesse mapa já figurara todo o litoral brasileiro, da Foz do Rio Amazonas ao estuário do Prata.
E ao longo desta costa de quase 9 mil quilômetros já estão inscritos 150 nomes de acidentes geográficos, rios, cabos, ilhas, golfos, penínsulas.
Martim Afonso partiu de Lisboa, em dezembro de 1530, auxiliado para uma permanência de 2 anos no litoral brasileiro. De tal modo que sua esquadra, pelo roteiro traçado pelo seu irmão Pero Lopes de Souza, que fez o Diário de Navegação, podemos acompanhar a sua viagem de Lisboa até o estuário do Rio da Prata e de regresso com a sua chegada a São Vicente, quando, no dia 22 de janeiro de 1532, Martim Afonso de Souza preside, na povoação de São Vicente, a primeira eleição popular realizada nas Américas - eu disse, senhores, nas Américas, quero dizer, América do Norte, América Inglesa, América Espanhola e América Portuguesa - e instalou a primeira Câmara Municipal das Américas.
Quando digo, senhores, que a São Vicente cabe a honra de ser o berço da Democracia Americana, digo-o consciente daquilo que estou falando, porque é o berço da Democracia em toda a América, desde o Pólo Norte ao Pólo Sul.
A América do Norte, senhores, de 1620 até 1778 pertenceu à Nova Inglaterra, à América Inglesa, com um conjunto de colônias. Esses colonos ingleses não conheceram sequer um sistema de eleição até a data de sua independência.
Na América Espanhola, que abrange desde as fronteiras do México até o Estreito de Magalhães, havia um processo parecido com as Câmaras Municipais luso-brasileiras - era o cabido. Mas os elementos desse cabido não eram eleitos pelo povo, eram designados por aqueles que terminavam o seu mandato. Portanto, o povo não estava presente, não tomava parte, ignorava completamente como era administrada a sua célula municipal.
No Brasil, porém, desde 22 de janeiro de 1532, o povo tomou parte ativa nas eleições do Conselho, hoje Câmara Municipal. É, pois, o povo que comparece e vota, porque há um código eleitoral. E esse código eleitoral é vigente no Reino de Portugal, nos Estados do Brasil, em Angola, em Moçambique, na Índia Portuguesa e em Macau porque há um conjunto de leis que se chama Ordenações do Reino e que eram a Constituição da Monarquia Portuguesa. Hoje temos a Constituição da República como já tivemos a Constituição do Império.
De forma que nas Ordenações do Reino estavam capituladas todas as leis referentes ao Código Eleitoral: como eram eleitos os Vereadores, como funcionavam as Câmaras, o tempo de duração de cada legislatura.
Senhores, não houve eleições nas Américas inglesa e espanhola até a data da independência desses povos. No Brasil, ao contrário, temos uma tradição de democracia desde 1532! E, para maior acentuar este fato: todos conhecem a Revolução Francesa de 1789. Depois de 14 de julho, em França, os convencionais exigiram do Rei Luiz XVI eleições, porque na França não se faziam eleições. E Luiz XVI mandou percorrer os arquivos franceses para saber como tinha sido feita a última eleição, em 1630! Depois de 1630 não houve mais eleições na França até o tempo mencionado. E havia eleições em Portugal e no Brasil! De forma que, senhores, a São Vicente cabe não apenas o dístico que está em seu brasão de armas com o leão rompante de Martim Afonso - Cellula Mater. Cabe-lhe por direito, cabe-lhe historicamente, o título de CELLULA MATER DA DEMOCRACIA AMERICANA.
Esta Câmara Municipal, que se acha tão bem representada por um presidente moço, nesta data em que se comemora o 432º ano de sua fundação, sendo, como realmente é, a primeira Câmara Municipal americana, deve, precisa colocar debaixo da inscrição latina - Cellula Mater - a expressão: DA DEMOCRACIA AMERICANA - democracia americana que não é brasileira, que não é espanhola, que não é portuguesa, que não é inglesa, que não é estadunidense. É uma democracia romana. Porque nós viemos de Roma. Nós somos filhos de Roma. Provimos de lá através do que chamamos Direito Romano. Não precisava que o Império Romano desse ao mundo outra coisa para ficar eterno senão o Direito Romano.
É o Direito Romano que encontramos nas Ordenações do Reino até 1822. É o Direito Romano que encontramos na primeira Constituição do Império.
Coisa interessante: noventa e cinco anos depois de 1822, a legislação civil portuguesa vigorava no Brasil e vigorou até 1916, porque o nosso Código Civil, de 1917, termina com estas palavras: "ficam revogadas as Ordenações do Reino". Quer dizer que noventa e cinco anos depois da Independência do Brasil é que vamos ter um Código Civil Brasileiro. Mas, que é esse Código Civil Brasileiro senão as Ordenações do Reino? E que são as Ordenações do Reino senão o Direito Romano? Isto tudo, senhores, é para que vejamos a força do Direito no seio da civilização.
São Vicente comemora, hoje, 474 anos da primeira eleição das Américas. Em 22 de agosto de 1532, sete meses após a chegada de Martim Afonso de Sousa, ocorreu a formação da primeira Câmara, na época chamada de Conselho. A escolha foi feita somente pelos chamados "homens bons", figuras de prestígio da vila. Passado quase meio século, o Legislativo vicentino conta com 15 vereadores, escolhidos a cada quatro anos, através de eleições diretas.
A importância do fato é destacada pelo presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente (IHGSV), Fernando Lichti, que aos 81 anos também é o mais antigo vereador da Cidade.
"Como parâmetro do pioneirismo da democracia brasileira, vale lembrar que até 1778, na América do Norte, os colonos ingleses não conheciam sequer um sistema de eleição", comenta Lichti.
E prossegue o historiador: "Enquanto o processo eleitoral ocorria regularmente no Brasil, a França, por exemplo, não teve eleições durante 159 anos (de 1630 a 1789), o que só foi modificado com a Revolução Francesa". Apesar do pioneirismo, o Conselho, ou Câmara, era formado apenas por cidadãos que tinham algum tipo de prestígio na recém-fundada Vila de São Vicente. "Realmente, eram homens de evidência", concorda Lichti, explicando que essas eram pessoas que se destacavam ou pela atividade profissional ou posição social.
Eram nomeados, de maneira geral, dois juizes ordinários, dois vereadores e um procurador. O número variava entre as vilas do Brasil. O mandato durava um ano, sendo que as eleições aconteciam de três em três anos - eram escolhidos os membros sucessivos para os três mandatos e a reeleição era proibida por lei.
Pé do ouvido - A primeira eleição das Américas em nada lembra o sistema eletrônico e moderno que dentro de 39 dias milhões de brasileiros usarão para escolher seus representantes. Conforme conta o presidente do IHGSV, o método utilizado era o "pé do ouvido".
"O ouvidor ficava no Pelourinho e os homens bons - cerca de dez ou 15 - vinham declarar a sua escolha, falando no ouvido do ouvidor", afirma Lichti. "O ouvidor tinha que ser um homem muito correto, porque senão ele poderia deturpar o resultado," observa.
Já com relação aos trabalhos desenvolvidos pelo Conselho, segundo o historiador, eles eram praticamente administrativos, já que não existiam eleições para escolha de cargos executivos. "Um de seus membros exercia a função de executivo, não havia outra eleição".
A informação de Lichti é confirmada por outro historiador, Marcos Braga, do Centro de Documentação e Memória de São Vicente. "A Câmara era simultaneamente Legislativo e Executivo. Não existia a figura do prefeito," diz Braga.
egundo Braga, a maior parte dos documentos da época foi perdida ou destruída. Daí a idéia de a Prefeitura criar um local que reúna um acervo sobre a história da Cidade, inclusive contando com doações.
O advogado e professor de História Antonio Teleginski possui uma edição das Ordenações do Reino datada de 1858, onde é possível encontrar todas as atribuições dos chamados oficiais. O procurador tinha a função de verificar o andamento das causas públicas. Os juízes ordinários tinham como obrigações mandar prender e soltar, resolver processos de morte, injúrias, atentados ao pudor e falsificação de moedas.
A República dissolveu as Câmaras Municipais
Com a proclamação da República, as Câmaras foram dissolvidas, passando o governo do município, a partir de 1890, a ser exercido por Conselhos de Intendência Municipal nomeados pelos governadores. Embora o artigo 68 da Constituição de 1891 assegurasse a autonomia dos municípios, as Câmaras não mais recobraram seu prestígio político-judiciário.
A tripartição dos poderes correspondeu uma tripartição de edifícios: as Prefeituras se instalaram nos prédios das Câmaras, estas se reinstalaram em salas de seu antigo prédio ou em casas alugadas; a Cadeia e o Fórum até por volta de 1930 foram construídos pelo governo do Estado. Só em municípios mais ricos é que a Câmara pôde ter seu prédio próprio no século XIX.
Representa o dia 22 de janeiro de 1532, quando Martim Afonso de Souza, que tinha poderes quase reais atribuídos por D. João III, presidiu a primeira eleição popular e instalou a primeira Câmara Municipal das Américas, que é a Câmara Municipal de São Vicente!
Senhores, que representa, então, este núcleo onde se realizou a primeira eleição popular na América? Se olharmos para o passado com a visão do presente e esperança no futuro, vemos que aí está a primeira célula de liberdade.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
O que é Município
É uma república municipal. Quando Júlio César conquistou a Grécia, 147 anos a.C., ficou ele encantado com o funcionamento da República Ateniense, que era uma república municipal.
A Grécia era formada por uma federação de repúblicas municipais das quais Atenas era o modelo. Atenas presidida por Péricles.
Então, Júlio César, voltando a Roma, deu à República Romana uma amplitude nacional, para empregarmos expressão moderna, fazendo com que a república municipal tivesse amplitude maior. Todos sabem como fracassou a idéia de Júlio César.
E Augusto, ao ser Imperador, compreendeu o valor da república municipal. Então, o Império é o laço que une as repúblicas munícipes, os municípios romanos. Com a queda do Império Romano, no século V, não desapareceu a instituição municipal, porque em todas as províncias do Império Romano existem esses municípios, essas células de liberdade municipal, do Danúbio ao Atlântico, até às vertentes do Mar Mediterrâneo, do Mare Nostrum dos Romanos.
Então, vamos encontrar esta república municipal na Itália, na Dácia, hoje Romênia; nas Gálías, hoje França; na Ibéria, hoje Portugal e Espanha, para ficarmos apenas na civilização latina. Quando se verificou a queda do Império Romano, no Século V, não quer dizer que essa instituição municipal tivesse desaparecido. Continuou em estado e latência, vamos dizer assim.
No século IX, quando essas províncias do Império Romano estio completamente desagregadas, elas procuram – e – vou usar da expressão que todo mundo gosta de empregar modernamente — a sua autodeterminação. São províncias do Império Romano, porque não existe ainda a palavra Europa para designar o continente que hoje têm esse nome. Então, aquelas províncias procuravam um meio de se transformar em Nações. Então, no século IX, na Lusitânia, ressurge o “municipium” com o nome de “concilium”.
A Europa falou durante milênios a língua latina. É preciso que se saiba que, do século I ao século XII, aquilo a que hoje chamamos Europa – e que não existia com essa denominação – falou apenas a língua latina, porque essa era a língua falada em todas as províncias romanas.
E é interessante que neste momento eu vos recorde que romanos eram Jesus, Pedro o Paulo. Romano foi Santo Agostinho que acabei de citar, nascido no Norte da África.
De forma que, dentro do Império Romano, estas províncias começaram o trabalho que hoje chamamos de autodeterminação. Na Lusitânia surgem os concílios – reunião de moradores, de vizinhos, eleitos pelo povo para cuidar – dos interesses municipais. Quando Afonso Henriques cria a monarquia portuguesa, no século XII, em 1140, foi esta mesma monarquia o laço que uniu estas repúblicas municipais. Trata-se de instituição puramente romana.
E de 1500 a 1532 nós vemos como os reis de Portugal olham atentamente pelo desenvolvimento daquele que ainda é a Província de Santa Cruz. Dentro desta orgânica política que se chama monarquia, a Província de Santa Cruz é uma província da monarquia portuguesa.
Em 1519 — prestem bem atenção, senhores — em 1519, 19 anos depois da viagem de Pedro Álvares Cabral, publicou-se em Lisboa um mapa assinado pelo cartógrafo Lopo Homem, e nesse mapa já figurara todo o litoral brasileiro, da Foz do Rio Amazonas ao estuário do Prata.
E ao longo desta costa de quase 9 mil quilômetros já estão inscritos 150 nomes de acidentes geográficos, rios, cabos, ilhas, golfos, penínsulas. Martim Afonso partiu de Lisboa, em dezembro de 1530, auxiliado para uma permanência de dois anos no litoral brasileiro.
De tal modo que sua esquadra, pelo roteiro traçado pelo seu irmão Pero Lopes do Sousa, que fez o Diário de Navegação, podemos acompanhar a sua viagem de Lisboa até o estuário do Rio da Prata e de regresso com a sua chegada a São Vicente, quando, no dia 22 de janeiro de 1532, Martim Afonso de Sousa preside, na povoação de São Vicente, a primeira eleição – popular realizada nas Américas – eu disse, senhores, nas Américas, quero dizer, América do Norte, América Inglesa, América Espanhola e América Portuguesa – e instalou a primeira Câmara Municipal das Américas.
A São Vicente cabe a honra de ser o berço da Democracia Americana, digo-o consciente daquilo que estou falando, porque é o berço da Democracia em toda a América, doado o Pólo Norte ao Pólo Sul. A América do Norte, senhores, de 1620 até 1778 pertenceu à Nova Inglaterra, à América Inglesa, com um conjunto de colônias. Esses colonos ingleses não conheceram sequer um sistema de eleição até a data de sua independência.
Na América Espanhola, que abrange desde as fronteiras do México até o Estreito de Magalhães, havia um processo parecido com as Câmaras Municipais luso-brasileiras – era o cabido. Mas os elementos desse cabido não eram eleitos pelo povo, eram designados por aqueles que terminavam o seu mandato. Portanto, o povo não estava presente, não tomava parte, ignorava completamente como era administrada a sua célula municipal.
Brasil
No Brasil, porém, desde 22 de janeiro de 1532, o povo tomou parte ativa nas eleições do Conselho, hoje Câmara Municipal. É, pois, O povo que comparece e vota, porque há um código eleitoral. E esse código eleitoral é vigente no Reino de Portugal, nos Estados do Brasil, em Angola, em Moçambique, na Índia Portuguesa e em Macau porque há um conjunto de leis que se chama Ordenações do Reino e que eram a Constituição da Monarquia Portuguesa. Hoje temos a Constituição da República como já tivemos a Constituição do Império.
De forma que nas Ordenações do Reino estavam capituladas todas as leis referentes ao Código eleitoral: como eram eleitos os Vereadores, como funcionavam as Câmaras, o tempo de duração de cada legislatura.
Senhores não houve eleições nas Américas inglesa e espanhola até a data da independência desses povos. No Brasil, ao contrário, temos uma tradição de democracia desde 1532! E, para maior acentuar este fato: todos conhecem a Revolução Francesa de 1789. Depois do 14 de julho, em França, os convencionais exigiram do Rei Luiz XVI eleições, porque na França não se faziam eleições. E Luiz XVI mandou percorrer os arquivos franceses para saber como tinha sido feita a última eleição, em 1630! Depois de 1630 não houve mais eleições na França até o tempo mencionado. E havia eleições em Portugal e Brasil! De forma que, Senhores, a São Vicente cabe não apenas o dístico que está em seu brasão de armas como o leão rompante de Martim Afonso – Célula Mater. Cabe-lhe por direito, cabe-lhe historicamente o título de célula mater da democracia americana.
Esta Câmara Municipal, que se acha tão bem representada por um Presidente: moço, nesta data em que se comemora o 432.o ano de sua fundação, sendo, como realmente é, a primeira Câmara Municipal americana, deve, precisa colocar debaixo da inscrição latina – Cellula Mater – a expressão: da democracia americana. É uma democracia romana. Porque nós viemos de Roma. Nós somos filhos de Roma. Provimos de lá através do que chamamos Direito Romano. Não precisava que o Império Romano desse ao mundo outra coisa para ficar eterno senão o Direito Romano.
Coisa interessante noventa e cinco anos depois de 1822, a legislação civil portuguesa vigorava no Brasil e vigorou até 1916, porque o nosso Código Civil, de 1917, termina com estas palavras: “ficam revogadas as Ordenações do Reino”. Quer dizer que noventa e cinco anos depois da Independência do Brasil é que vamos ter um Código Civil Brasileiro. Mas que é esse Código Civil Brasileiro senão as Ordenações do Reino? E que são as Ordenações do Reino senão o Direito Romano? Isto tudo, Senhores, é para que vejamos a força do Direito no seio da civilização.
A origem
A origem das câmaras municipais e dos vereadores vem da época da colonização do Brasil. Vereador é a pessoa que "vereia" (do verbo verear, que quer dizer administrar), segundo alguns estudiosos. Mas, segundo outros, "verear" são a contrações de verificar. Assim, as autoridades municipais estavam organizadas em Vereações ou Conselhos de Vereadores e essas instituições já desempenhariam papel capital durante a colonização. Com as ordenações Filipinas, no século XVIII, não haveria autoridade mais forte que a da metrópole.
As Câmaras Municipais tendiam mais a defender os interesses dos colonos do que dos da metrópole, na verdade era uma poderosa resistência contra o centralismo da administração colonial. Capistrano de Abreu em seus “Capítulos da História Colonial”, afirmou que os "homens bons" "reuniam-se em Câmaras Municipais, órgão de administração local, cuja importância, então e sempre somenos, nunca pesou decisivamente em lances momentosos, em no Reino, nem aqui...".
As câmara municipais do Brasil, têm origem nas tradicionais câmaras municipais portuguesas, existentes desde a Idade Média. A história das câmaras municipais no Brasil começa em 1532, quando São Vicente é elevada à categoria de vila. De fato, durante todo o período do Brasil Colônia, possuíam câmaras municipais somente as localidades que tinham o estatuto de vila, condição atribuída pelo Reino de Portugal mediante ato régio. Nesta época, as câmaras municipais exerciam um número bem maior de funções do que atualmente. Eram as responsáveis pela coleta de impostos, regular o exercício de profissões e ofícios, regular o comércio, cuidar da preservação do patrimônio público, criar e gerenciar prisões, ou seja, uma ampla gama nos três campos da administração pública: executivo, legislativo e judiciário.
Com a Independência do Brasil, a autonomia de que gozavam as câmaras municipais é drasticamente diminuída. O império centraliza a administração pública através da Constituição de 1824. A duração da legislatura é fixada em quatro anos e o vereador mais votado assumia a presidência da câmara, visto que até então não havia a figura do "prefeito".
Com a Proclamação da República, as câmaras municipais são dissolvidas e os governos estaduais nomeavam os membros do "conselho de intendência". Em 1905, cria-se a figura do "intendente" que permanecerá até 1930 com o início da Era Vargas. Com a Revolução de 1930 criam-se as prefeituras, às quais serão atribuídas as funções executivas dos municípios. Assim, as câmaras municipais passaram a ter especificamente o papel de casa legislativa.
Durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945, as câmaras municipais são fechadas e o poder legislativos dos municípios é extinto. Com a restauração da democracia em 1945, as câmaras municipais são reabertas e começam a tomar a forma que hoje possuem. Já no Século I da nossa Era o imperador Augusto criou a Acta Diurna para divulgar informações de interesse de Roma.
A Assessoria de Imprensa é atividade de suma importância na construção da idéia que se faz das características de qualquer instituição, corporação ou personalidade de relevância. E sua origem foi factível a partir uma necessidade quase não percebida pela sociedade.
Assessoria de Imprensa no Mundo
Um grupo de revolucionários comandado por George Washington, preocupado com a divulgação de informações oficiais, contratou o escritor e editor Samuel Adams para desenvolver um trabalho que mesclasse elementos da comunicação. Tal fato ocorreu em1772, quatro anos antes da proclamação da independência dos Estados Unidos.
Amos Kendall, em 1829, dava início à assessoria de imprensa governamental. Durante o governo de Andrew Jackson, organizou um setor bem estruturado de imprensa e relações públicas: o The Globe, classificado por alguns como o primeiro house-organ.Na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos no século XIX, surgiram as primeiras publicações empresariais. Tal processo se consolidou e, a partir daí, começaram a aparecer jornalistas que se encarregavam de divulgar o que acontecia dentro das organizações. Outras áreas também adotariam a idéia, levando ao público fatos do mundo empresarial.O jornalista norte-americano Yve Lee fundou em Nova York, em 1906, o primeiro escritório de assessoria de imprensa ou relações públicas do mundo. Ele conseguiu recuperar a imagem do odiado empresário americano John Rockfeller e conquistou, por direito e mérito na História moderna da Comunicação Social, o título de fundador das Relações Públicas, berço da assessoria de imprensa.
Foi a partir desse momento que diversas empresas, e também órgãos públicos, sobretudo o Executivo e o Legislativo, começaram a adotar serviços de assessoria de imprensa no mundo todo. Nos final dos anos de 1940, já existiam empresas especializadas nessa atividade em vários países, entre eles Alemanha, Canadá, França, Holanda, Bélgica, Noruega e Suécia.Parte integrante do processo de Comunicação nos órgãos públicos e privados, a assessoria e imprensa passou a ser um recurso cada vez mais importante na vida dos que sonham em crescer. Ao contrário do que alguns equivocadamente pensam, a tradução do inglês Publicity não tem a ver com Publicidade, mas com assessoria de imprensa. Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa.

A guerra entre assessor de imprensa e relações públicas
No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas ou em Jornalismo. Em outros países, a função não é reconhecida como jornalística, e sim como de relações-públicas.
Segundo a explicação feitas por especialistas no assunto, ainda existe muita confusão entre assessoria de imprensa e publicidade. Entretanto, são formas de comunicação distintas. A publicidade utiliza-se de espaços pagos (anúncios) em mídia eletrônica ou impressa, de um produto, serviço ou empresa. Assessoria de imprensa é uma forma de se conquistar cobertura editorial (reportagens, notas em colunas etc.) nestas mesmas mídias, com apelo noticioso e não comercial."
A Assessoria de Imprensa, se fortalece a cada dia, seja no serviço públicos ou privado. Empresas, pessoas físicas como "personalidades públicas", médicos, advogados, músicos e instituições e organizações como empresas estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre outros costumam utilizar serviços de assessoria de imprensa. O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.
Funções da assessoria de imprensa
Objetivos gerais: Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.
Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.
Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional.
Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.
Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.
Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa.
Press release - Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.
Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.
O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de pauta, mas do ângulo de quem o emite.
Os Press releases sobre eventos devem antecipar todos os dados relativos, além de facilitar o acesso dos profissionais de imprensa (caso exija credenciamento prévio, por exemplo). Sobre produtos, devem conter informações específicas, factuais e objetivas. Em todos os casos, uma boa contextualização do fato anunciado ajuda a inserir melhor o conteúdo do comunicado na pauta do veículo (em jargão jornalístico, dar "gancho" a uma matéria).
O termo "press release" em inglês significa, literalmente, "soltura à imprensa", e deriva do título comum que abria os comunicados nos Estados Unidos: "for immediate release", ou "para divulgação imediata".
Existe ainda o Press release direcionado, que é enviado com exclusividade para um único veículo quando se pretende negociar uma relação mais próxima entre a Assessoria e um órgão específico de imprensa.
A popularização da internet facilitou o envio de comunicados por correio eletrônico (e-mail), fazendo aumentar o uso deste recurso. Um aspecto disto é que, como conseqüência, houve também um aumento da prática por jornalistas de publicar releases integralmente ou quase inalterado. Para críticos, isto tem gerado um esvaziamento da apuração no Jornalismo e um crescimento indevido do poder das assessorias.
Outro motivo que dá a diminuição da pesquisa de campo do jornalista de redação é o enxugamento excessivo de jornalistas dos veículos de comunicação que sobrecarregados utilizam melhor o trabalho das assessorias e as solicitam mais.
Também o excesso de jornalistas formados e o pouco trabalho em redações leva-os as assessorias.
Press-kit - Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros ítens que facilitem a cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.
No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões ou cidades em que será distribuído o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais, informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores locais e outras formas de interatividade.
Mailing list - A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a publicação de determinada informação.
Entrevista coletiva
Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários órgãos de imprensa e veículos de mídia.
Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez. As vezes, a Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de origem.
Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos, publicistas) para que sejam bem-sucedidos.
Assessoria de Imprensa no Brasil
Em artigo publicado no site Observatório da Imprensa em 28 de maio de 2008, Osmar Monteiro Mendes afirma que a Assessoria de Imprensa no Brasil surgiu em 1909, quando o presidente Nilo Peçanha criou a Secção de Publicações e Biblioteca do Ministério da Agricultura, tendo como uma das principais finalidades distribuir informações à imprensa sobre o setor, a partir de notícias e notas. Essa foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “assessoria de imprensa” no Brasil.
Durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado em 1937 o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) por meio do decreto n° 3.371, em pleno estado novo, com finalidade de estabelecer serviço de atendimento à imprensa ligado ao Gabinete Civil. A idéia principal era divulgar os atos do Presidente e obras realizadas naquele período. O governo Vargas foi também o responsável pela criação do curso superior de Jornalismo, em plena ditadura.
Após a II Guerra Mundial e a eleição de Juscelino Kubitschek, com investimento das grandes multinacionais, surgiram as práticas de assessoria de imprensa, que foram sendo adotadas aos poucos por empresas nacionais e pela administração pública. A partir de 1970, entidades, empresas e empresários descobriram que o assessor de imprensa era figura importante e necessária. Desde então, a atividade vem se profissionalizando e ganhando outra dimensão de trabalho.
Na década de 70, de acordo com o professor Manoel Carlos Chaparro, dá-se rápida expansão das assessorias de imprensa como mercado de trabalho jornalístico, mas infelizmente ainda sobre o impacto do controle da informação para a opinião pública, num sistema implantado pelo governo.
Em 1971, os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes fundaram a agência Unipress, buscando nova proposta de assessoria de imprensa. Queriam expandir seu trabalho, fazendo com que as informações chegassem de maneira mais rápida e fácil às redações. A Unipress se tornou modelo jornalístico de assessoria de imprensa.
Segundo Jorge Duarte, em 1975 a Unipress chegou a ter cerca de 10 clientes e 45 jornalistas, cujo objetivo principal era a produção de publicações institucionais. Mesmo nessa época, os jornalistas que prestavam esse tipo de serviço não eram bem vistos, porém, mostravam um trabalho útil, conquistando espaço.
O ano de 1979 significou um momento de mudança para o segmento, é o que afirma o jornalista Kardec Pinto Vallada: “Nessa época, houve grande número de demissões nos principais meios de comunicação devido a greves dos jornalistas; redações foram obrigadas a dispor de profissionais incapacitados para desenvolver um bom trabalho.
Foi nessa época que surgiram jornais, revistas e anúncios sobre as instituições e órgãos de forma mais profissional. Os jornalistas por sua vez ganharam benefícios, como horário fixo de trabalho, salário bem maior que os oferecidos pelas redações e inúmeras outras vantagens”.
Nos anos 80, as assessorias ganharam espaço maior nas empresas e, assim, passou a haver maior necessidade por esse tipo de trabalho. Os jornalistas começaram a se reunir para trocar experiências e opiniões, a legislação se estabeleceu e foi lançado o Manual de Assessoria de Imprensa, trabalho conjunto com comissões formadas por vários sindicatos do país.
Segundo Chaparro, nessa mesma época o Brasil começou a implantar a ruptura entre a assessoria de imprensa e a relações públicas, consolidando-se como experiência única de assessoria de imprensa jornalística no mundo, já que a maioria dos países não considerava a assessoria de imprensa como prática jornalística.
No livro Comunicação: discursos, práticas e tendências (2001), Duarte cita Portugal como exemplo decorrente desse fato: ”O jornalista que passa a trabalhar em uma organização não jornalística é obrigado a afastar-se do sindicato e, portanto, perde o direito a exercer a profissão”.
Segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), atualmente, cercas de 50% dos profissionais formados em Jornalismo atuam em algum tipo de assessoria de imprensa, seja organizacional, institucional ou empresarial, mas essa situação pode sofrer variações dependendo da região. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, estima-se que 60% dos jornalistas do estado do Ceará trabalhem em algum tipo de assessoria. Conforme levantamento feito em 2003 pelo Sindicato do Distrito Federal, metade dos 25 mil profissionais brasileiros formados em Jornalismo atua em assessorias.
O Blog da Comunicação conversou com duas jornalistas que exercem a função de assessoras de imprensa: a gaúcha Juliana Vieira, assessora de imprensa de um dos principais clubes sociais de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e Juliana Braga, fluminense de Niterói, assessora de imprensa da Organização Médicos Sem Fronteiras, com sede no Rio de Janeiro.
BGC: Juliana, fale um pouco de sua trajetória profissional.
Juliana Braga: Me formei na Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. Trabalhei nos jornais O Fluminense (Niterói), Agência Jornal do Brasil, Jornal O Dia, GloboNews.com, Globo Online e há dois anos e meio sou assessora de imprensa do Médicos Sem Fronteiras.
BGC: Quais as principais tarefas atribuídas a um assessor de imprensa?
JB: O assessor de imprensa é a ponte entre uma organização e/ou instituição e a mídia. No meu caso, além de atender demandas espontâneas da imprensa, também sugiro pautas sobre a organização e temas ligados a ela para a imprensa. Além disso, sou responsável pelas reportagens publicadas no site da organização.
GC: Como é trabalhar com assessoria de imprensa dentro de uma organização como MSF?
JB: É bastante interessante e muito desafiador. Aprendo bastante sobre a história de vários países; tem ainda um pouco de ciência (que eu adoro, pois, por cinco anos, cobri editorias de ciência e internacional), troco muita informação com várias pessoas de países diferentes e, ao mesmo tempo, sei que estou divulgando um trabalho do bem. Mas, muitas vezes, é bem difícil porque muitos dos países que acompanhamos não são considerados “interessantes” ou não vendem jornal.
BGC: De que forma é trabalhada a assessoria de imprensa dentro de um clube social?
Juliana Vieira: A assessoria de imprensa, dentro do Clube Juvenil, é trabalhada de forma informativa e serve como suporte na divulgação. O clube possui um site onde postamos matérias atualizadas diariamente. É o principal vínculo de comunicação entre o clube e o associado. Diariamente são mandados releases para jornais, rádios e TVs com noticias de interesse do associado, de eventos ou atividades que o clube está desenvolvendo.
BCG: Dentre as principais tarefas desenvolvidas pela assessoria de imprensa doo clube, quais você destacaria?
JV: Com certeza, é o trabalho que realizo através do site.
Fontes Consultadas: Ferraneto e Kopplin (1996) Fenaje (1996) Garcia (2004) Boanerges Lopes (2003) Jorge Duarte (2003) Manoel Carlos Chaparro (2003).
Assessoria de Imprensa no Brasil
Em artigo publicado no site Observatório da Imprensa, em 28 de maio de 2008, Osmar Monteiro Mendes afirma que a Assessoria de Imprensa no Brasil surgiu em 1909, quando o presidente Nilo Peçanha criou a Secção de Publicações e Biblioteca do Ministério da Agricultura, tendo como uma das principais finalidades distribuir informações à imprensa sobre o setor, a partir de notícias e notas. Essa foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “assessoria de imprensa” no Brasil.
Durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado, em 1937, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) por meio do decreto n° 3.371, em pleno estado novo, com finalidade de estabelecer serviço de atendimento à imprensa ligado ao Gabinete Civil. A idéia principal era divulgar os atos do Presidente e obras realizadas naquele período. O governo Vargas foi também o responsável pela criação do curso superior de Jornalismo, em plena ditadura.
Após a II Guerra Mundial e a eleição de Juscelino Kubitschek, com investimento das grandes multinacionais, surgiram as práticas de assessoria de imprensa, que foram sendo adotadas aos poucos por empresas nacionais e pela administração pública. A partir de 1970, entidades, empresas e empresários descobriram que o assessor de imprensa era figura importante e necessária. Desde então, a atividade vem se profissionalizando e ganhando outra dimensão de trabalho.
Nilo Peçanha, o primeiro presidente a utilizar Assessoria de Imprensa
Na década de 70, de acordo com o professor Manoel Carlos Chaparro, dá-se rápida expansão das assessorias de imprensa como mercado de trabalho jornalístico, mas infelizmente ainda sobre o impacto do controle da informação para a opinião pública, num sistema implantado pelo governo.
Em 1971, os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes fundaram a agência Unipress, buscando nova proposta de assessoria de imprensa. Queriam expandir seu trabalho, fazendo com que as informações chegassem de maneira mais rápida e fácil às redações. A Unipress se tornou modelo jornalístico de assessoria de imprensa.
Segundo Jorge Duarte, em 1975 a Unipress chegou a ter cerca de 10 clientes e 45 jornalistas, cujo objetivo principal era a produção de publicações institucionais. Mesmo nessa época, os jornalistas que prestavam esse tipo de serviço não eram bem vistos, porém, mostravam um trabalho útil, conquistando espaço no competitivo mercado da comunicação.
O ano de 1979 significou um momento de mudança para o segmento, é o que afirma o jornalista Kardec Pinto Vallada: “Nessa época, houve grande número de demissões nos principais meios de comunicação devido a greves dos jornalistas; redações foram obrigadas a dispor de profissionais incapacitados para desenvolver um bom trabalho.
Foi nessa época que surgiram jornais, revistas e anúncios sobre as instituições e órgãos de forma mais profissional. Os jornalistas, por sua vez, ganharam benefícios, como horário fixo de trabalho, salário bem maior que os oferecidos pelas redações e inúmeras outras vantagens”.
Nos anos 80, as assessorias ganharam espaço maior nas empresas e, assim, passou a haver maior necessidade por esse tipo de trabalho. Os jornalistas começaram a se reunir para trocar experiências e opiniões, a legislação se estabeleceu e foi lançado o Manual de Assessoria de Imprensa, trabalho conjunto com comissões formadas por vários sindicatos do país.
Segundo Chaparro, nessa mesma época o Brasil começou a implantar a ruptura entre a assessoria de imprensa e a relações públicas, consolidando-se como experiência única de assessoria de imprensa jornalística no mundo, já que a maioria dos países não considerava a assessoria de imprensa como prática jornalística.
No livro Comunicação: discursos, práticas e tendências (2001), Duarte cita Portugal como exemplo decorrente desse fato: ”O jornalista que passa a trabalhar em uma organização não jornalística é obrigado a afastar-se do sindicato e, portanto, perde o direito a exercer a profissão”.
Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.


No Brasil, Jornalista é assessor de imprensa
No Brasil, jornalista que faz Assessoria de Imprensa é considerado jornalista. Faz parte de uma tradição brasileira, com apoio dos sindicatos e dos profissionais atuantes nos meios de comunicação. Ao assumir a AI como jornalismo, é possível apresentar um trabalho comprometido com o interesse público, ao menos nas instâncias filosóficas e da deontologia da profissão. O “Código de Ética” expressa quais devem ser as preocupações dos jornalistas, trabalhando em redações ou em assessorias.
Conjunções históricas foram responsáveis por este quadro de legitimação do jornalista como profissional adequado para o exercício da A.I. no Brasil. Em 1909, o Presidente Nilo Peçanha criou a “Secção de publicações e bibliotheca do ministério da agricultura", que tinha como uma de suas finalidade distribuir informações à imprensa sobre o setor, através de notas e notícias. Esta foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “Assessoria de Imprensa” no Brasil.
No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas, durante o período ditatorial do Estado Novo, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado do controle ideológico dos meios de comunicação. Também foi Getúlio Vargas, através do Decreto nº 5.480, em 1943, o responsável pela instituição do curso superior de Jornalismo, fundamental para uma melhor configuração da atividade profissional, isso em plena ditadura.
Em outubro de 1969, em plena ditadura, foi instituída a regulamentação do exercício da profissão de jornalista, através do Decreto-lei nº. 972. A legislação destinava-se muito mais a um controle do que propriamente a uma solução para atender a uma demanda de profissionais da área. A obrigatoriedade de diploma instituiu, ainda que de maneira pouco democrática, um melhor nível e noção de classe entre os trabalhadores.
Com o “ressurgimento” da democracia são cunhadas legislações que são o prenúncio daquilo que conhecemos como “direitos do consumidor”, e numa busca cada vez maior de credibilidade, as empresas tratam de utilizar a comunicação como um diferencial competitivo, assumem parcialmente o seu papel de agente social. Alguns conceitos como “Empresa cidadã” e de "Responsabilidade ambiental" são fixados como uma possibilidade de acumular valores no imaginário da população.
Dos Anos 80 até hoje, o uso da informação e o estabelecimento de relacionamentos adequados com a imprensa e outros setores da sociedade passaram a ser estratégicos para as organizações empresariais. Este fenômeno é paralelo ao outro, que é o de enxugamento das redações devido à grande recessão em que o país estava imerso, o que causou uma crise de empregabilidade. Estes profissionais buscaram novas colocações e foi natural que as empresas aproveitassem essa mão de obra experiente. Com novas funções, novos mercados, salários maiores, novos conhecimentos e um novo papel social tão digno, útil e ético para os meios de comunicação e para a sociedade, foi implantada uma nova e legítima área de atuação para o jornalista.
O bom trânsito entre seus pares e a familiaridade do jornalista com a linguagem dos meios de comunicação impressos e eletrônicos faz desse profissional o mais qualificado para os trabalhos nas assessorias que surgiam. Eles possuíam um diferencial competitivo em relação a outras áreas que comumente atuavam no “nicho de mercado”, especialmente os Relações Públicas.
É desejável que um assessor de imprensa seja um jornalista e tenha passado por grandes redações, mas não imprescindível. A disputa ideológica é complexa e inconclusiva, envolve questões como objetividade, parcialidade, entre outras tantas. Os sindicatos ligados à categoria não fazem quaisquer objeções ou menções de incompatibilidade.
Não existe um preconceito direcionado ao Assessor de Imprensa, ocasionalmente ocorrem restrições contra assessorias que não cumprem aquilo que é tido como seu papel, o que é natural em qualquer exercício.

Assessoria de Imprensa da Câmara de Rio Branco
Instituída em 1962, a Câmara de Rio Branco só passou a ter Assessoria de Imprensa, de fato e direito, em junho de 1995,por meio de decreto assinado pelo então presidente Rubenício Leitão, que era filiado ao extinto PFL, hoje DEM.
A época tanto Rubenício, quanto o primeiro-secretário, José Alberto, também do PFL, e os demais membros da mesa diretora e da bancada de oposição ao prefeito Jorge Viana (PT) tiveram muito trabalho para aprovar a matéria, uma vez que a bancada governista fazia de tudo para boicotar a votação. Depois de muitas insistências, a matéria foi, enfim, aprovada.
Em janeiro de 97, a vereadora Gisélia Nascimento (PMDB) assume a presidência da Câmara de Rio Branco e mantém a Assessoria de Imprensa, com apoio do primeiro-secretário da Casa, vereador José Alex (PFL). Gisélia foi reeleita em janeiro de 99 e o cargo também foi mantido.
Durante o período em que Gisélia presidiu a câmara, a instituição manteve contratos publicitários com todos os jornais impressos de Rio Branco, inclusive com o “Página 20”, que, por ser alinhado à Frente Popular e à Prefeitura de Rio Branco, questionava os atos da mesa diretora e o comportamento político dos vereadores de oposição, notadamente da mesa diretora.
História
Gisélia Nascimento entrou para a história por ser a primeira reeleita como presidente da Câmara. Ela antecedeu o vereador Rubenício Leitão e foi sucedido pelo vereador-médico João Angelim (PPS), em janeiro de 2001.
Quem também entrou para a história do Poder Legislativo Municipal foi a vereadora Iolanda Lima (MDB), hoje PMDB. Ela foi a primeira mulher a comandar a Casa. Mais tarde, foi a primeira vice-prefeita de Rio Branco e a primeira governadora do Brasil.
Extinção
Ao assumir a presidência do Poder Legislativo Municipal, em janeiro de 2001, o vereador - médico João Angelim, adotou medidas de contenção de despesas e extinguiu vários cargos na Casa, entre estes o Cerimonial e a Assessoria de Imprensa. Angelim atendeu pedido de muitos vereadores que não julgaram importante a Assessoria de Imprensa. Segundo matérias divulgadas nos meios de comunicação e os jornalistas que cobriam as atividades da Casa no período, foi uma das legislaturas mais fracas da história da Câmara.

Site da Câmara: projeto experimental na gestão de Pedrinho Oliveira
Em 2007, o presidente da Câmara, vereador Pedrinho Oliveira (PMN) aproveitou o avanço tecnológico na Prefeitura da Capital e implantou, em fase experimental, o primeiro site da Poder Legislativo Municipal. Mas como não havia assessoria de Imprensa, o trabalho era feito de forma improvisada.
Não havia, portanto, atualização do site com matérias produzidas por jornalistas, mas sim da equipe técnica. Os textos eram muito técnicos, sem nenhum estilo jornalístico e mais confundiam do que informavam. Em, 2008, o pessoal responsável pela atualização do site resolveu postar matérias sobre a Câmara publicadas nos jornais locais.
Quando o vereador Jessé Santiago (PSB) assumiu a presidência da Câmara em janeiro e 2009 e criou a Assessoria de Imprensa da Casa, o site passou a ter nova vida. Matérias sobre as ações dos vereadores e os atos da mesa diretora eram postadas diariamente enviadas a outros sites de noticia e aos jornais e rádioslocais.
No entanto, no primeiro semestre de 2010, a mesa diretora da Assembléia Legislativa criou um site para cada uma das 22 câmaras do Acre e hospedou todos no portal www.aleac.net. Para as câmaras do interior, que não tinham site, a medida foi benéfica, mas para a Câmara de Rio Branco, segundo os próprios vereadores, representou prejuízo, uma vez que o antigo site foi extinto.
A Câmara, que antes tinha seu próprio site e tinha destaque na web, passou a ser apenas mais um site hospedado no portal da Aleac, sem o devido destaque. No recesso do meio do ano, o Jessé Santiago autorizou a Assessoria de Imprensa da Câmara a elaborar projeto para criação de um novo site exclusivo da câmara, mas morreu no dia 17 de agosto e o seu sucessor, vereador Elias Campos (PRP) preferiu não executar o projeto.
O novo presidente da Câmara, seja lá quem for, tem como um dos desafios, reforçar a Assessoria de Imprensa e criar, entre outros mecanismos de relacionamento e informação, um novo site, contendo blog dos vereadores e uma linha direta entre Câmara de Rio Branco e a comunidade, sobretudo as pessoas mais humildes e carentes. O site anterior cumpria esta função, mas acabou sendo destruído.
Os equívocos praticados no sistema de informação da câmara, num passado recente acabou provocando a não reeleição de mais de 40% dos vereadores, na eleição de 2008 e prejudicou muito a luta dos oito vereadores que foram eleitos nas eleições de outubro. Apenas o líder do prefeito Raimundo Angelim, vereador Astério Moreira conseguiu se eleger deputado estadual, apresara de a Câmara viver um bom momento hoje.

Jessé Santiago reinstitui a Assessoria de Imprensa da Câmara de Rio Branco
O Poder Legislativo Municipal ficou por nove anos sem um elo com os meios de comunicação e a sociedade. Mas ao assumir o cargo, em janeiro de2009, o presidente da Casa, vereador- pastor Jessé Santiago (PSB) elegeu a reeinstituição do cargo como uma das prioridades de sua gestão. Devido à criação do novo Plano de Cargos e Salários da Câmara, o cargo não mais pode ser criado por meio de Projeto de Resolução, mas sim através de Projeto de Lei. Nesse caso, a matéria além de ser aprovada em plenário tinha que ser enviada ao prefeito para que este sancionasse e publicasse no Diário Oficial do Município para se tornar Lei.
Por isso, o caminho foi mais longo e, automaticamente, demorado. Mas diferente do drama de Rubenício Leitão, que teve dificuldade para aprovar a matéria em plenário, em função da resistência de uma parte dos vereadores, Jessé obteve apoio de todos no processo de elaboração, discussão e aprovação da lei. Em março de 2009, a matéria foi aprovada e enviada ao prefeito Raimundo Angelim (PT), que no prazo legal, sancionou e publicou a Lei no Diário Ofiicial.
A nomeação do assessor de imprensa compete ao presidente, sem a necessidade de concurso público ou outro tipo de seleção ou avaliação, mas num ato democrático, Jessé ouviu os vereadores, notadamente os demais integrantes da mesa diretora e as lideranças de bancada; membros do conselho da Frente Popular e a direção do Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac).
Informativo
Como sugestão à mesa diretora da Câmara pode-se sugerir a criação de um “Jornal da Câmara” um informativo para divulgar as ações da Câmara Municipal, destacando o trabalho dos vereadores. O referido informativo será usado como forma de levar às classes média e alta, as atividades desenvolvidas pelo Poder Legislativo Municipal. O Jornal da Câmara poderá ser distribuído gratuitamente nas escolas, instituições públicas e privadas ou encartados nos jornais locais.
Rádio Câmara
O programa “Rádio Câmara” vai levar ao conhecimento da população da zona rural e dos demais municípios acreanos o trabalho dos vereadores da Capital. O programa poderá ser levado ao ar uma vez por semana, com duração de uma hora e horário a ser definido pela assessoria de Imprensa da Câmara e as emissoras de Rádio. Existe ainda a possibilidade de serem feitas inserções de 30 ou 45 segundo durante a programação normal de cada rádio AM ou FM. O programa será em formato de radio jornal, resumindo o conteúdo das sessões e apresentando entrevistas com os vereadores.
TV Câmara
A TV Câmara também é um programa a ser criado como forma de massificar as ações da Casa junto às pessoas mais humildes e que usam a TV como principal meio de comunicação. O programa pode ser levado ao ar diariamente, dependendo da disponibilidade financeira da instituição. A exemplo do programa de rádio, a TV Câmara poderá resumir o que foi discutido e votado em plenário, nas comissões técnicas e exibir entrevistas com os vereadores.
Câmara on line
Aproveitando bem os recursos da Internet, a Câmara montará um site, no qual serão transmitidas as sessões em tempo real, além de ser criado um canal direto com o cidadão para que este possa emitir sua opinião sobre o comportamento político dos vereadores, sobretudo dos membros da mesa diretora. No site também serão criados quadros de entrevistas exclusivas com os vereadores, sem levar e cota as cores partidárias ou ideologia política, dividindo os espaços de forma justa e democrática. Ainda no site o internauta poderá acessar os blogues individuais de todos os vereadores e saber o que estes pensam sobre os mais variados tipos de matérias que tramitam na casa. A história da Câmara também estará disponível no site, assim como a galera dos presidentes, com o perfil de cada um. Todas as matérias veiculadas no site e nos demais meios de comunicação da Casa poderão ser arquivadas e postas à disposição dos internautas.

A importância da Lei Orgânica Municipal
Em 1989, o Brasil, governado pelo presidente Fernando Collor, que viria a sofrer impeachment, em outubro, o Acre, a exemplo dos demais estados da Federação comemorava a reabertura democrática. Nesse clima, a Assembléia Legislativa, preparava a nova Constituição Estadual. A Câmara de Rio Branco, por sua vez, acelerava o processo de discussão, elaboração e votação da Lei Orgânica Municipal (LOM).
Presidida pelo vereador-historiador Airton Rocha (PMDB), hoje professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) e secretariada pelo vereador Almir Dankar (PDS), partido que surgiu da Arena, virou PPR e hoje chama-se PP. Outros nomes também se destacaram entre os 18 vereadores, como exemplo podemos citar a líder do prefeito Jorge Kalume (PDS), na a bancada, vereadora-professora Nabiha Bestene e o primeiro-secretário, Almir Dankar (PDS), Emilson Brasil, Carlos Beirute e Regina Lino (PMDB) e Marina Silva (PT).
Segundo Airton Rocha, apesar de o Poder Legislativo Municipal manter bom relacionamento com os meios de comunicação, os serviços poderiam ter sido mais importante se a câmara tivesse uma assessoria de imprensa para estreitar a relação com os jornais, rádios e emissoras de TV e destacar a importância da Lei Orgânica ao município e aos munícipes.
Ainda segundo Airton Rocha, prevalecia na opinião pública o que a imprensa mostrava e não o que de fato ocorria na referida casa de leis. Sem querer menosprezar o que houve antes e depois da legislatura de vereadores constituintes, Airton Rocha diz que a câmara viveu a fase mais importante de sua história.
Mais de vinte anos depois, o hoje professor universitário lembra com orgulho das discussões com os colegas vereadores. Segundo o ex-vereador, a relação entre a câmara, as demais instituições e sociedade de um modo geral. A Lei Orgânica, segundo ele, assegurou direitos individuais e coletivos, ampliou os poderes da câmara, valorizou a liberdade e a democracia e foi um marco histórico em Rio Branco.

Amos Kendall: o pai do house-organ – Crédito: Mathew Brady
Atualmente, 50% dos profissionais formados em Jornalismo atuam em algum tipo de assessoria de imprensa, seja organizacional, institucional ou empresarial, mas essa situação pode sofrer variações dependendo da região. Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac), estima-se que 60% dos jornalistas acreanos trabalhem em algum tipo de assessoria. Conforme levantamento feito em 2003 pelo Sindicato do Distrito Federal, metade dos 25 mil profissionais brasileiros formados em Jornalismo atuam em assessorias.

Quando as fontes pautam
A profissionalização e as estratégias das fontes jornalísticas de economia e negócios para divulgar as suas notícias na mídia.
Uma pendenga no mercado de comunicação é definir se o profissional formado em jornalismo e que atua na assessoria de imprensa é ou não jornalista. Freqüentemente esse tema polêmico suscita discussões. Uma corrente entende que jornalista é quem trabalha nas redações.
Ricardo Noblat escreveu um artigo publicado no Comunique-se (2003) em que provoca: O que é, o que é? Formado em jornalismo, vive entre jornalistas, entrevista pessoas, apura, escreve e publica notícias, mas não é jornalista? É assessor de imprensa… e não tem autonomia para exercer um jornalismo… livre, crítico e, se necessário, impiedoso.
Além de polêmicas, essas questões geram contestações. No alvoroço das respostas, o jornalista Boanerges Lopes Filho, que tem alguma obras publicadas sobre Assessoria de Imprensa fez um questionamento: Será que existe autonomia necessária para se praticar jornalismo em algum canto do mundo?
O dia a dia de quem atua no jornalismo é cercado de ambigüidades e ideologias, o jornalista age conforme as determinações da organização (política editorial, manuais de redação, normas deontológicas etc.).
Será que todo jornalista é ou precisa ser crítico e impiedoso? Em não sendo, deixa de ser jornalista, mesmo atuando em redações?
Quem acompanha Noblat argumenta que é da natureza do jornalismo ser investigativo e produzir notícias, geralmente, para o público consumidor de veículos comerciais.
A Justiça Federal também foi envolvida nesse impasse, dizendo, em um momento, que assessor de imprensa não exerce atividades típicas de jornalismo.
Em outras decisões, com base na lei de regulamentação da profissão de jornalista, reconhece como atividades privativas dos jornalistas a “coleta de notícias ou informações e seu preparo para a divulgação”, o que é basicamente a atividade do assessor.
Os defensores do assessor de imprensa jornalista, apegam-se ao argumento de que os processos e procedimentos são praticamente os mesmos, embora atue como um articulador, em vez de mediador.
Os campos da comunicação e do jornalismo se confundem, uma vez que o diploma obtido nas faculdades de comunicação, habilitação em jornalismo, é registrado no Ministério do Trabalho, levando os diplomados a se autodefinirem “jornalistas”, independentemente da função que exerçam.
Trata-se de uma discussão pobre quando se despreza a contemporaneidade complexa do jornalismo, estabelecendo limites corporativistas.
Enfim, para o mercado e com o fim da exigência do diploma para o exercício da profissão, essa discussão faz pouco sentido.
Aliás, esse é um fenômeno brasileiro, onde a maioria dos jornalistas formados atua de um lado e de outro do balcão.
Ao contrário dos Estados Unidos e Europa, onde a Assessoria de imprensa é entendida como uma atividade essencialmente de relações públicas e incompatível com o jornalismo.
Em Portugal, por exemplo, o jornalista enquanto atua em assessoria de imprensa, suspende o seu registro, associando-se a outro sindicato, o de relações públicas, podendo, a qualquer momento, recuperar a credencial se retornar às redações.
As opiniões deveriam ser comparativas com outras profissões: cardiologista não é endocrinologista nem psiquiatra, embora sejam formados em medicina; advogado de defesa não é promotor nem juiz, embora sejam formados em direito. Embora a formação básica seja a mesma, as funções exigem habilidades diferentes. Isso não é demérito para ninguém; pelo contrário, acho que definir melhor ajuda a aperfeiçoar o exercício das diferentes funções. Considerar que tudo é a mesma coisa não contribui em nada.
Recentemente, o portal Comunique-se, em uma de suas matérias, abordou a possibilidade de que um texto, enviado aos veículos de comunicação como release, poderia ter a proteção de direitos autoriais. [Release, pronuncia-se "relíze", é um informe ou texto de qualquer espécie enviado por assessorias de imprensa aos veículos de comunicação, esperando que seja publicado ou sirva como pauta.]
Ou seja, outro jornalista não poderia assiná-lo, tendo-se de publicá-lo com a autoria original. O descumprimento dessa regra deixaria o infrator sujeito a processo por danos morais. Ressalve-se que nem todo release chega assinado às redações.
A matéria do Comunique-se cita o caso da assessora Claudia Yoscimoto, que trabalhava para a Prefeitura de Mogi das Cruzes (SP) – e acompanhou o prefeito a uma viagem ao Japão. Como parte de seu trabalho de assessoria ela produziu um texto sobre o assunto e enviou-o aos veículos de comunicação.
Um site reproduziu o texto na íntegra, retirando a assinatura dela e apondo de outro jornalista. O caso aconteceu em 2007, mas ela somente percebeu este ano, quando organizava um portfólio de suas atividades.
Nas redações
Todo mundo que já trabalhou em uma redação de jornal, rádio ou TV sabe que se dá os mais diferentes destinos para os releases. Alguns são usados como sugestão de pauta [o jornalista se interessa pelo assunto e vai, ele mesmo, levantar as informações]; outros são “refundidos” [reescritos para aparar-se os exageros, acrescentar alguma informação, ouvir o "outro lado", etc.]; há os usados para pequenas notas e, também, o que são reproduzidos na íntegra. Sem falar nos que são – a maioria – simplesmente jogados na lata de lixo ou na lixeira virtual. A mais, ao se conhece caso – pelo menos nos jornais que leio – em que um release tenha sido publicado com a assinatura do assessor de imprensa que o produziu.
“Ghost writer” (escritor fantasma).
O trabalho de assessor de imprensa assemelha-se a de um “ghost writer” [escritor fantasma, em português], um sujeito que é pago para escrever algo que ele sabe que outro vai se apropriar. É o caso, por exemplo, daqueles que escrevem discursos [para políticos, empresários, etc.] ou de alguém que ouve o depoimento de uma pessoa, escreve-lhe uma biografia, que o dono [da vida] assina como se fosse uma autobiografia.
O assessor de imprensa não pode se queixar quando seu texto é assinado por outras pessoas. Mas, ressalve-se: o jornalista sério, a não ser que façam um trabalho de apuração – usando do release apenas as informações para complementar seu texto -, recusa-se a assinar releases reproduzidos como matéria. [Ainda mais um trabalho bem particular, como parece ser aquele que a assessora Claudia Yoscimoto produziu.] Mas, os que assinam um texto de assessoria, depõem contra a sua própria credibilidade e cometem infração ética, mas não um crime.
Assessorias
Está na essência das assessorias de imprensa produzir para que outros - os meios de comunicação - utilizem o seu trabalho. Romper com essa lógica significa questionar o próprio papel das assessorias.
A recompensa do assessor de imprensa é ver sua sugestão de pauta aceita ou seu texto publicado. Pois esse é um dos objetivos da sua profissão e o interesse de quem paga o salário do assessor ou contrata uma empresa de assessoria.
Imagina-se que, caso venha a se difundir essa idéia de que um texto de assessoria esteja protegido por direito autoral, as empresas que prestam esse tipo de trabalho terão dificuldade cada vez maiores em ver seu material aproveitado nas redações.
Mesmo os releases não-assinados, alguém o escreveu. E, em última análise, seria “propriedade intelectual” da empresa que o produziu.
Exceção
A exceção ao que foi dito acima são artigos assinados por “mestres”, “doutores”, “economistas”, “especialistas” em qualquer coisa, cujos artigos são enviados pelas assessorias à mancheias. Hoje, o mais modesto professor ou “ista” em alguma coisa tem uma “assessoria” que entope a caixa-postal de qualquer jornalista com artigos “brilhantes” de seus assessorados, que entendem de penico a bomba atômica. Esses, obviamente, não se vai tirar-lhes a assinatura e apor-se outra, pois não é a assessoria que assina o texto.
O PAPEL DO ASSESSOR DE IMPRENSA
Assessor de imprensa é um profissional que trabalha nos bastidores, é fonte de notícias para outros jornalistas (meios de comunicação) e é contratado pelo seu cliente para veicular determinadas notícias. O assessor de imprensa busca no cliente um potencial de notícias para a imprensa (matérias e colunas).
O que difere o assessor de imprensa do publicitário é o fato do publicitário receber uma verba de uma empresa (conta publicitária) para desenvolver e anunciar em veículos a campanha de uma marca. A assessoria de imprensa trabalha com várias ferramentas, uma delas é o “Press Release”, um texto formal, descritivo, elegante e não-prolixo, sem panfletagem que busca passar informações de um ser ou instituição específica.
Toda empresa busca ser notícia e construir um vínculo de aproximação com a mídia e o público-alvo. Dentro desta perspectiva, o assessor de imprensa enfatiza o que há de mais tradicional e inovador nos produtos e na produção da empresa.

Os objetivos do assessor de imprensa são:
* Encontrar potencial noticioso que seja de interesse da mídia;
* Construir imagem positiva da marca ou celebridade;
* Divulgar linha de produção que seja de interesse do público de determinado veículo;
* Criar rede de divulgação em vários órgãos de imprensa;
* Orientar o seu cliente sobre posturas, aparições e o que dizer em todas as circunstâncias positivas ou adversas;
* Ter aproximação com os veículos de imprensa, bem como seus respectivos editores e colunistas;
* Alcançar credibilidade e confiança do público.
O “Press Release” apresenta em linhas gerais o conceito, ramo de atuação, missão e valores de uma empresa/pessoa, objetivos, planos, eventos e a situação a ser divulgada. O “Press Release” também especifica sugestões de editorias de um veículo a publicar o conteúdo proposto

Profissionalização das Assessorias de Imprensa
Cada vez mais fica evidente que a profissionalização, em qualquer área de atuação, é necessária para garantir o sucesso de uma carreira. Atualmente, artistas, bandas, políticos, atletas e entidades contratam empresas de Assessoria de Imprensa para intermediar sua relação com a mídia de forma eficaz, evitando maior envolvimento pessoal enquanto ganham maior tempo para se dedicar às suas atividades profissionais e lazer pessoal.
Estar presente na mídia, de forma positiva, valorizando e popularizando o nome, a imagem, o serviço ou o produto de um artista, profissional ou de uma empresa, há muito tempo, deixou de ser questão de luxo e passou a fazer parte da relação de itens indispensáveis para que o sucesso seja alcançado e mantido.
Uma Assessoria de Imprensa vai administrar os contatos e as informações relevantes que devem ser passadas aos jornalistas, nas redações. Além de saber como redigir de forma mais adequada uma notícia para a imprensa, o assessor tem a capacidade de analisar o potencial que cada assunto tem para virar notícia, isso sem falar da experiência, que faz com que ele saiba como, quando e com quais profissionais deve manter contato em cada veículo de comunicação.
A assessoria de imprensa é um instrumento dentro do composto de Comunicação desenvolvida para as organizações, fazendo parte das atividades da área de comunicação. Ao contrário do que alguns equivocadamente pensam, a tradução do inglês Publicity não tem a ver com Publicidade, mas com assessoria de imprensa. Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa.
No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas ou em Jornalismo. Em outros países, a função não é reconhecida como jornalística, e sim como de relações-públicas.
Ainda há muita confusão entre assessoria de imprensa e publicidade. Entretanto, são formas de comunicação distintas. A publicidade utiliza-se de espaços pagos (anúncios) em mídia eletrônica ou impressa, de um produto, serviço ou empresa. Assessoria de imprensa é uma forma de se conquistar cobertura editorial (reportagens, notas em colunas etc.) nestas mesmas mídias, com apelo noticioso e não comercial."
Uma Assessoria de Imprensa trabalha para um assessorado, que pode ser um cliente particular ou uma instituição. Empresas, pessoas físicas como "personalidades públicas", médicos, advogados, músicos e instituições e organizações como empresas estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre outros costumam utilizar serviços de assessoria de imprensa. O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.
Objetivos gerais
Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.
Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.
Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional. Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.
Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.
Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Desenvolvimento de produtos e serviços de assessoria de imprensa para agentes políticos, instituições, entidades, associativas e sindicais e órgãos públicos.
Desenvolvimento e divulgação de ações pelos meios de comunicação; assessoria de imprensa junto às diversas editorias dos jornais; monitoramento em tempo integral das informações publicadas pela imprensa; análise de retorno de mídia; produção de reportagens, entrevistas e notas exclusivas para programas radiofônicos. Oferece essas e outras soluções em Assessoria de Imprensa, respeitando sempre as características de linguagem de cada veículo de comunicação.
Atendimento à Imprensa - Contamos com profissionais específicos para lidar com a mídia, garantindo atendimento rápido, personalizado e acesso a informações qualificadas.
Levantamento de Pautas - Nossos colaboradores priorizam o contato permanente com os assessorados a fim de identificar assuntos de interesse público a serem veiculados pela imprensa.
Boletim de Sugestões de Pauta -Trabalhamos conjuntos de sugestões de pautas para matérias jornalísticas, reportagens e entrevistas nas diversas mídias junto aos veículos de comunicação.
Releases - Acompanhamos as atividades desenvolvidas pelos assessorados e disponibilizamos textos em formato jornalístico para os veículos de comunicação impressos. A produção de notícias tem como ênfase matérias jornalísticas e notas para colunas de diversas editorias e portais de notícias na internet.
Matérias Exclusivas - Produzir matérias especiais e exclusivas para as diversas editorias, considerando as características textuais do veículo em que o produto jornalístico será divulgado.
Clipping Impresso e Eletrônico -Identificar diariamente as citações e assuntos de interesse dos nossos clientes, produzidos pela mídia impressa ou pelas emissoras de rádio. A etapa seguinte consiste na organização e encaminhamento desse material para o conhecimento dos assessorados, nas formas digital e impressa.
Análise de Retorno de Mídia - A fim de realizar uma avaliação permanente de cada cliente e demonstrar os resultados obtidos, a Assessoria de Imprensa deve produzir e apresentamos um relatório analítico de retorno de mídia fundamentado em pesquisa documental e análise de conteúdo. A partir desse relatório, planejar estratégias para aperfeiçoar as ações a serem desenvolvidas.
Produção de Áudio e Texto para Rádio -Disponibilizar conteúdo em áudio e texto, especificamente para as estações de rádio, respeitando as características de linguagem do veículo.
Media Training - Trabalhamos no sentido de agendar, organizar e convidar os jornalistas para as entrevistas do assessorado.
Entrevistas -Trabalhar no sentido de agendar, organizar e convidar os jornalistas para as entrevistas do assessorado e buscar espaços nos telejornais e programas de entrevistas nas emissoras de rádio e TV.
Vídeo Institucional - Atuando em parceria com a experiência de produtoras locais, propondo criação e o desenvolvimento de documentários para enaltecer e engrandecer o trabalho dos vereadores.
Temos métodos de trabalhos direcionados exclusivamente para atingir o objetivo da instituição com baixo custo e resultados desejados.
Além de vídeo institucional realizamos edição e finalização de vídeos, criação de vinhetas e vídeos para conteúdo de internet e tvs corporativas, mesclando experiências profissionais com equipamentos modernos.
Press release - Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.
Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.
O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de pauta, mas do ângulo de quem o emite.
Os Press releases sobre eventos devem antecipar todos os dados relativos, além de facilitar o acesso dos profissionais de imprensa (caso exija credenciamento prévio, por exemplo). Sobre produtos, devem conter informações específicas, factuais e objetivas. Em todos os casos, uma boa contextualização do fato anunciado ajuda a inserir melhor o conteúdo do comunicado na pauta do veículo (em jargão jornalístico, dar "gancho" a uma matéria).
O termo "press release" em inglês significa, literalmente, "soltura à imprensa", e deriva do título comum que abria os comunicados nos Estados Unidos: "for immediate release", ou "para divulgação imediata".
Existe ainda o Press release direcionado, que é enviado com exclusividade para um único veículo quando se pretende negociar uma relação mais próxima entre a Assessoria e um órgão específico de imprensa.
Popularização da Internet
A popularização da internet facilitou o envio de comunicados por correio eletrônico (e-mail), fazendo aumentar o uso deste recurso. Um aspecto disto é que, como conseqüência, houve também um aumento da prática por jornalistas de publicar releases integralmente ou quase inalterado. Para críticos, isto tem gerado um esvaziamento da apuração no Jornalismo e um crescimento indevido do poder das assessorias.
Outro motivo que dá a diminuição da pesquisa de campo do jornalista de redação é o enxugamento excessivo de jornalistas dos veículos de comunicação que sobrecarregados utilizam melhor o trabalho das assessorias e as solicitam mais.
Também o excesso de jornalistas formados e o pouco trabalho em redações leva-os as assessorias.
Press-kit
Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros ítens que facilitem a cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.
No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões ou cidades em que será distribuído o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais, informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores locais e outras formas de interatividade.
A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a publicação de determinada informação.
Entrevistas coletivas
Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários órgãos de imprensa e veículos de mídia.
Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez.
Em certas ocasiões, uma Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de origem. Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos, publicistas) para que sejam bem-sucedidos.

O papel dos vereadores

No dia 5 de outubro DE 2008, milhares de brasileiros voltaram às urnas para eleger não só os prefeitos e vice-prefeitos de suas cidades, mas também os vereadores. São eles os responsáveis pela elaboração das leis municipais, como, por exemplo, a Lei Orgânica – uma espécie de "Constituição Municipal", com as diretrizes que devem ser seguidas pelos Poderes Executivo e Legislativo e também pelos moradores da cidade. As câmaras de vereadores são, no Brasil, mais antigas até mesmo do que o Congresso e as Assembléias Legislativas. A primeira delas foi instalada por Martin Afonso de Souza na capitania hereditária de São Vicente, em 1532, e ficou conhecida como "Câmara Vicentina". Hoje em dia, os vereadores fazem também a ponte entre a população e o prefeito, além de fiscalizar o trabalho do Executivo. Entenda as atribuições dos vereadores e como funcionam as eleições para a Câmara.

Critérios para composição as câmaras municipais
O número de vereadores deve ser proporcional à quantidade de habitantes do município. A Constituição estabelece que em cidades de até 1 milhão de habitantes haja no mínimo nove e no máximo 21 vereadores. Em cidades com população entre 1 e 5 milhões, deve haver no mínimo 33 e no máximo 40 vereadores. Já nas cidades com mais de 5 milhões de habitantes, o número de vereadores mínimo é 42 e máximo, 55. A quantidade de vereadores de cada cidade é estabelecida pela Lei Orgânica do município. Nela, a Câmara Municipal estipula o número de vereadores que terá a cidade, sempre, é claro, respeitando os limites impostos pela Constituição.
Proposta pode modificar os cálculos
Uma Proposta de Emenda à Constituição, que até o momento só foi aprovada em primeiro turno pela Câmara Federal, pretende determinar o tamanho das Câmaras Municipais por meio de 24, e não apenas três, faixas populacionais. Para a menor faixa, cidades com até 15.000 habitantes, o legislativo municipal só poderia ter nove vereadores. Já municípios que se enquadrem na maior faixa – 8 milhões de habitantes – poderão eleger 55 vereadores.
Em Rio Branco, a Câmara Municipal já teve nove vereadores, subiu para 11, depois para 18, caiu para 17 e em 2000 ficou em 14.
As outras 22 faixas são:
• de 15 a 30 mil habitantes - 11 vereadores
• de 30 a 50 mil habitantes- 13 vereadores
• de 50 a 80 mil habitantes- 15 vereadores
• de 80 a 120 mil habitantes -17 vereadores
• de 120 a 160 mil habitantes- 19 vereadores
• de 160 a 300 mil habitantes- 21 vereadores
• de 300 a 450 mil habitantes- 23 vereadores
• de 450 a 600 mil habitantes - 25 vereadores
• de 600 a 750 mil habitantes - 27 vereadores
• de 750 a 900 mil habitantes- 29 vereadores
• de 900 a 1,05 milhão de habitantes - 31 vereadores
• de 1,05 milhão a 1,2 milhão de habitantes - 33 vereadores
• de 1,2 milhão a 1,3 milhão de habitantes - 35 vereadores
• de 1,3 milhão a 1,5 milhão de habitantes - 37 vereadores
• de 1,5 milhão a 1,8 milhão de habitantes - 39 vereadores
• de 1,8 milhão a 2,4 milhões de habitantes- 41 vereadores
• de 2,4 milhão a 3 milhões de habitantes - 43 vereadores
• de 3 a 4 milhões de habitantes - 45 vereadores
• de 4 a 5 milhões de habitantes- 47 vereadores
• de 5 a 6 milhões de habitantes - 49 vereadores
• de 6 a 7 milhões de habitantes - 51 vereadores
• de 7 a 8 milhões de habitantes – 53 vereadores
Nas eleições de 2008, 17.534 vereadores foram candidatos, do total de 51.748 que compõem atualmente as Câmaras Municipais pelo país.

A importância da Câmara nas decisões sobre a administração das cidades
A Câmara Municipal corresponde ao Poder Legislativo, ou seja, cabe aos seus componentes a elaboração de leis que são da competência do Município (sistema tributário, serviços públicos, isenções e anistias fiscais, por exemplo).
Os vereadores são importantes, também, porque lhes cabe fiscalizar a atuação do prefeito e os gastos da prefeitura. São eles quem devem zelar pelo bom desempenho do Executivo e exigir a prestação de contas dos gastos públicos.
Uma função importante dos vereadores, porém desconhecida por boa parte da população, é a de funcionar como uma ponte entre os cidadãos e o prefeito, por meio de um recurso chamado indicação, umas das proposições mais usadas pelos legisladores.
Tal recurso consiste em um documento que o vereador envia diretamente ao prefeito ou a outro órgão municipal, solicitando pedido apresentado por um eleitor. Os pedidos podem variar desde a poda de uma árvore até a reforma de uma escola.
Como não funcionam como uma lei, as indicações não exigem que o vereador faça nenhuma consulta em plenário para apresentá-las ao prefeito. Cabe ao prefeito ou secretário atender ou não à solicitação, sem que para isso precisasse ter sido apresentado algum projeto do vereador.
A definição do salário dos vereadores
Assim como a quantidade de vereadores na Câmara, o salário deles é determinado pelo número de habitantes do município. Nas cidades com até 10 mil habitantes, os salários devem ser, no máximo, 20% do salário do deputado estadual.
Em localidades entre 10.000 mil e 50 mil habitantes, no máximo 30%. Entre 50 mil e 100 mil, no máximo 40% do subsídio do deputado estadual. Entre 100 mil e 300 mil habitantes, no máximo 50% do subsídio do deputado estadual. Em municípios de mais de 500 mil habitantes, no máximo 70% do subsídio do deputado estadual.
Por essa razão, os salários têm grande variação. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a maior metrópole da América Latina, os vereadores recebem 9.288 mil reais. Já em Vitória, no Espírito Santo, 5.000 reais. O maior salário é o de Campo Grande (MS), 9.500 reais. Essa diferença se explica ainda pelo fato de que o salário dos vereadores é definido em votação nas respectivas Câmaras, respeitando-se o critério constitucional.
Os benefícios dos vereadores
Os vereadores também recebem uma verba de gabinete para o pagamento dos salários de seus assessores diretos, além de verba indenizatória, auxílio paletó, auxílio alimentação, auxílio gasolina, uma cota mensal de selos e ainda destinada a suprimento para o gabinete.
Como, por definição, os vereadores moram nas cidades em que trabalham, eles não recebem auxílio moradia. O valor desses subsídios varia de acordo com cada município, porque são votados por suas respectivas Câmaras. O gasto, no entanto, deve seguir as determinações da Constituição: em cidades com até 100 mil habitantes, não pode ultrapassar 8% dos subsídios dos deputados estaduais; entre 100.001 e 300 mil, 7% do que ganham os parlamentares; entre 300 mil e 500 mil, 6% e em municípios com população acima de 500 mil, não pode ultrapassar 5%.
As Câmaras Municipais mais caras
A Câmara Municipal carioca é a mais cara. Na cidade do Rio de Janeiro, cada vereador custa 5.968.243,86 de reais por ano aos cofres públicos. Já cada vereador paulistano custa 5,647 milhões de reais ao ano. Em Belo Horizonte, o custo anual de cada vereador é 2,756,359,80 de reais. Os vereadores de Porto Velho são os mais "econômicos": cada um sai por 829.059,88 reais ao ano.

Quantos votos são necessários para se eleger?
Essa quantidade varia de acordo com o chamado quociente eleitoral de cada município. Esse número é obtido dividindo-se o número de votos válidos (excluídos os brancos e nulos), sejam eles nominais ou na legenda, pelo de lugares a serem preenchidos na Câmara Municipal. Por exemplo, em uma cidade há nove vagas para vereador, e concorrem a elas três partidos (A,B e C) e a coligação D. A legenda A obteve 1.900 votos, a B, 1.350, a C, 550, e a coligação D, 2.250. Os votos válidos na cidade somam 6.050. Dividindo-se os votos pelas vagas, obtêm-se um quociente eleitoral de 672. Assim, apenas as legendas A e B e a coligação D conseguiram votos suficientes para atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis.
A divisão entre as vagas disponíveis
Pelo quociente partidário, número obtido dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas. De acordo com o código eleitoral, "estarão eleitos tantos candidatos registrados por um partido ou coligação quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido". Na cidade exemplificada acima, o partido A teria seus 1.900 votos divididos por 672, o que lhe renderia duas vagas na Câmara Municipal – embora a conta resulte em 2,8273809, a lei determina que seja descartada a fração. Ocupariam tais vagas os dois candidatos que tenham obtido as duas maiores votações nominais.
Definição dos suplentes
São definidos ainda com base nas divisões acima. Os lugares conquistados em cada partido serão daqueles candidatos que alcançarem o maior número de votos. Já os demais, que não obtiveram um lugar na Câmara, serão proclamados suplentes. A classificação na lista de suplentes – ou seja, a designação de quem tem "prioridade" para assumir o posto de vereador caso haja necessidade – tem por base a quantidade de votos nominais que tenham recebido. Os suplentes são convocados na hipótese do vereador titular não tomar posse do mandato dentro do prazo legal, ou ter declarada a perda de seu mandato, ou ainda caso o titular se licencie. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, há 345.909 candidatos a vereador nas Eleições 2008.
A imunidade
Vereador tem inviolabilidade. Essa inviolabilidade, como determina o art. 29, VIII da Constituição Federal, o protege por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do seu município.
As exigências para ser candidato
Ser alfabetizado; ter nacionalidade brasileira; gozar o pleno exercício dos direitos políticos; estar listado eleitoralmente; ter domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano; ser filiado há mais de um ano a um partido político e ter no mínimo 18 anos (no dia da eleição).

COMO FUNCIONA NOSSO SERVIÇO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA?
Disponibilizamos em nosso próprio site, releases em português e inglês, fotos e logotipos em alta e baixa resolução e MP3 de nossos clientes. Para tanto, a coleta de todo o material deverá ser fornecida pelo cliente, para que se possamos organizar, remodelar e iniciar as diversas atividades a serem desenvolvidas.
Através de nosso mailing, podemos direcionar o material de sua banda/gravadora para os principais veículos especializados, revistas, jornais, fanzines, sites e programas de rádio e televisão especializados e outros meios não segmentados que abram espaço ao Heavy Metal, pubs, salões de rock, lojas especializadas e produtores de shows e festivais de Metal no Brasil, podemos direcionar a divulgação específica ao cenário do Metal cristão ou extremo, divulgar shows, workshops e lançamentos de álbuns e também fazer a versão das notas em inglês e postar para nosso mailing internacional.

Em suma, estas seriam as principais atribuições de nosso serviço de assessoria de imprensa:
• versão em inglês do release oficial após eventuais atualizações, correções e adaptações conforme o padrão internacional;
• disponibilização de um local específico para o cliente e acessível ao público, contendo release oficial (português e inglês), fotos, logotipo e capa do álbum, todos arquivos nas versões em baixa e alta resolução, MP3, rider técnico, mapa de palco, discografia, review, entrevista, setlist básico e outros;
• elaboração de notas baseadas em informações fornecidas pela banda, usando estratégias de caráter jornalístico, conferindo-as credibilidade e usando artifícios na escrita de tal forma que o mesmo tipo de assunto possa render muito mais, mantendo a banda sempre na mídia;
• postagem das notas para todos os veículos de imprensa especializados no Brasil e outras mídias alternativas que abram espaço para o estilo, buscando e estimulando o interesse por entrevistas, matérias especiais e publicação de reviews;
• versão e postagem de notas em inglês para os principais veículos de imprensa especializados do exterior, no intuito de projetar o nome da banda no cenário internacional, despertando interesse por matérias e licenciamentos;
• disparo semanal das notas para mailing com público alvo no Brasil (cerca de 50 mil contatos atualmente);
• suporte à banda na ocasião de lançamento de álbum ou divulgação de shows, disponibilizando no site a capa do álbum e divulgando os eventos e datas, através de notas, mailing e agenda;
• elaboração de review especial, na ocasião do lançamento de álbuns, o qual será disponibilizado no site da empresa e para a banda usar como material de suporte no momento de encaminhar o álbum aos veículos especializados;
• inclusão da banda (por nome, logotipo, url e eventualmente foto) nos anúncios da empresa que vierem a ser veiculados em revistas especializadas;
• cobertura de eventos significativos que a banda venha a participar na capital (e outras cidades ou estados, conforme as condições oferecidas a nossa equipe) e disponibilizar o review dos mesmos no site da empresa;
• montagem de “clipping” com todas as notas publicadas, reviews, entrevistas e os respectivos veículos que as publicaram, que é fornecido ao cliente no final de cada pacote.
Assim como em qualquer empreitada, os resultados da assessoria de imprensa não são colhidos da noite para o dia, pois são frutos de um trabalho gradual e contínuo, para fixação e reforço de marca entre o público e mídia. Portanto, para dar tempo do serviço render significativamente e se medir a repercussão de reviews e entrevistas, recomendamos um pacote mínimo de seis meses.
Outro ponto a considerar, é que além dos resultados dependerem do nível do produto oferecido pela banda e de um trabalho contínuo e a longo prazo de assessoria especializada, adiantamos que devido a atual enorme demanda de novas bandas no cenário, se torna praticamente impossível alguns veículos (especialmente as grandes revistas) abrirem espaço para entrevistas e matérias especiais para bandas que tenham apenas demos e nenhum CD lançado oficialmente.
De acordo com sua necessidade e orçamento, procuramos oferecer pacotes e planos distintos.
COORDENAÇÃO DE ARQUIBANCADASCORPORATIVAS NO GP BRASIL 2007 e 2008
XV Jogos Pan-Americanos (RJ) 2007 - Help Desk do Consórcio Gabisom Eletromídia (fornecedor de áudio, vídeo, catv e cabeamento de rede e telefonia para os jogos
Clique aqui para entrar em contato. Em 1772, quatro anos antes da proclamação da independência dos Estados Unidos, um grupo de revolucionários comandado por George Washington, preocupado com a divulgação de informações oficiais, contratou o escritor e editor Samuel Adams para desenvolver um trabalho que mesclasse elementos da comunicação. Anos depois, em 1829, Amos Kendall dava início à assessoria de imprensa governamental. Durante o governo de Andrew Jackson, organizou um setor bem estruturado de imprensa e relações públicas: o The Globe, considerado por muitos como o primeiro house-organ.
As primeiras publicações empresariais surgiram na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos no século XIX. Os efeitos sobre a opinião pública consolidaram-se e, a partir daí, começaram a aparecer jornalistas que se encarregavam de divulgar o que acontecia dentro das organizações. Outras áreas também adotariam a ideia, levando ao público fatos do mundo empresarial.
Samuel Adams, foi o pioneiro na assessoria de imprensa – Crédito: ReproduçãoYve Lee: Pioneiro na Criação da Assessoria de Imprensa e Comunicação
Em 1906, o jornalista norte-americano Yve Lee fundou em Nova York o primeiro escritório de assessoria de imprensa ou relações públicas do mundo. Com um bem-sucedido projeto profissional e a serviço de um cliente poderoso, Lee conseguiu recuperar a imagem do odiado empresário americano John Rockfeller e conquistou, por direito e mérito na História moderna da Comunicação Social, o título de fundador da Relações Públicas, berço da assessoria de imprensa.
Foi a partir desse momento que diversas empresas, e também órgãos públicos, começaram a adotar serviços de assessoria de imprensa no mundo todo. Nas décadas de 1940/1950, já existiam registros dessa atividade em vários países, entre eles França, Canadá, Itália, Holanda, Bélgica, Alemanha, Suécia, Noruega.

BCG: Dentre as principais tarefas desenvolvidas pela assessoria de imprensa doo clube, quais você destacaria?
JV: Com certeza, é o trabalho que realizo através do site.

Fontes Consultadas: Ferraneto e Kopplin (1996) Fenaje (1996) Garcia (2004) Boanerges Lopes (2003) Jorge Duarte (2003) Manoel Carlos Chaparro (2003).

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América LatinaKika Cirra
Elsa Maria Cirra ou "Kika" é jornalista fez editoria em saúde, assessoria de imprensa, rádio, jornal e revista. É apaixonada por felinos principalmente GATOS. Ama blues, jazz, rock, mpb (Caetano, Cazuza, Marisa Monte), cinema (Fellini, Almodóvar) e literatura (sempre e eternamente Clarice Lispector). Vícios?!? Chocolate e coca-cola, (principalmente de madrugada quando está escrevendo).

Interessante como as idéias vão evoluindo ao longo da história de um conceito. Nascem de detalhes e ganham evidência de insubstituibilidade.
Interessante.
Acrescentaria que a preocupação com informar à Sociedade é antiga, mesmo quando Comunicação não era nem imaginada como objeto de estudo científico ou acadêmico. Já no Século I da nossa Era o imperador Augusto criou a Acta Diurna para divulgar informações de interesse de Roma.

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No Brasil
No Brasil, jornalista que faz Assessoria de Imprensa é considerado jornalista. Faz parte de uma tradição brasileira, com apoio dos sindicatos e dos profissionais atuantes nos meios de comunicação. Ao assumir a AI como jornalismo, é possível apresentar um trabalho comprometido com o interesse público, ao menos nas instâncias filosóficas e da deontologia da profissão. O “Código de Ética” expressa quais devem ser as preocupações dos jornalistas, trabalhando em redações ou em assessorias.

Conjunções históricas foram responsáveis por este quadro de legitimação do jornalista como profissional adequado para o exercício da A.I. no Brasil. Em 1909, o Presidente Nilo Peçanha criou a “Secção de publicações e bibliotheca do ministério da agricultura", que tinha como uma de suas finalidade distribuir informações à imprensa sobre o setor, através de notas e notícias. Esta foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “Assessoria de Imprensa” no Brasil. No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas, durante o período ditatorial do Estado Novo, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado do controle ideológico dos meios de comunicação. Também foi Getúlio Vargas, através do Decreto nº 5.480, em 1943, o responsável pela instituição do curso superior de Jornalismo, fundamental para uma melhor configuração da atividade profissional, isso em plena ditadura.

Em outubro de 1969, em plena ditadura, foi instituída a regulamentação do exercício da profissão de jornalista, através do Decreto-lei nº. 972. A legislação destinava-se muito mais a um controle do que propriamente a uma solução para atender a uma demanda de profissionais da área. A obrigatoriedade de diploma instituiu, ainda que de maneira pouco democrática, um melhor nível e noção de classe entre os trabalhadores.

Com o “ressurgimento” da democracia são cunhadas legislações que são o prenúncio daquilo que conhecemos como “direitos do consumidor”, e numa busca cada vez maior de credibilidade, as empresas tratam de utilizar a comunicação como um diferencial competitivo, assumem parcialmente o seu papel de agente social. Aalguns conceitos como “Empresa cidadã” e de "Responsabilidade ambiental" são fixados como uma possibilidade de acumular valores no imaginário da população.

Dos Anos 80 até hoje, o uso da informação e o estabelecimento de relacionamentos adequados com a imprensa e outros setores da sociedade passaram a ser estratégicos para as organizações empresariais. Este fenômeno é paralelo ao outro, que é o de enxugamento das redações devido à grande recessão em que o país estava imerso, o que causou uma crise de empregabilidade. Estes profissionais buscaram novas colocações e foi natural que as empresas aproveitassem essa mão de obra experiente. Com novas funções, novos mercados, salários maiores, novos conhecimentos e um novo papel social tão digno, útil e ético para os meios de comunicação e para a sociedade, foi implantada uma nova e legítima área de atuação para o jornalista.
O bom trânsito entre seus pares e a familiaridade do jornalista com a linguagem dos meios de comunicação impressos e eletrônicos faz desse profissional o mais qualificado para os trabalhos nas assessorias que surgiam. Eles possuíam um diferencial competitivo em relação a outras áreas que comumente atuavam no “nicho de mercado”, especialmente os Relações Públicas.
É desejável que um assessor de imprensa seja um jornalista e tenha passado por grandes redações, mas não imprescindível. A disputa ideológica é complexa e inconclusiva, envolve questões como objetividade, parcialidade, entre outras tantas. Os sindicatos ligados à categoria não fazem quaisquer objeções ou menções de incompatibilidade. Não existe um preconceito direcionado ao Assessor de Imprensa, ocasionalmente ocorrem restrições contra assessorias que não cumprem aquilo que é tido como seu papel, o que é natural em qualquer exercício.
fazendo um estudo sobre esse tema e o produto final dele é uma exposição de releases e outros materiais de assessoria de imprensa juntamente com um cilco de palestras sobre o assunto.
É muito bom encontrar referências acerca desta temática que, em Portugal são escassas. No entanto, gostava de perguntar se não me conseguem indicar algumas referências acerca da história da Assessoria a nível internacional.
Estou a formular um manual desta temática e estou com algumas lacunas neste ponto.

Hiper Contador

Este livro reúne textos elaborados por pesquisadores e profissionais de várias áreas e de instituições do Brasil e do exterior, todos com experiência em assessoria de imprensa. É um grupo composto por profissionais, como Luiz Amaral, Carlos Chagas, Wilson Bueno, Manuel Chaparro, Jorge Duarte, Graça Caldas. Eles produziram textos especialmente para esta obra, organizada para ser consultada por capítulo de interesse ou para ser lida de um só fôlego. O prefácio é de Cristovam Buarque e a introdução, de Alberto Dines.
Entre os assuntos, o leitor encontrará a história das assessorias de imprensa no Brasil, Estados Unidos e Europa. Também terá textos específicos sobre imagem corporativa, notícia institucional, imprensa e organizações, ética, implantação de uma assessoria, produtos e serviços, release, Internet, publicações empresariais, o relacionamento que envolve fonte, jornalista e assessor de imprensa, avaliação do trabalho, gerenciamento de crises. Um capítulo especial mostra como funciona uma redação jornalística.
O resultado é um conjunto de textos estruturados em História e Caracterização, Fundamentos e Técnicas, que desvenda a riqueza de possibilidades de atuação de uma assessoria de imprensa, orientando o iniciante, subsidiando o profissional e ajudando as fontes no relacionamento com a imprensa e com a própria assessoria. Parte I - Caracterização
CEM ANOS DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Manuel Carlos Chaparro)
ASSESSORIA DE IMPRENSA NOS ESTADOS UNIDOS (Luiz Amaral)
ASSESSORIA DE IMPRENSA NA EUROPA (Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa)
IMPRENSA E ORGANIZAÇÕES (Armando Medeiros de Faria)
Tentáculos da mídia
Notícia boa é a ruim
Em busca do público
Referências bibliográficas

9 UM MODELO DE DIÁLOGO COM A IMPRENSA (Juan Carlos Molleda)
Enquadramento
Subsídios informativos
Construção da agenda
Interconexão de conceitos
Implicações dos três paradigmas
Modelo de diálogo com a imprensa
Referências bibliográficas

10 IMAGEM CORPORATIVA: MARKETING DA ILUSÃO (Elizabeth Brandão e Bruno Carvalho)
Imagem das corporações
Discurso da comunicação empresarial
Estratégias da comunicação para a imagem corporativa
Comunicação interna: tiranias da intimidade
Atendimento: imagem da felicidade por um fio
Pesquisa: imagem monitorada
Assessoria de imprensa: arauto da imagem de felicidade
Internet: princípio da derrocada corporativa
Futuro da corporação
Referências bibliográficas

11 AGIR ÉTICO DENTRO E FORA DAS ASSESSORIAS DE IMPRENSA (Carlos Chagas)

Parte III - Técnicas

12 IMPLANTANDO E ADMINISTRANDO UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Maria Regina Estevez Martinez)
Todo jornalista não é necessariamente um assessor
Profissionalismo inovador versus amadorismo retrógrado
Por que investir em assessoria de imprensa, ou "o que é que eu ganho com isso"?
Antenados nas tendências: de olhos e ouvidos abertos para o mercado
Preciso de uma assessoria de imprensa: e agora?
Terceiro setor, associações e entidades sem fins lucrativos
Literatura recomendada

13 PRODUTOS E SERVIÇOS DE UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Jorge Duarte)
Referências bibliográficas

14 PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS EMPRESARIAIS (Cláudia Lemos e Rozalia Del Gaudio)
Quando começa a história
Jornalismo empresarial na prática - o que interessa aos empregados
Publicações empresariais na França
Tipos de veículos empresariais
Os 10 mandamentos do veículo jornalístico empresarial
Fluxo de produção de um jornal de empresa
Referências bibliográficas

15 RELEASE: HISTÓRIA, TÉCNICA, USOS E ABUSOS (Jorge Duarte)
Notícia prêt-à-porter
Veracidade como fundamento
Estrutura
Título
Lide
Texto
Envio
Tipologia
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

16 RELACIONAMENTO ASSESSOR DE IMPRENSA/JORNALISTA: SOMOS TODOS JORNALISTAS! (Graça Caldas)
Culturas institucionais
Éthos do assessor e do jornalista
O mundo do jornalista
O mundo do assessor
Que se espera do jornalista
Que se espera do assessor
Literatura recomendada

17 RELACIONAMENTO ASSESSOR/ASSESSORADO: ENTRE TAPAS E BEIJOS (Luciano Milhomem)
Véu e grinalda
Trêmulo mesmo sobre um mesmo tripé
O assessorado
O assessor
A informação
"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

18 RELACIONAMENTO FONTE/JORNALISTA (Jorge Duarte e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior)
Sobre a prática do jornalismo
Atores da notícia
Relacionamento com a imprensa
Preparação
Atendendo ao jornalista
Depois da entrevista
Falando ao microfone
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

19 ASSESSORIA DE IMPRENSANAERA DIGITAL (Roberto de Camargo Penteado Filho)
Introdução
Diferenças entre massa e público
Dados, informação e sistemas
Conhecimento e informação
Os modelos de Grunig e Hunt da prática da comunicação social
As funções de relações públicas
A prática desses modelos e funções no Brasil
Manual de assessoria de imprensa na sociedade da informação
Monitoramento da Internet
Substituindo papel por e-mail
Os efeitos do excesso de informação nos MCM
Administrando a entrega e a disponibilização da informação
A integração dos produtos
Do "ao vivo" para a teleconferência
A busca da informação on line
O jornalista na sociedade da informação
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

20 COMUNICAÇÃO EM TEMPO DE CRISE (João José Forni)
Crise em tempo real
Primeira reação: assumir o controle
O que não fazer
Cardápio da crise
Comitê de crise
Eleger um porta-voz
Justiça pode não ser o caminho
Quem é meu público
Palavra-chave: credibilidade
Antes que a crise chegue
Administrar a versão e a crise
À guisa de conclusão
Referências bibliográficas

21 MEDINDO O RETORNO DO TRABALHO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Wilson da Costa Bueno)
Os equívocos da clipagem
A clipagem eletrônica ou na Web
Enxergando além do clipping
O buraco está à frente e atrás do clipping
Literatura recomendada

Glossário (Omar Barreto Lopes) Autor: Jorge Duarte

DOS ESTADOS UNIDOS PARA O MUNDO
A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no início do século. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.

Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller.

Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Era "feroz, impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu principal objetivo: o monopólio ou melhor: o lucro fácil que o monopólio acabava gerando.

Segundo Chaparro, em O Processo de Relações Públicas, livro de autoria da pesquisadora norte-americana Hebe Wey, é possível ler que "denunciados, acusados e acuados" pela imprensa, os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma saída: contratar o jornalista Ivy Lee. Para eles, Lee era o único caminho que imaginavam para evitar novas denúncias, "a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública".

A importância da opinião pública
O escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey, "eram informações corretas, de interesse e de importância para o público". Eram informações tão honestas, segundo podemos concluir, que acabavam evitando novas denúncias contra os empresários mal falados, de acordo com a citada pesquisadora norte-americana.
Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era sério, honesto e profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiança que tantas dores de cabeça e decepções, tantos prejuízos, enfim, geraram para todos os profissionais sérios e honestos que há décadas vêm tentando fazer Comunicação Empresarial no Brasil?
O primeiro encarregado de Relações Públicas do mundo conseguiu sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey, escreveu e adotou uma carta de princípios que até hoje representa "uma excelente orientação para os especialistas modernos":
"Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Mais detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público".
O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade".
Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas.
Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha (1958).

Segundo a estudiosa Monique Augras, nos Estados Unidos, em 1936, seis em cada grupo de 300 empresas tinham serviços de Relações Públicas, que deulugar a Assessoria de m; em 1961, a relação era de 250 em 300; em 1970, beirava 100%.

O BRASIL DE JK
As Relações Públicas e, por conseqüência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos. Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Conseqüentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antônio De Salvo.
Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valença, que em 1960 começou a aprender a profissão na J. W. Thompson. Três anos depois ele criou a primeira agência de Relações Públicas do país, a AAB.
Foi também por volta de 1960 que Antônio De Salvo começou a visitar as redações de jornais em São Paulo, capital e interior. Ele fazia o trabalho ingrato de convencer os editores a dar notícias a respeito das atividades e produtos da empresa onde trabalhava.
Naquela época – contou-me De Salvo na manhã do dia 4 de fevereiro de 1999, em sua sala, na ADS – os jornais não publicavam notícias de economia, quanto mais de empresas. As notícias eram de literatura, cultura, esportes, política, religião etc.
"Fui obrigado a convencê-los de que as empresas e seus produtos também mereciam ser notícias", disse-me De Salvo.
"As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertação de Mestrado na USP. "Com elas, generalizou-se também, na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraíram muitos jornalistas." A regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969.
Durante mais de 20 anos os profissionais de Relações Públicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaboração de press-releases, por exemplo, era uma prerrogativa de apenas uma profissão. Os RPs nunca se conformaram também com a eventual ascensão de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado dentro da empresa ou do órgão público onde trabalhavam profissionais das duas categorias. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da política de Comunicação Empresarial.
De Salvo é contra essa disputa e diz que a regulamentação acabou prejudicando os RPs. Se assim não fosse – afirma o fundador da ADS, em 1971 – profissionais como os jornalistas Miguel Jorge e Walter Nori seriam Vice-Presidentes de RP e não de Assuntos Corporativos da Volkswagen e de Comunicação da Scania Latin América, respectivamente.
No fundo, como somos muito corporativistas – todos: jornalistas e relações públicas, em especial – nunca paramos para pensar que seria bem melhor unirmos forças e esforços para difusão das atividades de Comunicação Empresarial. Nunca, jamais, as entidades do setor se uniram para fazer uma campanha institucional em benefício de todos os profissionais que trabalham em Comunicação Empresarial. Sejam eles relações públicas, jornalistas, publicitários, marqueteiros, advogados, historiadores, administradores de empresas, sociólogos, engenheiros das mais diversas especialidades e até quem jamais passou pela porta de uma faculdade.
Com a palavra os sindicatos de jornalistas, radialistas e publicitários, o Conrerp (Conselho de Relações Públicas), a Aberje, a Aneci (Associação Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial), o Sinco (Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial) etc.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Qual foi a principal atividade desenvolvida pelo jornalista Ivy Lee, assim que ele estabeleceu o primeiro escritório de Relações Públicas em Nova Iorque, em 1906?
Para recuperar a imagem do empresário John D. Rockfeller, conhecido como "patrão sanguinário", Lee escrevia notícias a respeito das atividades de suas empresas. Em seguida, dirigia-se às redações para convencer os editores de jornais a publicá-las como notícias e não como anúncios ou matérias pagas.
No Brasil – e certamente em todos os outros países – aconteceu exatamente o mesmo, de acordo com o depoimento que me foi dado na semana passada por Antônio De Salvo.
Conclusão: há mais de 90 anos os RPs faziam exatamente aquilo que é mais comum entre os assessores de imprensa: elaboração e distribuição de notícias.
Mas como Lee precisava de fatos para ter notícias, ele começou a interferir no dia-a-dia do seu cliente. E a primeira providência que tomou foi derrubar barreiras entre Rockfeller e o público. Imediatamente, o empresário dispensou sua segurança e passou a circular sem os guarda-costas que o acompanhavam 24 horas por dia. Depois, Lee fez com que Rockfeller cooperasse com o Congresso nas investigações a respeito das denúncias de que ele havia mandado atirar nos seus funcionários em greve. Pelo seu ineditismo, essa atitude foi destacada positivamente pela imprensa. Por fim, Lee fez com que Rockfeller criasse numerosas fundações de interesse público. Entre elas a Fundação Rockfeller para Pesquisa Médica. Foi a partir daí que o maior empresário da época acabou reconhecido como "benfeitor da humanidade".
E, no Brasil, quando foi que os profissionais de Comunicação Empresarial passaram a criar fatos que viriam a ser notícias? Certamente não foi muito depois de 1960, ano em que as Relações Públicas começaram a ser praticadas profissionalmente por aqui. Até porque tudo o que as multinacionais produziam era novidade para os brasileiros. Em especial os automóveis. E todos nós sabemos que até hoje a indústria automobilística é quem mais gera notícias de negócios e a respeito de novos produtos no Brasil.
Foi assim que surgiram os eventos em que a Volkswagen, a Ford, a General Motors, a Fiat e outras montadoras de veículos automotores – instaladas ou não no Brasil – apresentam suas novidades para jornalistas dos mais diferentes jornais e revistas do País. No Brasil e até mesmo no exterior. Tudo sob o comando de relações públicas e jornalistas. De profissionais de Comunicação Empresarial, enfim.
Foi assim também que surgiram as entrevistas coletivas e os tradicionais almoços de fim de ano, quando as empresas reúnem repórter, pauteiros, editores e diretores de redação para anunciar os resultados do ano que termina, os planos para o ano novo e, de quebra, dar um bom brinde para cada um. Como este relógio que eu estou usando e que me foi dado pela Nestlé num final de ano que já vai longe. A mesma Nestlé que me deu um minigravador muito útil nas minhas entrevistas, um rádio-relógio-telefone que há mais de dez anos reina absoluto no criado-mudo de minha mulher e muitos chocolates.
Isso, entretanto, não é tudo. Tem mais. Muito mais. Especialmente no livro O que é Comunicação Empresarial, escrito por Paulo Nassar e Rubens Figueiredo para a Coleção Primeiros Passos da Editora Brasiliense. Lá estão relatados e detalhados inúmeros eventos promovidos por empresas que praticam políticas de bom relacionamento com suas comunidades e os usuários de seus produtos e serviços.
Entre eles encontram-se o ABC da Mecânica Chevrolet, o revolucionário e histórico Plano de Comunicação Social da Rhodia, a cartilha sobre a ética no ambiente de trabalho que a 3M fez para seus trabalhadores, o Prêmio ECO da Câmara Americana de Comércio, a Ciranda da Ciência da Hoechst e da Fundação Roberto Marinho, o Prêmio Moinho Santista, o Prêmio Caymmi da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), a restauração do Mosteiro de São Bento (um dos mais importantes monumentos históricos de Salvador) pela Construtora Norberto Odebrecht e o anúncio veiculado pela GM em defesa da Mata Atlântica, em que a empresa declarava: "A General Motors está investindo nesta região para construir absolutamente nada".
Diante de tudo isso vemos que no Brasil os profissionais de Comunicação Empresarial atuam nas diferentes frentes da Comunicação Social ou de Massa: eles criam e organizam eventos os mais diferentes; geram fatos; elaboram notícias; fazem com que essas notícias sejam veiculadas por jornais, revistas, agências noticiosas, emissoras de rádio e televisão, nos fac-símiles como Jornalistas & Cia., na Internet e até em painéis eletrônicos (como o que temos na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, na esquina das Ruas da Mooca e José Antônio de Oliveira, na Mooca, em São Paulo); criam e veiculam campanhas institucionais; formulam e executam políticas, planos e estratégias de comunicação para governos, empresas e entidades do terceiro setor (ONGs, sindicatos patronais e de trabalhadores, partidos políticos etc.); estruturam e administram serviços de atendimento ao consumidor; planejam e editam publicações as mais variadas, em forma de revistas, boletins e jornais; idem em relação a programas internos de rádio e televisão; idealizam e produzem clippings impressos e eletrônicos; alguns com mais de uma edição por dia e não raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e ano-novo (como o que a Imprensa Oficial está fazendo para o Governador de São Paulo); atuam como lobistas e ombudsman; escrevendo discursos e artigos; criando e atualizando páginas na Internet.
FATOS RELEVANTES NO BRASIL
Os profissionais de Comunicação Empresarial que se aventuraram a fazer o meio de campo entre seus clientes ou patrões (representados por empresas, empresários, órgãos públicos e seus dirigentes/políticos) e a imprensa (jornais, revistas, rádios, tevês etc.) enfrentaram os mais variados tipos de preconceito e discriminação ao longo de muitos anos.
No início, a culpa era dos profissionais de redação. Eles não conheciam as peculiaridades e não entendiam as sutilezas do trabalho dos jornalistas e dos profissionais de Relações Públicas que iam aos veículos levar notícias. Foi preciso muita paciência e dedicação para abrir espaço nas páginas de nossas principais publicações dos anos 60.
Depois, com o advento da ditadura militar e o conseqüente crescimento da corrupção, a partir de 31 de março de 1964, muitos empresários, políticos e até mesmo assessores de imprensa, todos inescrupulosos, não resistiram à tentação de dar bons presentes aos jornalistas. Presentes e às vezes até empregos fantasmas. E com os chamados jabaculês eles compraram alguns repórteres, redatores e editores que abriram a eles espaços indevidos.
Essa prática acabou gerando má vontade cada vez maior por parte dos jornalistas honestos em relação a toda a categoria dos assessores de imprensa.
Em meados dos anos 70, quando deixei a redação do "Estadão" em direção à Secretaria da Agricultura, meu amigo Meninão me deu o seguinte conselho: "Agora que você vai ser assessor de imprensa, evite dar presentes a jornalistas; se você der pra um, vai ter que dar para muitos; esse é um caminho sem volta".
Como era cada vez mais difícil pôr notícias em veículos sérios, alguns donos de empresas de Relações Públicas e assessoria de imprensa passaram a usar um novo artifício: mandavam às redações as moças mais bonitas e bem torneadas que encontravam nas faculdades de comunicação social. E algumas, como ganhavam um salário fixo pequeno e uma gratificação interessante por notícia publicada, faziam até o que não deviam com os garanhões das redações.
Por essas e outras, os profissionais sérios e escrupulosos encontravam cada vez mais dificuldades para o cumprimento do dever nosso do dia-a-dia.As assessorias de imprensa só vieram a ganhar credibilidade a partir de 1978, após a última greve dos jornalistas de São Paulo. Por quê? Porque com a greve ocorreram muitas demissões nas redações e os demitidos tiveram que migrar para o nosso setor. Muitos como empregados e outros como seus próprios patrões.
"Alguns nomes conhecidos foram trabalhar em assessorias, o que levou a uma mudança na imagem dessas empresas", lembra Walter Nori na página 119 do livro Portas Abertas. Seja por causa da greve de 1978 ou pelas vantagens que ela acabou gerando para as atividades de Comunicação Empresarial, hoje é possível encontrar na nossa área um número incalculável de jornalistas do primeiro time da profissão. Gente experiente e premiadíssima. Prêmios Esso aos montes.
Nem por isso, entretanto, ficou mais fácil fazer Comunicação Empresarial no Brasil. E a lógica é simples: com o crescimento das assessorias de imprensa, o espaço na mídia passou a ser disputado por um número cada vez maior de assessores e clientes. Ao mesmo tempo, as sucessivas crises econômicas fizeram com que diminuísse a verba publicitária e, por conseqüência, o volume de páginas editoriais.
Um exemplo: nos anos 80, os anos de ouro para a COMUNIC, os eventos patrocinados por nossos clientes (Volkswagen no automobilismo, Marlboro na Fórmula 1 e no motocross, Melitta, Vat 69 e Campari, entre outros, no tênis) tinham suas marcas exibidas diariamente nas páginas dos 50 maiores jornais do País e em quase todas os programas de esportes da televisão. Hoje – e ao longo de todos os anos 90 – isso só seria possível se, além de patrocinar eventos, essas marcas comprassem espaços na mídia.

A INTERNET NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A Internet mudou a vida de todos nós que estamos informatizados e não poderia deixar de dar sua contribuição também para quem faz Assessoria de Imprensa.A partir da popularização da Internet no Brasil, em 1996, quando foi criado o Universo Online, ficou muito mais fácil enviar notícias aos jornais, revistas, rádios, tevês e agências noticiosas.
Ficou mais fácil também acompanhar a veiculação de notícias ou seja fazer o clipping do material enviado aos jornais e revistas.Mas a maior contribuição que a Internet nos trouxe foi a possibilidade de disponibilizar textos e imagens em tempo integral.
Assim é possível dar aos colegas das redações um banco de dados virtual, no qual eles podem buscar informações e ilustrações para suas matérias a qualquer hora do dia, a partir de onde eles estiverem.
Acabou, portanto, a necessidade de os colegas de ligar para minha casa às 11 horas da noite, aos sábados, domingos e feriados para pedir uma informação ou foto que a Assessoria de Imprensa havia distribuído na semana anterior e que se havia perdido na redação. Diante disso, fico pensando o quanto a Internet poderia ter contribuído com a política de portas abertas nas redações dos jornais.
É IMPORTANTE LEMBRAR QUE...
A Assessoria de Imprensa não pode e nem deve ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou seja, simplesmente como "um conjunto de métodos e técnicas de comunicação, dentro da empresa, dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores etc.)". Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial.
A imagem institucional de uma empresa é um ser vivo, dinâmico. Hoje, pode estar saudável, bem vista, aceita, festejada. Amanhã? Vai depender da história de hoje.O serviço de comunicação das empresas não é coisa para amadores. Uma boa Assessoria de Imprensa é condição primária para uma boa imagem institucional de uma organização.
Se o trabalhador não conhece a empresa na qual trabalha e não sabe qual é a filosofia que a anima, torna-se difícil estabelecer metas e passar para os consumidores e a sociedade a imagem que se deseja.
As empresas estão aprendendo que, tão importante quanto aparecer bem, é saber escutar e interpretar o que os consumidores estão tentando lhes falar. Ainda que eles estejam à beira de um ataque de nervos.
No mundo moderno, quem descuida da imagem é um grande candidato a colher fracassos, ao invés de sucesso.
A imagem de uma empresa é formulada a partir das informações que a comunidade recebe a esse respeito. Sem uma comunicação eficiente, a imagem será difusa ou ruim, pois será formada com base em informações incompletas ou incorretas, em presunções e boatos.
A comunicação deve ser permanente, independentemente do comportamento do mercado ou do fato de a empresa ter ou não ações negociadas em bolsa. A comunicação requer agilidade e rapidez para se evitar, na imprensa, a tão prejudicial expressão: "A empresa se recusou a falar sobre o assunto. Comunicação não se limita ao release, peça jornalística que ganhou força com o autoritarismo e começou a morrer com ele. O release está cada vez mais desacreditado e deve, sempre que possível, ser substituído por entrevistas.
O primeiro e principal público de uma empresa é o seu efetivo, sem o qual todo esforço de comunicação redundará nulo .A comunicação não é útil, é indispensável; não é despesa, é investimento; é um processo permanente.

A Assessoria de Imprensa, tanto interna como externamente, mesmo onde existe assessoria específica, só não é melhor, na quase totalidade dos casos, por culpa da direção das empresas. Quase sempre, do presidente. Diante da necessidade de construir um simples galpão, por exemplo, o presidente da empresa pede ao engenheiro que prepare um projeto. Ele não determina que esse profissional use o material tal, ferro de tantas polegadas, tipo de argamassa, ou que a edificação tenha tal medida de pé direito. E não faz essa besteira porque quem entende do negócio, do material a ser utilizado e em que volume, é o engenheiro, um especialista.
“Mutatis mutandis”, o empresário não chama sua assessoria jurídica e diz: prepare uma ação contra a Receita Federal, por exemplo, e siga a seguinte linha, com os seguintes enfoques...Nenhum empresário se mete a dizer ao médico da organização como conduzir seu comportamento clínico. Todos eles, no entanto – empresários, líderes setoriais, diretores de entidades representativas e vai por aí afora – se acham no direito de orientar, conduzir, quando não de ditar desde um release à elaboração de projetos de comunicação. Não pedem sugestão, não têm a humildade de dialogar, de trocar idéias, de pedir um projeto, como fazem com o engenheiro, com o advogado etc.
Com tal comportamento, desrespeitam o profissional de comunicação – tão profissional como o médico, o advogado, o engenheiro –, quando não o humilham perante a comunidade interna, em prejuízo da própria organização. Por que acontece assim? Por que o empresário não trata o profissional de Imprensa como trata os das demais áreas? Por que, não raro, as organizações empresariais põem na chefia de Comunicação pessoas de confiança, mas que nada têm a ver com o ramo? (advogados, conomistas...)
Nunca me dediquei a buscar essas respostas. Penso, no entanto, que elas deverão ser procuradas em duas vertentes: primeira, o despreparo de alguns "profissionais", aliado à arrogância, à falta de disciplina organizacional. A cultura empresarial tem diferenças fundamentais com a atuação nos limites de uma redação. Quando esses fatos ocorrem, os titulares de comunicação empresarial, ou simples assessores de Imprensa, transmitem sinais que dificultam a aceitação deles no meio.
A hipótese da segunda vertente é a seguinte: como todo empresário, em princípio, sabe ler e escrever – mas não conhece princípios jurídicos ou de engenharia – acha-se no direito de ditar regras no campo da comunicação. A par disso, tem os que assim agem por prepotência, pelo desejo de mostrar amplo domínio intelectual de tudo e por aí afora. Em resumo: as organizações empresariais, representativas de classe, instituições públicas, não estão preparadas, ainda, para conviver de forma profissional com a área de comunicação. O problema é que só muito tarde – e só alguns – percebem quanto perdem com tal comportamento.
Entretanto, o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal. O pior é que, além dos legisladores gastarem seu valioso tempo nessas leis absurdas, nós ficamos perdidos nessa selva de leis, não sabemos ao certo nossos direitos e deveres e não podemos exercer plenamente nossa cidadania.
Antes de mais nada, não sou jornalista, não tenho uma empresa de assessoria de imprensa e nem quero aparentar o “gostosão” que sabe-tudo-de-web, mas não podia deixar de publicar este texto sobre pequenas ações que uma empresa de assessoria de imprensa poderia adotar para ter mais resultados para seus clientes.
E mais, não vai aqui uma crítica à empresa responsável pela comunicação citada abaixo, mas pelo contrário, gostaria muito de ajudar não somente ela, como todas as empresas ligadas a este segmento de comunicação corporativa, com o simples raciocínio de que quanto mais empresas bem posicionadas na web, mais qualificado fica o mercado.
Primeiro, a experiência que resultou neste texto
Tenho o costume de navegar em sites de releases, para ler sobre algumas novidades. E em um deles, achei uma nota com o título inusitado: “Peso para papel da Pinkish – Opção cheia de charme e elegância”.
Pensei: “porque uma empresa soltaria um release sobre um peso de papel? Deve ser efetivamente uma peça de grande beleza…”. O texto nem era muito convidativo – pelo menos para mim – e para ilustrar, faço um copy/paste abaixo:
“A Pinkish é uma empresa vanguardista que surpreende pela beleza de suas peças, confeccionadas artesanalmente com contas de vidro em estilo Murano.
Pensando em tornar o ambiente do escritório mais charmoso e elegante, com um toque especial, a Pinkish desenvolveu o Peso para Papel “WAVE”. Esta linda peça é uma verdadeira expressão de estilo e criatividade. Ao mesmo tempo útil e decorativa, é uma idéia que vai agradar em cheio na hora de presentear. Simplesmente fofo, vai fazer o maior sucesso!
Tudo bem que o tal site de releases não permite publicar um hiperlink para a página e o endereço não estava clicável. Mas tudo bem, curioso para ver o tal peso de papel “fofo”, copiei a url e colei no browser. Cheguei até a home da Pinkish…clica para lá, clica para cá, vai, volta….cadê o peso de papel????
Copiei o título do release, busquei exatamente ele no Google com o objetivo de encontrar alguns sites que publicaram o texto, para ver se achava uma imagem do tal produto. Fui até no link “imagens” do próprio Google, na esperança de achar…Bem, encontrei um site sobre imóveis que publicou a imagem em baixíssima qualidade. De posse da imagem em minha memória física, fui atrás da mesma no site da Pinkish e publico logo abaixo:
Agora o pequeno manual!

1.Crie um blog da sua empresa de assessoria de imprensa, mesmo usando uma conta gratuita do Wordpress ou Blogger, isso vai facilitar a publicação de imagens e textos com links.
2.Combine com seu cliente de atualizar a home do site, colocando em destaque o produto ou serviço que está sendo divulgado.
3.Ou melhor, se houver possibilidade, publique o link direto para o produto ou serviço divulgado.
4.Melhor ainda, a plataforma Wordpress tem múltiplas aplicações e com um investimento relativamente baixo – comparado com os resultados – seu cliente pode contratar uma dupla de designer e programador para construir um site adequado ao novo mundo da web.
5.E por fim, MÉTRICAS. Nunca faça nada na web sem a mínima possibilidade de medir algum resultado.
Bem, como disse no início, a real intenção é mostrar ao mercado – principalmente de assessoria de imprensa e/ou comunicação corporativa, que pequenas ações podem (e vão) promover um ganho de resultado enorme, tanto para a empresa quanto para seus clientes. Pode acreditar!
ENTREVISTAS

CARLINHOS SANTIAGO E AIRTON ROCHA
PRESIDENTES DURANTE A ELABORACAO DA LEI ORGANICA MUNICIPAL


RUBENICIO LEITAO
O CRIADOR DA ASSESSORIA DE IMRPENSA DA CAMARA

GISELIA NASCIMENTO
MANTEVE A ASSESSORIA DE IMROPENSA


JESSÉ SANTIAGO
REINSTITUIU A ASSESSORIA DE IMPRENSA

Quando as fontes pautam
A profissionalização e as estratégias das fontes jornalísticas de economia e negócios para divulgar as suas notícias na mídiaFeeds:PostsComentáriosAssessor de imprensa é jornalista?
14/06/2010 por Aldo Antonio Schmitz

Uma pendenga no mercado de comunicação é definir se o profissional formado em jornalismo e que atua na assessoria de imprensa é ou não jornalista.

Frequentemente esse tema polêmico suscita discussões. Uma corrente entende que jornalista é quem trabalha nas redações.

Ricardo Noblat escreveu um artigo publicado no Comunique-se (2003) em que provoca:

O que é, o que é? Formado em jornalismo, vive entre jornalistas, entrevista pessoas, apura, escreve e publica notícias, mas não é jornalista? É assessor de imprensa… e não tem autonomia para exercer um jornalismo… livre, crítico e, se necessário, impiedoso.

Além de polêmicas, essas questões geram contestações.

No arvoroço das respostas, Boanerges Lopes Filho fez um questionamento: Será que existe autonomia necessária para se praticar jornalismo em algum canto do mundo?

Livre? O dia a dia de quem atua no jornalismo é cercado de ambiguidades e ideologias, o jornalista age conforme as determinações da organização (política editorial, manuais de redação, normas deontológicas etc.).

Será que todo jornalista é ou precisa ser crítico e impiedoso? Em não sendo, deixa de ser jornalista, mesmo atuando em redações?

Quem acompanha Noblat argumenta que é da natureza do jornalismo ser investigativo e produzir notícias, geralmente, para o público consumidor de veículos comerciais.

A Justiça Federal também foi envolvida nesse impasse, dizendo, em um momento, que assessor de imprensa não exerce atividades típicas de jornalismo.

Em outras decisões, com base na lei de regulamentação da profissão de jornalista, reconhece como atividades privativas dos jornalistas a “coleta de notícias ou informações e seu preparo para a divulgação”, o que é basicamente a atividade do assessor.

Os defensores do assessor de imprensa jornalista, apegam-se ao argumento de que os processos e procedimentos são praticamente os mesmos, embora atue como um articulador, em vez de mediador.

Os campos da comunicação e do jornalismo se confundem, uma vez que o diploma obtido nas faculdades de comunicação, habilitação em jornalismo, é registrado no Ministério do Trabalho, levando os diplomados a se autodefinirem “jornalistas”, independentemente da função que exerçam.

Trata-se de uma discussão pobre quando se despreza a contemporaneidade complexa do jornalismo, estabelecendo limites corporativistas.

Enfim, para o mercado e com o fim da exigência do diploma para o exercício da profissão, essa discussão faz pouco sentido.

Aliás, esse é um fenômeno brasileiro, onde a maioria dos jornalistas formados atua de um lado e de outro do balcão.

Ao contrário dos Estados Unidos e Europa, onde a assessoria de imprensa é entendida como uma atividade essencialmente de relações públicas e incompatível com o jornalismo.

Em Portugal, por exemplo, o jornalista enquanto atua em assessoria de imprensa, suspende o seu registro, associando-se a outro sindicato, o de relações públicas, podendo, a qualquer momento, recuperar a credencial se retornar às redações.
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Publicado em Profissionalização das fontes | Etiquetado Assessoria de imprensa, Comunicação nas organizações, Jornalista, Relações públicas | 4 comentários

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em 14/06/2010 às 10:06 | Responder Marcelo Soares
Minha opinião é comparativa com outras profissões: cardiologista não é endocrinologista nem psiquiatra, embora sejam formados em medicina; advogado de defesa não é promotor nem juiz, embora sejam formados em direito. Embora a formação básica seja a mesma, as funções exigem habilidades diferentes. Isso não é demérito para ninguém; pelo contrário, acho que definir melhor ajuda a aperfeiçoar o exercício das diferentes funções. Considerar que tudo é a mesma coisa não contribui em nada.



em 14/06/2010 às 10:30 | Responder Aldo Antonio Schmitz
Marcelo, seu argumento é pertinente e faz todo sentido.

Sou jornalista angolano. Por ca, tb se discute mto essa questao sobre quem ‘e e quem nao ‘e jornalista. Parece-me que, depois de aprovada a nova Lei de Imprensa, so sera jornalista quem tiver feito a faculdade neste ramo e exercer de facto essa profissao como sua principal fonte de remuneracao. Sem prejuizo daqueles q nao sendo formados na area, exercem a profissao ha muitos anos.
Tb concordo com o Marcelo. ‘E preciso definir balizas e separar as aguas.

Francisco, é uma honra ter você como seguidor do nosso blog. Essa questão, de ser ou não jornalista quem atua em assessoria de imprensa, parece simples, mas mexe com o “ego” profissional de muita gente. Embora, o que importa seja a competência.
Recentemente, o portal Comunique-se, em uma de suas matérias, abordou a possibilidade de que um texto, enviado aos veículos de comunicação como release, poderia ter a proteção de direitos autoriais. [Release, pronuncia-se "relíze", é um informe ou texto de qualquer espécie enviado por assessorias de imprensa aos veículos de comunicação, esperando que seja publicado ou sirva como pauta.]

Ou seja, outro jornalista não poderia assiná-lo, tendo-se de publicá-lo com a autoria original. O descumprimento desse regra deixaria o infrator sujeito a processo por danos morais. Ressalve-se que nem todo release chega assinado às redações.
A matéria do Comunique-se cita o caso da assessora Claudia Yoscimoto, que trabalhava para a Prefeitura de de Mogi das Cruzes (SP) – e acompanhou o prefeito a uma viagem ao Japão. Como parte de seu trabalho de assessoria ela produziu um texto sobre o assunto e enviou-o aos veículos de comunicação.
Um site reproduziu o texto na íntegra, retirando a assinatura dela e apondo de outro jornalista. O caso aconteceu em 2007, mas ela somente percebeu este ano, quando organizava um portfólio de suas atividades.
Nas redações
Todo mundo que já trabalhou em uma redação de jornal, rádio ou TV sabe que se dá os mais diferentes destinos para os releases. Alguns são usados como sugestão de pauta [o jornalista se interessa pelo assunto e vai, ele mesmo, levantar as informações]; outros são “refundidos” [reescritos para aparar-se os exageros, acrescentar alguma informação, ouvir o "outro lado", etc.]; há os usados para pequenas notas e, também, o que são reproduzidos na íntegra. Sem falar nos que são – a maioria – simplesmente jogados na lata de lixo ou na lixeira virtual.
A mais, eu desconheço caso – pelo menos nos jornais que leio – em que um release tenha sido publicado com a assinatura do assessor de imprensa que o produziu.

Ghost writer

A meu ver o trabalho de assessor de imprensa assemelha-se a de um “ghost writer” [escritor fantasma, em português], um sujeito que é pago para escrever algo que ele sabe que outro vai se apropriar. É o caso, por exemplo, daqueles que escrevem discursos [para políticos, empresários, etc.] ou de alguém que ouve o depoimento de uma pessoa, escreve-lhe uma biografia, que o dono [da vida] assina como se fosse uma autobiografia. [Se alguém quiser ler algo muito interessante sobre os "ghost writer" indico "Budapeste", de Chico Buarque.]

O que eu quero dizer é o seguinte: o assessor de imprensa não pode se queixar quando seu texto é assinado por outra pessoas. Mas, ressalve-se: o jornalista sério, a não ser que façam um trabalho de apuração – usando do release apenas as informações para complementar seu texto -, recusa-se a assinar releases reproduzidos como matéria. [Ainda mais um trabalho bem particular, como parece ser aquele que a assessora Claudia Yoscimoto produziu.]

Mas, os que assinam um texto de assessoria, depõem contra a sua própria credibilidade e cometem infração ética, mas não um crime.

Assessorias

Está na essência das assessorias de imprensa produzir para que outros [os meios de comunicação] utilizem o seu trabalho. Romper com essa lógica significa questionar o próprio papel das assessorias.
A recompensa do assessor de imprensa é ver sua sugestão de pauta aceita ou seu texto publicado. Pois esse é um dos objetivos da sua profissão e o interesse de quem paga o salário do assessor ou contrata uma empresa de assessoria.
Eu imagino que, caso venha a se difundir essa idéia de que um texto de assessoria esteja protegido por direito autoral, as empresas que prestam esse tipo de trabalho terão dificuldade cada vez maiores em ver seu material aproveitado nas redações.
Mesmo os release não-assinados, alguém o escreveu. E, em última análise, seria “propriedade intelectual” da empresa que o produziu.
Exceção

A exceção ao que disse acima são artigos assinados por “mestres”, “doutores”, “economistas”, “especialistas” em qualquer coisa, cujos artigos são enviados pelas assessorias à mancheias. Hoje, o mais modesto professor ou “ista” em alguma coisa tem uma “assessoria” que entope a caixa-postal de qualquer jornalista com artigos “brilhantes” de seus assessorados, que entendem de penico a bomba atômica. Esses, obviamente, não se vai tirar-lhes a assinatura e apor-se outra, pois não é a assessoria que assina o texto.

O PAPEL DO ASSESSOR DE IMPRENSA
Assessor de imprensa é um profissional que trabalha nos bastidores, é fonte de notícias para outros jornalistas (meios de comunicação) e é contratado pelo seu cliente para veicular determinadas notícias. O assessor de imprensa busca no cliente um potencial de notícias para a imprensa (matérias e colunas).
O que difere o assessor de imprensa do publicitário é o fato do publicitário receber uma verba de uma empresa (conta publicitária) para desenvolver e anunciar em veículos a campanha de uma marca. A assessoria de imprensa trabalha com várias ferramentas, uma delas é o “Press Release”, um texto formal, descritivo, elegante e não-prolixo, sem panfletagem que busca passar informações de um ser ou instituição específica.
Toda empresa busca ser notícia e construir um vínculo de aproximação com a mídia e o público-alvo. Dentro desta perspectiva, o assessor de imprensa enfatiza o que há de mais tradicional e inovador nos produtos e na produção da empresa.
Os objetivos do assessor de imprensa são :
* Encontrar potencial noticioso que seja de interesse da mídia;
* Construir imagem positiva da marca ou celebridade;
* Divulgar linha de produção que seja de interesse do público de determinado veículo;
* Criar rede de divulgação em vários órgãos de imprensa;
* Orientar o seu cliente sobre posturas, aparições e o que dizer em todas as circunstâncias positivas ou adversas;
* Ter aproximação com os veículos de imprensa, bem como seus respectivos editores e colunistas;
* Alcançar credibilidade e confiança do público.
O “Press Release” apresenta em linhas gerais o conceito, ramo de atuação, missão e valores de uma empresa/pessoa, objetivos, planos, eventos e a situação a ser divulgada. O “Press Release” também especifica sugestões de editorias de um veículo a publicar o conteúdo proposto.
Cada vez mais fica evidente que a profissionalização, em qualquer área de atuação, é necessária para garantir o sucesso de uma carreira. Atualmente, artistas, bandas, políticos, atletas e entidades contratam empresas de Assessoria de Imprensa para intermediar sua relação com a mídia de forma eficaz, evitando maior envolvimento pessoal enquanto ganham maior tempo para se dedicar às suas atividades profissionais e lazer pessoal.
Estar presente na mídia, de forma positiva, valorizando e popularizando o nome, a imagem, o serviço ou o produto de um artista, profissional ou de uma empresa, há muito tempo, deixou de ser questão de luxo e passou a fazer parte da relação de itens indispensáveis para que o sucesso seja alcançado e mantido.
Uma Assessoria de Imprensa vai administrar os contatos e as informações relevantes que devem ser passadas aos jornalistas, nas redações. Além de saber como redigir de forma mais adequada uma notícia para a imprensa, o assessor tem a capacidade de analisar o potencial que cada assunto tem para virar notícia, isso sem falar da experiência, que faz com que ele saiba como, quando e com quais profissionais deve manter contato em cada veículo de comunicação.
A assessoria de imprensa é um instrumento dentro do composto de Comunicação desenvolvida para as organizações, fazendo parte das atividades da área de comunicação. Ao contrário do que alguns equivocadamente pensam, a tradução do inglês Publicity não tem a ver com Publicidade, mas com assessoria de imprensa. Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa.
No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas ou em Jornalismo. Em outros países, a função não é reconhecida como jornalística, e sim como de relações-públicas.
Segundo a explicação contida no website de uma empresa de assessoria de imprensa brasileira e que ressalta bem as peculiaridades dessa atividade, "Ainda há muita confusão entre assessoria de imprensa e publicidade. Entretanto, são formas de comunicação distintas. A publicidade utiliza-se de espaços pagos (anúncios) em mídia eletrônica ou impressa, de um produto, serviço ou empresa. Assessoria de imprensa é uma forma de se conquistar cobertura editorial (reportagens, notas em colunas etc.) nestas mesmas mídias, com apelo noticioso e não comercial."
Uma Assessoria de Imprensa trabalha para um assessorado, que pode ser um cliente particular ou uma instituição. Empresas, pessoas físicas como "personalidades públicas", médicos, advogados, músicos e instituições e organizações como empresas estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre outros costumam utilizar serviços de assessoria de imprensa. O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.
Missão do assessor de imprensa
Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.
Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.
Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional.
Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.
Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.
Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa.

Press release
Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.
Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.
O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de pauta, mas do ângulo de quem o emite.
Os Press releases sobre eventos devem antecipar todos os dados relativos, além de facilitar o acesso dos profissionais de imprensa (caso exija credenciamento prévio, por exemplo). Sobre produtos, devem conter informações específicas, factuais e objetivas. Em todos os casos, uma boa contextualização do fato anunciado ajuda a inserir melhor o conteúdo do comunicado na pauta do veículo (em jargão jornalístico, dar "gancho" a uma matéria).
O termo "press release" em inglês significa, literalmente, "soltura à imprensa", e deriva do título comum que abria os comunicados nos Estados Unidos: "for immediate release", ou "para divulgação imediata".
Existe ainda o Press release direcionado, que é enviado com exclusividade para um único veículo quando se pretende negociar uma relação mais próxima entre a Assessoria e um órgão específico de imprensa.
A popularização da internet facilitou o envio de comunicados por correio eletrônico (e-mail), fazendo aumentar o uso deste recurso. Um aspecto disto é que, como conseqüência, houve também um aumento da prática por jornalistas de publicar releases integralmente ou quase inalterado. Para críticos, isto tem gerado um esvaziamento da apuração no Jornalismo e um crescimento indevido do poder das assessorias.

Outro motivo que dá a diminuição da pesquisa de campo do jornalista de redação é o enxugamento excessivo de jornalistas dos veículos de comunicação que sobrecarregados utilizam melhor o trabalho das assessorias e as solicitam mais.
Também o excesso de jornalistas formados e o pouco trabalho em redações leva-os as assessorias.
Press-kit
Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros ítens que facilitem a cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.
No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões ou cidades em que será distribuido o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais, informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores locais e outras formas de interatividade.
Mailing list
A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a publicação de determinada informação.

Entrevistas coletivas
Ver artigo principal: Entrevista coletiva
Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários órgãos de imprensa e veículos de mídia.

Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez. Entrevistas coletivas também são momentos propícios para registro fotográfico.

Eventos e sociabilidade
Em certas ocasiões, uma Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de origem.

Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos, publicistas) para que sejam bem-sucedidos.

OKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK



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Jogo das intenções
Allan Novaes

Pragmática do Jornalismo, de Manuel Carlos Chaparro (Editora Summus; 136 páginas; R$ 20,00).

Imagine a seguinte cena: Em uma reunião de pauta de um dos maiores jornais do País, além de editores e pauteiros, verifica-se a presença de um pós-graduando em Jornalismo e uma pesquisadora-bolsista financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa) - pessoas não-pertencentes ao corpo de funcionários do veículo e não muito benquistos por ele. As sugestões temáticas são seguidas por olhadelas desconfiadas e mal-humoradas.
Na rua, o repórter designado é acompanhado pela pesquisadora, que faz suas próprias anotações para compará-la com o texto a ser publicado no dia seguinte; a contragosto do repórter, é claro. Depois, lê-se o texto publicado e se reconstitui o percurso do repórter até chegar à conclusão, captando-se também os depoimentos de pauteiros, editores, repórteres e fontes. Esse trabalho, cuja aplicação provocou previsível resistência dos jornalistas do veículo, foi feito por Manuel Carlos Chaparro e exposto no livro Pragmática do Jornalismo - Buscas Para uma Teoria da Ação Jornalística.

Essa pesquisa polêmica originou-se da preocupação de Chaparro em investigar as intenções que motivavam um jornal na produção de informação. O jogo de intenções que molda o cotidiano das redações, das mensagens e dos princípios éticos do jornalismo é o objeto central da proposta do livro. Exibindo as incongruências e contradições do fazer jornalístico, derrubando os muros da objetividade e revelando as peripécias do poder manipulador de informações, Chaparro contribui para "um entendimento crítico da práxis jornalística no Brasil", respondendo aos seguintes questionamentos: Como se manifestam as intenções que controlam as mensagens jornalísticas na imprensa brasileira? Que interesses estão conectados a tais intenções?
Em iniciativa pioneira, Chaparro conseguiu descobrir algo que todo leitor assíduo, e até inúmeros profissionais da área - cuja posição hierárquica inferior impossibilita - desejam saber: quem são os poderosos do jornalismo que, com um sim ou com um não, modificam a opinião pública e como a própria pesquisa levantada para a confecção da matéria pode ser adulterada pela opinião e sugestão do profissional.
Além disso, a capacidade de decidir o quê e como informar é amplamente discutida por Chaparro como determinante da ação jornalística. Leitura essencial àqueles que buscam fugir do óbvio ou do que é revelado mediante os manuais de redação, assim como fascinante para aqueles que esperam conhecer mais o trabalho de ombudsman, embora com linguagem teórica.
A análise das reportagens em suas minúcias e tendências revela os bastidores da prática jornalística, fazendo cair por terra o dogma da imparcialidade. Depois de Pragmática de Jornalismo é difícil ler qualquer jornal sem lembrar-se das censuras dos manuais de redações, dos mandos e desmandos dos editores e das intervenções incômodas e pessoais dos próprios repórteres nas matérias. Após envolver-se com a obra, resta ao leitor de jornais a surpresa desagradável de descobrir que a menina de seus olhos é uma legítima Lolita. Já os jornalistas experientes se contorcerão de raiva - assim como fazem os mágicos ao descobrir que um dos seus revelou segredos e truques ao público mortal.

Por fim, ressalta-se a mensagem conclusiva de Chaparro encontrada propositadamente na dedicatória da obra. Ao desmascarar a tendenciosidade dos jornais brasileiros em tom pessimista, Chaparro destina seu trabalho a todos os leitores "que ainda confiam no seu jornal", "para que não acreditem tanto".
Pragmática do jornalismo / Manuel Carlos Chaparro
Manuel Carlos Chaparro revela os bastidores da prática jornalística e derruba o dogma de sua objetividade. Leitura essencial para estudantes de jornalismo, a obra analisa a responsabilidade moral e ética do profissional da notícia. Que intenções motivam um jornal a publicar uma notícia? Que interesses estão por trás dessa publicação? Que influência a explicitação ou a não-explicitação das intenções exerce no leitor? Essas perguntas motivaram o jornalista Manuel Carlos Chaparro a investigar o cotidiano das redações e buscar um entendimento crítico da prática do jornalismo no Brasil. O resultado está no livro Pragmática do jornalismo.

Clássico da comunicação no país, em terceira edição revista, a obra propõe uma nova maneira de fazer jornalismo, baseada na ética e no interesse público. O autor analisa o padrão de jornalismo dos dois maiores jornais do país – Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo – e revela ações que instrumentalizam ou manipulam a informação.

O livro apresenta variados exemplos do que se deve e do que não se deve praticar na profissão. Dividido em quatros partes, reúne várias demonstrações de contradição, manipulação, conveniência e discrepância na apuração, no tratamento e na propagação da notícia. Avalia posturas e mostra os processos que determinam o posicionamento dos veículos perante os fatos, utilizando como elementos de pesquisa a reprodução de material publicado nos jornais.

Na primeira parte, “Pragmática viva”, Chaparro faz o rastreamento da notícia. Seus critérios para escolher as produções são: serem reportagens sobre assuntos socialmente relevantes; possuírem alto potencial de conflito político, ideológico ou moral, caracterizando o confronto de interesses; serem relatos de verificações feitas fora da redação, teoricamente desenvolvidos com a liberdade e a responsabilidade moral do jornalista. Esse trabalho envolve ainda outro critério, o de checar o impacto da notícia em diferentes editorias para analisar os reflexos nas interações editor–pauteiro–repórter–fontes–normas internas. E Chaparro dá vários exemplos das conseqüências da interpretação dúbia do repórter e da condução tendenciosa da informação pelo editor, num conturbado ambiente de reserva nas redações.

“O poder de (des)informar” é o tema da segunda parte. O autor trata do poder do boato, da incompetência na apuração, do dilema estabelecido pela declaração em off e da capacitação das fontes como elementos determinantes no desenvolvimento da notícia. De acordo com Chaparro, “sempre que um editor ou um repórter – por incompetência, arrogância, interesse pessoal, ambição de poder, irresponsabilidade profissional, subalternidade a quem o controla ou qualquer outro motivo – priva o leitor da notícia correta e plena, trai o principal e mais belo dos compromissos que tem com a construção e o aperfeiçoamento de uma sociedade livre: assegurar a ‘todo indivíduo’ o direito de ser informado. Com o relato veraz”.

Na terceira parte, sob o título “O poder da norma”, Chaparro aborda o que está intrínseco nos manuais criados pelas redações das empresas de comunicação. “Porque todos os esforços e recursos se articulam em torno de processos comunicativos complexos, os manuais normativos acabam dando substância a pragmáticas particulares que, além de motivar as intenções jornalísticas, alcançam comportamentos e propósitos de fontes e leitores”, afirma.

O autor descreve conceitos de caráter pragmático na quarta e última parte do livro: “Propostas teóricas”. Chaparro explica a diferença entre propósito e intenção na ação jornalística e relaciona o fazer jornalístico aos padrões de ética e moral. Por meio de um fluxograma demonstrativo de todo o procedimento envolvido, sempre citando os grandes pensadores das comunicações e seus preceitos, o autor discorre sobre a técnica profissional ricamente embasado em extensa bibliografia.

Manuel Carlos da Conceição Chaparro é doutor em Ciências da Comunicação e professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo. É jornalista desde 1957. Ao longo da carreira jornalística, por quatro vezes conquistou distinções no Prêmio Esso de jornalismo, com trabalhos individuais. Na vertente acadêmica, formou-se em jornalismo pela ECA-USP em 1982, tornando-se, dois anos depois, professor na mesma escola. No desenvolvimento da carreira de docente, concluiu o mestrado em 1987, o doutorado em 1993 e a livre-docência em 1997. Aposentou-se em 2001, como professor associado (livre-docente). Entre 1989 e 1991 foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

SERVIÇO:

Livro: Pragmática do jornalismo
Buscas práticas para uma teoria da ação jornalística
Autor: Manuel Carlos Chaparro
Editora: Summus Editorial
Páginas: 168
ISBN: 978-85-323-0327-1
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Preço: R$ 32,90

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Identificador do produto: 175861
Livro Usado
Assessoria de Imprensa
ISBN: 85-241-0388-4
Autor: Elisa Kopplin e Luiz Arthur Ferraretto
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Mais detalhes

Coleção: Coleção Comunicação Viva
Volume: 5
Idioma: Português (Brasil)
Subtítulo: Teoria e Prática
Editora: Sagra-D.C. Luzzatto, RS
Ano: 1996
Número Edição: 2ª
Nº de páginas: 184
Medidas: 13,5 x 21
Peso: 210 gramas
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom
Capas e lombada um pouco gastas. Corte escurecido pelo tempo. Miolo em bom estado.
Assuntos abordados
na obra: Comunicação Social: Jornalismo. Assessoria de Imprensa.
Imprensa. Origem e desenvolvimento. Formação da opinião.
Conduta ética do assessor de imprensa.
Técnica de redação. Entrevistas coletivas.
Press-kit. Controle de informação. House-organs.
Observações: Inclui introdução da 1ª edição, notas ao pé das páginas, glossário, leituras complementares e bibliografia.

Perguntas & Respostas

Agosto de 2008



Vereadores de São Vicente reajustam salários de assessores, R$ 1.200 para R$ 6.500
"Rampon" o presidente do legislativo, volta atráz e premia assessores com super aumento
Em 19/12/2006 publicado no Jornal A Tribuna. “Não teremos aumento algum nos próximos dois anos”, disse o então eleito presidente da Câmara, Gilberto Rampon (PSB). A população vicentina, sobre tudo os católicos. Vai adorar saber o tamanho do descaso, aumentou de R$ 1.200 para R$ 6.500. Quase 20 vezes mais que o salário mínimo. Com grande apoio da Igreja Católica, o presidente um cristão, tem no mínimo que explicar a inverdade.
Em março aprovou o aumento. Só os R$ 1.200, multiplicados por 50 assessores somam R$ 60.000,00 mensais. Ao longo de um ano, R$ 780.000,00. O suficiente para construir 130 casas populares. Os amigos vereadores, no entanto, multiplicaram essa bolada aumentando os gastos com seus pupilos.
A vergonha não pára por aí. A lei que autorizou o reajuste, apesar de validada só em março, previu a retroatividade do aumento. Isso mesmo, os bem remunerados assessores tiveram não só, um maior ganho, mais um acúmulo. Recebendo então as diferenças de valores referentes a fevereiro e janeiro também.
A Presidência, que contava com três assessores, passou a ter cinco. Foram criados mais dois cargos. Nomeados por indicação, sem concurso público. Rampon quebrou um jejum de 23 anos. Desde 1984 não eram criados cargos no Legislativo vicentino.
Entrevista
BGC: Juliana, fale um pouco de sua trajetória profissional.
Juliana Braga: Me formei na Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. Trabalhei nos jornais O Fluminense (Niterói), Agência Jornal do Brasil, Jornal O Dia, GloboNews.com, Globo Online e há dois anos e meio sou assessora de imprensa do Médicos Sem Fronteiras.
BGC: Quais as principais tarefas atribuídas a um assessor de imprensa?
JB: O assessor de imprensa é a ponte entre uma organização e/ou instituição e a mídia. No meu caso, além de atender demandas espontâneas da imprensa, também sugiro pautas sobre a organização e temas ligados a ela para a imprensa. Além disso, sou responsável pelas reportagens publicadas no site da organização.

BGC: Como é trabalhar com assessoria de imprensa dentro de uma organização como MSF?
JB: É bastante interessante e muito desafiador. Aprendo bastante sobre a história de vários países; tem ainda um pouco de ciência (que eu adoro, pois, por cinco anos, cobri editorias de ciência e internacional), troco muita informação com várias pessoas de países diferentes e, ao mesmo tempo, sei que estou divulgando um trabalho do bem. Mas, muitas vezes, é bem difícil porque muitos dos países que acompanhamos não são considerados “interessantes” ou não vendem jornal.

BGC: De que forma é trabalhada a assessoria de imprensa dentro de um clube social?
Juliana Vieira: A assessoria de imprensa, dentro do Clube Juvenil, é trabalhada de forma informativa e serve como suporte na divulgação. O clube possui um site onde postamos matérias atualizadas diariamente. É o principal vínculo de comunicação entre o clube e o associado. Diariamente são mandados releases para jornais, rádios e TVs com noticias de interesse do associado, de eventos ou atividades que o clube está desenvolvendo.

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MANTEVE A ASSESSORIA DE IMPRENSA

JESSÉ SANTIAGO
REINSTITUIU A ASSESSORIA DE IMPRENSA
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Por que contratar uma Assessoria de Imprensa especializada
Acreditamos que o principal responsável pelo sucesso de bandas brasileiras em nosso próprio país e no exterior, além do talento e competência indiscutível de seus músicos, está na forma com que eles são ou foram trabalhadas na mídia e a estrutura empresarial.
A cada ano, dezenas de bandas talentosas desistem de seu sonho precocemente, justamente pela falta de suporte e estrutura. Entretanto, se o produto é bom e o trabalho de marketing é adequado, o sucesso é apenas conseqüência. Existem inúmeros músicos e bandas talentosas e que continuam no anonimato, sujeitos a sorte ou até onde durar seu sonho e força de vontade, fadados ao fim precoce, já que não existe no Brasil um mercado estruturado para o Heavy Metal, como acontece em alguns países da Europa, onde muitas bandas conseguem crescer e viver de Metal.
Diante dessa realidade e de nossa experiência no cenário do Heavy Metal mundial, decidimos criar uma estrutura para centralizar e atender as reais necessidades de nossos clientes.
Nosso intuito é justamente prestar um serviço de divulgação e assessoria de imprensa aos nossos clientes, para que tenham o nome de sua banda, sua música e atividades divulgadas e trabalhadas devidamente junto aos veículos de mídia.


Outras vantagens de se trabalhar com Assessoria de Imprensa

Cada banda tem a média de quatro ou cinco integrantes, o que significa que o custo da assessoria pode ser dividido e resultar num valor muito pequeno por um benefício muito grande e vital para uma banda que pretende dar maiores passos.

Muitas vezes, um membro da banda acaba tomando a frente para fazer os contatos com a imprensa, a divulgação e outras atividades próprias de um profissional de assessoria de imprensa. Porém, como todo músico brasileiro de Metal, esse indivíduo precisa trabalhar, estudar e ainda compor, ensaiar, gravar, tocar, não sobrando muito tempo para fazer esse trabalho de assessoria de forma profissional, abrangente e contínua.
Por não ter uma formação profissional adequada nem experiência em assessoria, na maioria das vezes este músico acaba fazendo um trabalho que poderá até comprometer o futuro de sua banda.
O fato de tal músico centralizar esses contatos e atenções, muitas vezes se torna motivo de discórdia por despertar a vaidade dos demais companheiros ou pelo excesso de importância ou autoridade atribuída a esse músico, pois é ele quem sai mais na mídia e etc.
Em outros casos, namoradas, amigos ou pseudo-empresários tomam a frente dessas atividades e pelos mesmos motivos de falta de formação no assunto fazem um trabalho inadequado e ineficiente, sem falar que caso se indisponham profissionalmente e venham a romper relações com a banda, podem ter o poder de queimar a imagem da banda na imprensa, o que pode virar motivo de chantagem e abuso de autoridade.
Nossa missão é centralizar estas atividades de forma neutra, imparcial e profissional, para que o músico se preocupe apenas em fazer boa música.
POR QUE TRABALHAR CONOSCO?
Quando a banda lança um CD, muitos veículos fantasmas, programas de rádio e publicações já extintas ou sites e fanzines sem impacto relevante solicitam material, apenas para ganhar um CD de graça, que na maioria das vezes não será resenhado e outras até mesmo vendido a terceiros, resultando para a banda prejuízos com tempo, CD desperdiçados e gastos desnecessários com o correio.
Como temos uma vasta experiência no cenário do Metal nacional, fazemos um levantamento e um minucioso trabalho de pesquisa, descobrindo quais veículos de fato trabalham com seriedade. Para estes o material de sua banda será encaminhado. Isto muito valioso e não poderá ser desperdiçado a esmo.
Sua banda precisa se manter na mídia para reforçar seu nome perante público e mídia especializada, mas na maioria das vezes o público nem toma conhecimento das atividades de sua banda.
Por incrível que pareça, sua banda sempre tem um ótimo pretexto para ser explorado e na maioria das vezes nem se dá conta disso, perdendo uma enorme chance de trabalhar seu nome na mídia.
A mudança de um integrante, a procura de um novo integrante, o processo de composição de um novo álbum, a gravação de uma nova música, a participação em uma coletânea, um projeto, um show (antes e depois), o lançamento de uma Demo, um CD, a mudança de logotipo, lançamento de um site, mudança de endereço de site, abertura de um fã-clube, uma participação especial, um contrato com uma gravadora, a mudança de gravadora, licenciamento de um CD no exterior, enfim, a banda sempre tem inúmeras notícias e argumentos para manter seu nome em alta no cenário.
A empresa pretende promover essas notícias entre todos veículos especializados e centralizá-las em seu próprio site, que passará a ser uma verdadeira referência do Metal brasileiro.
Não podemos garantir que sua banda se torne o novo Angra ou Sepultura, pois isso dependerá de talento, um produto apresentável e uma certa dose de sorte, mas garantimos fazer um trabalho profissional de assessoria e marketing, que tornará sua banda conhecida no cenário e certamente será determinante no futuro da banda e suas conquistas.
É importante ressaltar que nenhum assessor de imprensa tem como asseverar a publicação ou veiculação de qualquer matéria, já que isso vai depender da vontade do jornalista e da abordagem que ele pretender dar ao fato. Mas, enviando um texto objetivo e bem redigido para divulgação do que o cliente pretende, são grandes as possibilidades de êxito.
Não temos nenhum vínculo oficial com selos ou produtores de shows, mas eventualmente indicamos bandas para produtores, empresários, promotores de shows, gravadoras e projetos.
Assim como em qualquer empreitada, os resultados da assessoria de imprensa não são colhidos da noite para o dia, pois são frutos de um trabalho gradual e contínuo, para fixação e reforço de marca entre o público e mídia. Portanto, para dar tempo do serviço render significativamente e se medir a repercussão de reviews e entrevistas, recomendamos um pacote mínimo de seis meses.
Outro ponto a considerar, é que além dos resultados dependerem do nível do produto oferecido pela banda e de um trabalho contínuo e a longo prazo de assessoria especializada, adiantamos que devido a atual enorme demanda de novas bandas no cenário, se torna praticamente impossível alguns veículos (especialmente as grandes revistas) abrirem espaço para entrevistas e matérias especiais para bandas que tenham apenas demos e nenhum CD lançado oficialmente.
RICARDO BATALHA
Editor-chefe da revista Roadie Crew, uma verdadeira autoridade da imprensa especializada, cuja trajetória se confunde com a própria história do Heavy Metal no Brasil. Formado em Direito pela FMU, foi baterista das bandas Sunseth Midnight, Swingfire, Midnight e Cizania e também trabalhou como roadie de bateria para nomes como Angra ("Holy Land Tour" - 1996/1997), Eldritch (ITA), Exhort e Homem do Brasil.

Entre outros trabalhos, foi editor da revista Top Fight (Esportes/Artes Marciais); atuou como colaborador em revistas - entre elas, Rock Brigade e Dynamite -; teve colunas de música em diversos sites (Rock On Line, Fire Rock) e jornais (Gazeta da Liberdade, Ponto Final, A Metrópole, O Litoral); foi responsável pela assessoria de imprensa da Nuclear Blast no Brasil. Começou como 'fanzineiro', editando os Zines Deathcore e Silent Rage, e hoje é um dos maiores especialistas em Heavy Metal, uma verdadeira biblioteca do Metal brasileiro.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM EVENTOS
COORDENAÇÃO DE ARQUIBANCADASCORPORATIVAS NO GP BRASIL 2007 e 2008
XV Jogos Pan-Americanos (RJ) 2007 - Help Desk do Consórcio Gabisom Eletromídia (fornecedor de áudio, vídeo, catv e cabeamento de rede e telefonia para os jogos
Clique aqui para entrar em contato. Em 1772, quatro anos antes da proclamação da independência dos Estados Unidos, um grupo de revolucionários comandado por George Washington, preocupado com a divulgação de informações oficiais, contratou o escritor e editor Samuel Adams para desenvolver um trabalho que mesclasse elementos da comunicação. Anos depois, em 1829, Amos Kendall dava início à assessoria de imprensa governamental. Durante o governo de Andrew Jackson, organizou um setor bem estruturado de imprensa e relações públicas: o The Globe, considerado por muitos como o primeiro house-organ.
As primeiras publicações empresariais surgiram na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos no século XIX. Os efeitos sobre a opinião pública consolidaram-se e, a partir daí, começaram a aparecer jornalistas que se encarregavam de divulgar o que acontecia dentro das organizações. Outras áreas também adotariam a ideia, levando ao público fatos do mundo empresarial.
Samuel Adams, foi o pioneiro na assessoria de imprensa – Crédito: ReproduçãoYve Lee: Pioneiro na Criação da Assessoria de Imprensa e Comunicação
Em 1906, o jornalista norte-americano Yve Lee fundou em Nova York o primeiro escritório de assessoria de imprensa ou relações públicas do mundo. Com um bem-sucedido projeto profissional e a serviço de um cliente poderoso, Lee conseguiu recuperar a imagem do odiado empresário americano John Rockfeller e conquistou, por direito e mérito na História moderna da Comunicação Social, o título de fundador da Relações Públicas, berço da assessoria de imprensa.
Foi a partir desse momento que diversas empresas, e também órgãos públicos, começaram a adotar serviços de assessoria de imprensa no mundo todo. Nas décadas de 1940/1950, já existiam registros dessa atividade em vários países, entre eles França, Canadá, Itália, Holanda, Bélgica, Alemanha, Suécia, Noruega.
Assessoria de Imprensa no Brasil
Em artigo publicado no site Observatório da Imprensa em 28 de maio de 2008, Osmar Monteiro Mendes afirma que a Assessoria de Imprensa no Brasil surgiu em 1909, quando o presidente Nilo Peçanha criou a Secção de Publicações e Biblioteca do Ministério da Agricultura, tendo como uma das principais finalidades distribuir informações à imprensa sobre o setor, a partir de notícias e notas. Essa foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “assessoria de imprensa” no Brasil.
Durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado em 1937 o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) por meio do decreto n° 3.371, em pleno estado novo, com finalidade de estabelecer serviço de atendimento à imprensa ligado ao Gabinete Civil. A ideia principal era divulgar os atos do Presidente e obras realizadas naquele período. O governo Vargas foi também o responsável pela criação do curso superior de Jornalismo, em plena ditadura.
Após a II Guerra Mundial e a eleição de Juscelino Kubitschek, com investimento das grandes multinacionais, surgiram as práticas de assessoria de imprensa, que foram sendo adotadas aos poucos por empresas nacionais e pela administração pública. A partir de 1970, entidades, empresas e empresários descobriram que o assessor de imprensa era figura importante e necessária. Desde então, a atividade vem se profissionalizando e ganhando outra dimensão de trabalho.
O ex-presidente do Brasil Nilo Peçanha, o primeiro a utilizar assessores em seu governo – Crédito: Reprodução. Na década de 70, de acordo com o professor Manoel Carlos Chaparro, dá-se rápida expansão das assessorias de imprensa como mercado de trabalho jornalístico, mas infelizmente ainda sobre o impacto do controle da informação para a opinião pública, num sistema implantado pelo governo.
Em 1971, os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes fundaram a agência Unipress, buscando nova proposta de assessoria de imprensa. Queriam expandir seu trabalho, fazendo com que as informações chegassem de maneira mais rápida e fácil às redações. A Unipress se tornou modelo jornalístico de assessoria de imprensa.
Segundo Jorge Duarte, em 1975 a Unipress chegou a ter cerca de 10 clientes e 45 jornalistas, cujo objetivo principal era a produção de publicações institucionais. Mesmo nessa época, os jornalistas que prestavam esse tipo de serviço não eram bem vistos, porém, mostravam um trabalho útil, conquistando espaço.
O ano de 1979 significou um momento de mudança para o segmento, é o que afirma o jornalista Kardec Pinto Vallada: “Nessa época, houve grande número de demissões nos principais meios de comunicação devido a greves dos jornalistas; redações foram obrigadas a dispor de profissionais incapacitados para desenvolver um bom trabalho. Foi nessa época que surgiram jornais, revistas e anúncios sobre as instituições e órgãos de forma mais profissional. Os jornalistas por sua vez ganharam benefícios, como horário fixo de trabalho, salário bem maior que os oferecidos pelas redações e inúmeras outras vantagens”.
Nos anos 80, as assessorias ganharam espaço maior nas empresas e, assim, passou a haver maior necessidade por esse tipo de trabalho. Os jornalistas começaram a se reunir para trocar experiências e opiniões, a legislação se estabeleceu e foi lançado o Manual de Assessoria de Imprensa, trabalho conjunto com comissões formadas por vários sindicatos do país.
Segundo Chaparro, nessa mesma época o Brasil começou a implantar a ruptura entre a assessoria de imprensa e a relações públicas, consolidando-se como experiência única de assessoria de imprensa jornalística no mundo, já que a maioria dos países não considerava a assessoria de imprensa como prática jornalística.
No livro Comunicação: discursos, práticas e tendências (2001), Duarte cita Portugal como exemplo decorrente desse fato: ”O jornalista que passa a trabalhar em uma organização não jornalística é obrigado a afastar-se do sindicato e, portanto, perde o direito a exercer a profissão”.
Amos Kendall: o pai do house-organ
Atualmente, 50% dos profissionais formados em Jornalismo atuam em algum tipo de assessoria de imprensa, seja organizacional, institucional ou empresarial, mas essa situação pode sofrer variações dependendo da região. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, estima-se que 60% dos jornalistas do estado do Ceará trabalhem em algum tipo de assessoria. Conforme levantamento feito em 2003 pelo Sindicato do Distrito Federal, metade dos 25 mil profissionais brasileiros formados em Jornalismo atua em assessorias.

ENTREVISTAS
A Jornalista gaúcha Juliana Vieira, assessora de imprensa de um dos principais clubes sociais de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e Juliana Braga, fluminense de Niterói, assessora de imprensa da Organização Médicos Sem Fronteiras, com sede no Rio de Janeiro.
BGC: Juliana, fale um pouco de sua trajetória profissional.
Juliana Braga: Me formei na Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. Trabalhei nos jornais O Fluminense (Niterói), Agência Jornal do Brasil, Jornal O Dia, GloboNews.com, Globo Online e há dois anos e meio sou assessora de imprensa do Médicos Sem Fronteiras.
BGC: Quais as principais tarefas atribuídas a um assessor de imprensa?
JB: O assessor de imprensa é a ponte entre uma organização e/ou instituição e a mídia. No meu caso, além de atender demandas espontâneas da imprensa, também sugiro pautas sobre a organização e temas ligados a ela para a imprensa. Além disso, sou responsável pelas reportagens publicadas no site da organização.
BGC: Como é trabalhar com assessoria de imprensa dentro de uma organização como MSF?
JB: É bastante interessante e muito desafiador. Aprendo bastante sobre a história de vários países; tem ainda um pouco de ciência (que eu adoro, pois, por cinco anos, cobri editorias de ciência e internacional), troco muita informação com várias pessoas de países diferentes e, ao mesmo tempo, sei que estou divulgando um trabalho do bem. Mas, muitas vezes, é bem difícil porque muitos dos países que acompanhamos não são considerados “interessantes” ou não vendem jornal.
BGC: De que forma é trabalhada a assessoria de imprensa dentro de um clube social?
Juliana Vieira: A assessoria de imprensa, dentro do Clube Juvenil, é trabalhada de forma informativa e serve como suporte na divulgação. O clube possui um site onde postamos matérias atualizadas diariamente. É o principal vínculo de comunicação entre o clube e o associado. Diariamente são mandados releases para jornais, rádios e TVs com noticias de interesse do associado, de eventos ou atividades que o clube está desenvolvendo.






No Brasil
No Brasil, jornalista que faz Assessoria de Imprensa é considerado jornalista. Faz parte de uma tradição brasileira, com apoio dos sindicatos e dos profissionais atuantes nos meios de comunicação. Ao assumir a AI como jornalismo, é possível apresentar um trabalho comprometido com o interesse público, ao menos nas instâncias filosóficas e da deontologia da profissão. O “Código de Ética” expressa quais devem ser as preocupações dos jornalistas, trabalhando em redações ou em assessorias.
Conjunções históricas foram responsáveis por este quadro de legitimação do jornalista como profissional adequado para o exercício da A.I. no Brasil. Em 1909, o Presidente Nilo Peçanha criou a “Secção de publicações e bibliotheca do ministério da agricultura", que tinha como uma de suas finalidade distribuir informações à imprensa sobre o setor, através de notas e notícias. Esta foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “Assessoria de Imprensa” no Brasil. No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas, durante o período ditatorial do Estado Novo, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado do controle ideológico dos meios de comunicação. Também foi Getúlio Vargas, através do Decreto nº 5.480, em 1943, o responsável pela instituição do curso superior de Jornalismo, fundamental para uma melhor configuração da atividade profissional, isso em plena ditadura.
Em outubro de 1969, em plena ditadura, foi instituída a regulamentação do exercício da profissão de jornalista, através do Decreto-lei nº. 972. A legislação destinava-se muito mais a um controle do que propriamente a uma solução para atender a uma demanda de profissionais da área. A obrigatoriedade de diploma instituiu, ainda que de maneira pouco democrática, um melhor nível e noção de classe entre os trabalhadores.
Com o “ressurgimento” da democracia são cunhadas legislações que são o prenúncio daquilo que conhecemos como “direitos do consumidor”, e numa busca cada vez maior de credibilidade, as empresas tratam de utilizar a comunicação como um diferencial competitivo, assumem parcialmente o seu papel de agente social. Aalguns conceitos como “Empresa cidadã” e de "Responsabilidade ambiental" são fixados como uma possibilidade de acumular valores no imaginário da população.
Dos Anos 80 até hoje, o uso da informação e o estabelecimento de relacionamentos adequados com a imprensa e outros setores da sociedade passaram a ser estratégicos para as organizações empresariais. Este fenômeno é paralelo ao outro, que é o de enxugamento das redações devido à grande recessão em que o país estava imerso, o que causou uma crise de empregabilidade. Estes profissionais buscaram novas colocações e foi natural que as empresas aproveitassem essa mão de obra experiente. Com novas funções, novos mercados, salários maiores, novos conhecimentos e um novo papel social tão digno, útil e ético para os meios de comunicação e para a sociedade, foi implantada uma nova e legítima área de atuação para o jornalista.
O bom trânsito entre seus pares e a familiaridade do jornalista com a linguagem dos meios de comunicação impressos e eletrônicos faz desse profissional o mais qualificado para os trabalhos nas assessorias que surgiam. Eles possuíam um diferencial competitivo em relação a outras áreas que comumente atuavam no “nicho de mercado”, especialmente os Relações Públicas.
É desejável que um assessor de imprensa seja um jornalista e tenha passado por grandes redações, mas não imprescindível. A disputa ideológica é complexa e inconclusiva, envolve questões como objetividade, parcialidade, entre outras tantas. Os sindicatos ligados à categoria não fazem quaisquer objeções ou menções de incompatibilidade. Não existe um preconceito direcionado ao Assessor de Imprensa, ocasionalmente ocorrem restrições contra assessorias que não cumprem aquilo que é tido como seu papel, o que é natural em qualquer exercício.
A História da Assessoria de Imprensa no Brasil
Este livro reúne textos elaborados por pesquisadores e profissionais de várias áreas e de instituições do Brasil e do exterior, todos com experiência em assessoria de imprensa. É um grupo composto por profissionais, como Luiz Amaral, Carlos Chagas, Wilson Bueno, Manuel Chaparro, Jorge Duarte, Graça Caldas. Eles produziram textos especialmente para esta obra, organizada para ser consultada por capítulo de interesse ou para ser lida de um só fôlego. O prefácio é de Cristovam Buarque e a introdução, de Alberto Dines.
Entre os assuntos, o leitor encontrará a história das assessorias de imprensa no Brasil, Estados Unidos e Europa. Também terá textos específicos sobre imagem corporativa, notícia institucional, imprensa e organizações, ética, implantação de uma assessoria, produtos e serviços, release, Internet, publicações empresariais, o relacionamento que envolve fonte, jornalista e assessor de imprensa, avaliação do trabalho, gerenciamento de crises. Um capítulo especial mostra como funciona uma redação jornalística.
O resultado é um conjunto de textos estruturados em História e Caracterização, Fundamentos e Técnicas, que desvenda a riqueza de possibilidades de atuação de uma assessoria de imprensa, orientando o iniciante, subsidiando o profissional e ajudando as fontes no relacionamento com a imprensa e com a própria assessoria. Parte I - Caracterização

1 CEM ANOS DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Manuel Carlos Chaparro)
Capitalismo selvagem
Princípios e ações
Crise de 1929, nova fase
Modelo exportado
O boom brasileiro
Modelo jornalístico, uma experiência brasileira
Revolução das fontes
Referências bibliográficas

2 ASSESSORIA DE IMPRENSA NOS ESTADOS UNIDOS (Luiz Amaral)
Novidade boa, mas suspeita
Reação ao muckraking journalism
Um animal que lê jornal
Primeira Guerra Mundial: coletivas e releases
Surge nova era
Obsessão americana
Liberdade de imprensa e manipulação da notícia
Direito de mentir
Conluio entre imprensa, governo, corporações
Novo teste
Que é RP para o norte-americano
Relações públicas segundo a PRSA
Como as RP beneficiam a sociedade
Modernidade e progresso
Referências bibliográficas

3 ASSESSORIA DE IMPRENSA NA EUROPA (Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa)
Assessoria de imprensa na literatura
Ordenação legal e ética da assessoria de imprensa
Ensino da assessoria de imprensa na Europa
Publicações empresariais na Europa
Assessoria de imprensa na Universidade Fernando Pessoa
A fechar
Referências bibliográficas

4 ASSESSORIA DE IMPRENSA NO BRASIL (Jorge Duarte)
Qualificando fontes e informações
Jornalismo no nível de fonte
Comunicação estratégica
Referências bibliográficas

Parte II - Princípios

5 PRODUÇÃO DA NOTÍCIA: A REDAÇÃO E O JORNALISTA (Roberto Seabra)
O jornalista, o cozinheiro e o ladrão
No caminho da redação
O jornal impresso
A explosão da rotina
Pauta externa
Decidindo o que é notícia
O jornalismo no rádio
O jornal na TV
Considerações finais
Referências bibliográficas

6 LEGITIMAÇÃO DAS ASSESSORIAS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES (João José Azevedo Curvello)
Mudanças organizacionais
De onde vem a necessidade de avaliar e mensurar
Avaliação como processo permanente
Superando o operacional e preparando-se para a estratégia
Estratégias de legitimação
Referências bibliográficas

7 A NOTÍCIA INSTITUCIONAL (Graça França Monteiro)
Alguns conceitos de notícia
Sobre a notícia institucional
Por que estar na mídia?
Selecionando o que é notícia
Estratégias para aproveitamento da notícia
Referências bibliográficas

8 IMPRENSA E ORGANIZAÇÕES (Armando Medeiros de Faria)
Tentáculos da mídia
Notícia boa é a ruim
Em busca do público
Referências bibliográficas

9 UM MODELO DE DIÁLOGO COM A IMPRENSA (Juan Carlos Molleda)
Enquadramento
Subsídios informativos
Construção da agenda
Interconexão de conceitos
Implicações dos três paradigmas
Modelo de diálogo com a imprensa
Referências bibliográficas

10 IMAGEM CORPORATIVA: MARKETING DA ILUSÃO (Elizabeth Brandão e Bruno Carvalho)
Imagem das corporações
Discurso da comunicação empresarial
Estratégias da comunicação para a imagem corporativa
Comunicação interna: tiranias da intimidade
Atendimento: imagem da felicidade por um fio
Pesquisa: imagem monitorada
Assessoria de imprensa: arauto da imagem de felicidade
Internet: princípio da derrocada corporativa
Futuro da corporação
Referências bibliográficas

11 AGIR ÉTICO DENTRO E FORA DAS ASSESSORIAS DE IMPRENSA (Carlos Chagas)

Parte III - Técnicas

12 IMPLANTANDO E ADMINISTRANDO UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Maria Regina Estevez Martinez)
Todo jornalista não é necessariamente um assessor
Profissionalismo inovador versus amadorismo retrógrado
Por que investir em assessoria de imprensa, ou "o que é que eu ganho com isso"?
Antenados nas tendências: de olhos e ouvidos abertos para o mercado
Preciso de uma assessoria de imprensa: e agora?
Terceiro setor, associações e entidades sem fins lucrativos
Literatura recomendada

13 PRODUTOS E SERVIÇOS DE UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Jorge Duarte)
Referências bibliográficas

14 PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS EMPRESARIAIS (Cláudia Lemos e Rozalia Del Gaudio)
Quando começa a história
Jornalismo empresarial na prática - o que interessa aos empregados
Publicações empresariais na França
Tipos de veículos empresariais
Os 10 mandamentos do veículo jornalístico empresarial
Fluxo de produção de um jornal de empresa
Referências bibliográficas

15 RELEASE: HISTÓRIA, TÉCNICA, USOS E ABUSOS (Jorge Duarte)
RELACIONAMENTO ASSESSOR DE IMPRENSA/JORNALISTA: SOMOS TODOS JORNALISTAS! (Graça Caldas)
Culturas institucionais
Éthos do assessor e do jornalista
O mundo do jornalista
O mundo do assessor
Que se espera do jornalista
Que se espera do assessor
Literatura recomendada

17 RELACIONAMENTO ASSESSOR/ASSESSORADO: ENTRE TAPAS E BEIJOS (Luciano Milhomem)
Véu e grinalda
Trêmulo mesmo sobre um mesmo tripé
O assessorado
O assessor
A informação
"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

18 RELACIONAMENTO FONTE/JORNALISTA (Jorge Duarte e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior)
Sobre a prática do jornalismo
Atores da notícia
Relacionamento com a imprensa
Preparação
Atendendo ao jornalista
Depois da entrevista
Falando ao microfone
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

19 ASSESSORIA DE IMPRENSANAERA DIGITAL (Roberto de Camargo Penteado Filho)
Introdução
Diferenças entre massa e público
Dados, informação e sistemas
Conhecimento e informação
Os modelos de Grunig e Hunt da prática da comunicação social
As funções de relações públicas
A prática desses modelos e funções no Brasil
Manual de assessoria de imprensa na sociedade da informação
Monitoramento da Internet
Substituindo papel por e-mail
Os efeitos do excesso de informação nos MCM
Administrando a entrega e a disponibilização da informação
A integração dos produtos
Do "ao vivo" para a teleconferência
A busca da informação on line
O jornalista na sociedade da informação
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

20 COMUNICAÇÃO EM TEMPO DE CRISE (João José Forni)
Crise em tempo real
Primeira reação: assumir o controle
O que não fazer
Cardápio da crise
Comitê de crise
Eleger um porta-voz
Justiça pode não ser o caminho
Quem é meu público
Palavra-chave: credibilidade
Antes que a crise chegue
Administrar a versão e a crise
À guisa de conclusão
Referências bibliográficas

21 MEDINDO O RETORNO DO TRABALHO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Wilson da Costa Bueno)
Os equívocos da clipagem
A clipagem eletrônica ou na Web
Enxergando além do clipping
O buraco está à frente e atrás do clipping
Literatura recomendada

Glossário (Omar Barreto Lopes) Autor: Jorge Duarte


COMUNICAÇÃO PÚBLICA: Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público


MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL
Cláudio Amaral
Jornalista
DOS ESTADOS UNIDOS PARA O MUNDO
A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no início do século. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.
Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller.
Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Era "feroz, impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu principal objetivo: o monopólio ou melhor: o lucro fácil que o monopólio acabava gerando.

Segundo Chaparro, em O Processo de Relações Públicas, livro de autoria da pesquisadora norte-americana Hebe Wey, é possível ler que "denunciados, acusados e acuados" pela imprensa, os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma saída: contratar o jornalista Ivy Lee. Para eles, Lee era o único caminho que imaginavam para evitar novas denúncias, "a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública".
Até então a opinião pública não tinha a menor importância para eles.
O escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey, "eram informações corretas, de interesse e de importância para o público". Eram informações tão honestas, segundo podemos concluir, que acabavam evitando novas denúncias contra os empresários mal falados, de acordo com a citada pesquisadora norte-americana.

Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era sério, honesto e profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiança que tantas dores de cabeça e decepções, tantos prejuízos, enfim, geraram para todos os profissionais sérios e honestos que há décadas vêm tentando fazer Comunicação Empresarial no Brasil?

O primeiro encarregado de Relações Públicas do mundo conseguiu sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey, escreveu e adotou uma carta de princípios que até hoje representa "uma excelente orientação para os especialistas modernos":

"Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Mais detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público".

O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade".

Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas.

Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha (1958).

Segundo a estudiosa Monique Augras, nos Estados Unidos, em 1936, seis em cada grupo de 300 empresas tinham serviços de Relações Públicas; em 1961, a relação era de 250 em 300; em 1970, beirava 100%.

NO BRASIL, A PARTIR DE JK
As Relações Públicas e, por conseqüência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos.

Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Conseqüentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antônio De Salvo.

Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valença, que em 1960 começou a aprender a profissão na J. W. Thompson. Três anos depois ele criou a primeira agência de Relações Públicas do país, a AAB.

Foi também por volta de 1960 que Antônio De Salvo começou a visitar as redações de jornais em São Paulo, capital e interior. Ele fazia o trabalho ingrato de convencer os editores a dar notícias a respeito das atividades e produtos da empresa onde trabalhava.

Naquela época – contou-me De Salvo na manhã do dia 4 de fevereiro de 1999, em sua sala, na ADS – os jornais não publicavam notícias de economia, quanto mais de empresas. As notícias eram de literatura, cultura, esportes, política, religião etc.

"Fui obrigado a convencê-los de que as empresas e seus produtos também mereciam ser notícias", disse-me De Salvo.

"As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertação de Mestrado na USP. "Com elas, generalizou-se também, na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraíram muitos jornalistas."

A regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969.

Durante mais de 20 anos os profissionais de Relações Públicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaboração de press-releases, por exemplo, era uma prerrogativa de apenas uma profissão. Os RPs nunca se conformaram também com a eventual ascensão de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado dentro da empresa ou do órgão público onde trabalhavam profissionais das duas categorias. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da política de Comunicação Empresarial.

De Salvo é contra essa disputa e diz que a regulamentação acabou prejudicando os RPs. Se assim não fosse – afirma o fundador da ADS, em 1971 – profissionais como os jornalistas Miguel Jorge e Walter Nori seriam Vice-Presidentes de RP e não de Assuntos Corporativos da Volkswagen e de Comunicação da Scania Latin América, respectivamente.

A verdade é que, como somos muito corporativistas – todos: jornalistas e relações públicas, em especial – nunca paramos para pensar que seria bem melhor unirmos forças e esforços para difusão das atividades de Comunicação Empresarial. Nunca, jamais, as entidades do setor se uniram para fazer uma campanha institucional em benefício de todos os profissionais que trabalham em Comunicação Empresarial. Sejam eles relações públicas, jornalistas, publicitários, marqueteiros, advogados, historiadores, administradores de empresas, sociólogos, engenheiros das mais diversas especialidades e até quem jamais passou pela porta de uma faculdade.

Com a palavra os sindicatos de jornalistas, radialistas e publicitários, o Conrerp (Conselho de Relações Públicas), a Aberje, a Aneci (Associação Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial), o Sinco (Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial) etc.

Eestruturam e administram serviços de atendimento ao consumidor;

planejam e editam publicações as mais variadas, em forma de revistas, boletins e jornais;

idem em relação a programas internos de rádio e televisão;

idealizam e produzem clippings impressos e eletrônicos; alguns com mais de uma edição por dia e não raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e ano-novo (como o que a Imprensa Oficial está fazendo para o Governador de São Paulo);

atuam como lobistas e ombudsman;

escrevendo discursos e artigos;

criando e atualizando páginas na Internet.


FATOS RELEVANTES NO BRASIL
Os profissionais de Comunicação Empresarial que se aventuraram a fazer o meio de campo entre seus clientes ou patrões (representados por empresas, empresários, órgãos públicos e seus dirigentes/políticos) e a imprensa (jornais, revistas, rádios, tevês etc.) enfrentaram os mais variados tipos de preconceito e discriminação ao longo de muitos anos.
No início, a culpa era dos profissionais de redação. Eles não conheciam as peculiaridades e não entendiam as sutilezas do trabalho dos jornalistas e dos profissionais de Relações Públicas que iam aos veículos levar notícias. Foi preciso muita paciência e dedicação para abrir espaço nas páginas de nossas principais publicações dos anos 60.
Depois, com o advento da ditadura militar e o conseqüente crescimento da corrupção, a partir de 31 de março de 1964, muitos empresários, políticos e até mesmo assessores de imprensa, todos inescrupulosos, não resistiram à tentação de dar bons presentes aos jornalistas. Presentes e às vezes até empregos fantasmas. E com os chamados jabaculês eles compraram alguns repórteres, redatores e editores que abriram a eles espaços indevidos.
Essa prática acabou gerando má vontade cada vez maior por parte dos jornalistas honestos em relação a toda a categoria dos assessores de imprensa.
Em meados dos anos 70, quando deixei a redação do "Estadão" em direção à Secretaria da Agricultura, meu amigo Meninão me deu o seguinte conselho: "Agora que você vai ser assessor de imprensa, evite dar presentes a jornalistas; se você der pra um, vai ter que dar para muitos; esse é um caminho sem volta".
Como era cada vez mais difícil pôr notícias em veículos sérios, alguns donos de empresas de Relações Públicas e assessoria de imprensa passaram a usar um novo artifício: mandavam às redações as moças mais bonitas e bem torneadas que encontravam nas faculdades de comunicação social. E algumas, como ganhavam um salário fixo pequeno e uma gratificação interessante por notícia publicada, faziam até o que não deviam com os garanhões das redações.
Por essas e outras, os profissionais sérios e escrupulosos encontravam cada vez mais dificuldades para o cumprimento do dever nosso do dia-a-dia.
As assessorias de imprensa só vieram a ganhar credibilidade a partir de 1978, após a última greve dos jornalistas de São Paulo. Por quê? Porque com a greve ocorreram muitas demissões nas redações e os demitidos tiveram que migrar para o nosso setor. Muitos como empregados e outros como seus próprios patrões.
"Alguns nomes conhecidos foram trabalhar em assessorias, o que levou a uma mudança na imagem dessas empresas", lembra Walter Nori na página 119 do livro Portas Abertas.
Seja por causa da greve de 1978 ou pelas vantagens que ela acabou gerando para as atividades de Comunicação Empresarial, hoje é possível encontrar na nossa área um número incalculável de jornalistas do primeiro time da profissão. Gente experiente e premiadíssima. Prêmios Esso aos montes.

Nem por isso, entretanto, ficou mais fácil fazer Comunicação Empresarial no Brasil. E a lógica é simples: com o crescimento das assessorias de imprensa, o espaço na mídia passou a ser disputado por um número cada vez maior de assessores e clientes. Ao mesmo tempo, as sucessivas crises econômicas fizeram com que diminuísse a verba publicitária e, por conseqüência, o volume de páginas editoriais.
Um exemplo: nos anos 80, os anos de ouro para a COMUNIC, os eventos patrocinados por nossos clientes (Volkswagen no automobilismo, Marlboro na Fórmula 1 e no motocross, Melitta, Vat 69 e Campari, entre outros, no tênis) tinham suas marcas exibidas diariamente nas páginas dos 50 maiores jornais do País e em quase todas os programas de esportes da televisão. Hoje – e ao longo de todos os anos 90 – isso só seria possível se, além de patrocinar eventos, essas marcas comprassem espaços na mídia.
A INTERNET NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A Internet mudou a vida de todos nós que estamos informatizados e não poderia deixar de dar sua contribuição também para quem faz Comunicação Empresarial.

A partir da popularização da Internet no Brasil, em 1996, quando foi criado o Universo Online, ficou muito mais fácil enviar notícias aos jornais, revistas, rádios, tevês e agências noticiosas.

Ficou mais fácil também acompanhar a veiculação de notícias ou seja fazer o clipping do material enviado aos jornais e revistas.

Mas a maior contribuição que a Internet nos trouxe foi a possibilidade de disponibilizar textos e imagens em tempo integral.

No site da COMUNIC (http://www.comunic.com.br), por exemplo, é possível encontrar tanto os 20 anos de história da empresa quanto detalhes dos serviços que ela presta. Mas o mais importante é que lá estão as imagens (fotos) que nós temos dos nossos clientes e seus produtos, suas marcas (logotipos e ou logomarca) e os textos que elaboramos a respeito deles, de seus produtos e de suas atividades.

Assim é possível dar aos colegas das redações um banco de dados virtual, no qual eles podem buscar informações e ilustrações para suas matérias a qualquer hora do dia, a partir de onde eles estiverem.

Acabou, portanto, a necessidade de os colegas de ligar para minha casa às 11 horas da noite, aos sábados, domingos e feriados para pedir uma informação ou foto que a COMUNIC havia distribuído na semana anterior e que se havia perdido na redação.

Diante disso, fico pensando o quanto a Internet poderia ter contribuído com a política de Portas Abertas da Rhodia.

É IMPORTANTE LEMBRAR QUE...
A Comunicação Empresarial não pode ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou seja, simplesmente como "um conjunto de métodos e técnicas de comunicação, dentro da empresa, dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores etc.)". Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial (O que é Comunicação Empresarial, página 18).

A imagem institucional de uma empresa é um ser vivo, dinâmico. Hoje, pode estar saudável, bem vista, aceita, festejada. Amanhã? Vai depender da história de hoje (O que é Comunicação Empresarial, página 21).

O serviço de comunicação das empresas não é coisa para amadores (O que é Comunicação Empresarial, página 24).

Uma boa Comunicação Empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da empresa (O que é Comunicação Empresarial, página 24).

Se o trabalhador não conhece a empresa na qual trabalha e não sabe qual é a filosofia que a anima, torna-se difícil estabelecer metas e passar para os consumidores e a sociedade a imagem que se deseja (O que é Comunicação Empresarial, página 42).

As empresas estão aprendendo que, tão importante quanto aparecer bem, é saber escutar e interpretar o que os consumidores estão tentando lhes falar. Ainda que eles estejam à beira de um ataque de nervos (O que é Comunicação Empresarial, página 49).

No mundo moderno, quem descuida da imagem é um grande candidato a colher fracassos, ao invés de lucros (O que é Comunicação Empresarial, página 77).

A imagem de uma empresa é formulada a partir das informações que a comunidade recebe a esse respeito. Sem uma comunicação eficiente, a imagem será difusa ou ruim, pois será formada com base em informações incompletas ou incorretas, em presunções e boatos (Portas Abertas, página 65).

A comunicação deve ser permanente, independentemente do comportamento do mercado ou do fato de a empresa ter ou não ações negociadas em bolsa (Portas Abertas, página 66).

A comunicação requer agilidade e rapidez para se evitar, na imprensa, a tão prejudicial expressão: "A empresa se recusou a falar sobre o assunto" (Portas Abertas, página 76).

Comunicação não se limita ao release, peça jornalística que ganhou força com o autoritarismo e começou a morrer com ele. O release está cada vez mais desacreditado e deve, sempre que possível, ser substituído por entrevistas (Portas Abertas, página 78).

O primeiro e principal público de uma empresa é o seu efetivo, sem o qual todo esforço de comunicação redundará nulo (Portas Abertas, página 86).

A comunicação não é útil, é indispensável; não é despesa, é investimento; é um processo permanente (Edson Vaz Musa em Portas Abertas, página 161).

Uma questão de formação, segundo Décio Miranda.
Essas observações me foram enviadas no dia 8 de fevereiro 1999, pelo jornalista e RP Decio Miranda, paulista do interior, como eu, radicado em Brasília...

A comunicação empresarial, tanto interna como externamente, mesmo onde existe assessoria específica, só não é melhor, na quase totalidade dos casos, por culpa da direção das empresas. Quase sempre, do presidente. Diante da necessidade de construir um simples galpão, por exemplo, o presidente da empresa pede ao engenheiro que prepare um projeto. Ele não determina que esse profissional use o material tal, ferro de tantas polegadas, tipo de argamassa, ou que a edificação tenha tal medida de pé direito. E não faz essa besteira porque quem entende do negócio, do material a ser utilizado e em que volume, é o engenheiro, um especialista.

Mutatis mutandis, o empresário não chama sua assessoria jurídica e diz: prepare uma ação contra a Receita Federal, por exemplo, e siga a seguinte linha, com os seguintes enfoques...

Nenhum empresário se mete a dizer ao médico da organização como conduzir seu comportamento clínico. Todos eles, no entanto – empresários, líderes setoriais, diretores de entidades representativas e vai por aí afora – se acham no direito de orientar, conduzir, quando não de ditar desde um release à elaboração de projetos de comunicação. Não pedem sugestão, não têm a humildade de dialogar, de trocar idéias, de pedir um projeto, como fazem com o engenheiro, com o advogado etc.

Com tal comportamento, desrespeitam o profissional de comunicação – tão profissional como o médico, o advogado, o engenheiro –, quando não o humilham perante a comunidade interna, em prejuízo da própria organização. Por que acontece assim? Por que o empresário não trata o profissional de Imprensa como trata os das demais áreas? Por que, não raro, as organizações empresariais põem na chefia de Comunicação pessoas de confiança, mas que nada têm a ver com o ramo? (advogados, economistas...)

Nunca me dediquei a buscar essas respostas. Penso, no entanto, que elas deverão ser procuradas em duas vertentes: primeira, o despreparo de alguns "profissionais", aliado à arrogância, à falta de disciplina organizacional. A cultura empresarial tem diferenças fundamentais com a atuação nos limites de uma redação. Quando esses fatos ocorrem, os titulares de comunicação empresarial, ou simples assessores de Imprensa, transmitem sinais que dificultam a aceitação deles no meio.

A hipótese da segunda vertente é a seguinte: como todo empresário, em princípio, sabe ler e escrever – mas não conhece princípios jurídicos ou de engenharia – acha-se no direito de ditar regras no campo da comunicação. A par disso, tem os que assim agem por prepotência, pelo desejo de mostrar amplo domínio intelectual de tudo e por aí afora. Em resumo: as organizações empresariais, representativas de classe, instituições públicas, não estão preparadas, ainda, para conviver de forma profissional com a área de comunicação. O problema é que só muito tarde – e só alguns – percebem quanto perdem com tal comportamento.


ASSESSORIA DE IMPRENSA

Desenvolvimento de produtos e serviços de assessoria de imprensa para agentes políticos, instituições, entidades, associativas e sindicais e órgãos públicos.

Desenvolvimento e divulgação de ações pelos meios de comunicação; assessoria de imprensa junto às diversas editorias dos jornais; monitoramento em tempo integral das informações publicadas pela imprensa; análise de retorno de mídia; produção de reportagens, entrevistas e notas exclusivas para programas radiofônicos. Oferece essas e outras soluções em Assessoria de Imprensa, respeitando sempre as características de linguagem de cada veículo de comunicação.

Atendimento à Imprensa
Contamos com profissionais específicos para lidar com a mídia, garantindo atendimento rápido, personalizado e acesso a informações qualificadas.

Levantamento de Pautas
Nossos colaboradores priorizam o contato permanente com os assessorados a fim de identificar assuntos de interesse público a serem veiculados pela imprensa.

Boletim de Sugestões de Pauta
Trabalhamos conjuntos de sugestões de pautas para matérias jornalísticas, reportagens e entrevistas nas diversas mídias junto aos veículos de comunicação.

Releases
Acompanhamos as atividades desenvolvidas pelos assessorados e disponibilizamos textos em formato jornalístico para os veículos de comunicação impressos. A produção de notícias tem como ênfase matérias jornalísticas e notas para colunas de diversas editorias e portais de notícias na internet.

Matérias Exclusivas
Produzimos matérias especiais e exclusivas para as diversas editorias, considerando as características textuais do veículo em que o produto jornalístico será divulgado.

Clipping Impresso e Eletrônico
Identificamos diariamente as citações e assuntos de interesse dos nossos clientes, produzidos pela mídia impressa ou pelas emissoras de rádio. A etapa seguinte consiste na organização e encaminhamento desse material para o conhecimento dos assessorados, nas formas digital e impressa.


A função da Assessoria de Imprensa
A Assessoria de Imprensa tem como principal função defender o interesse das instituições dentro da Sociedade usando como ferramenta principal o poder de Difusão da Mídia pelos Meios de Comunicação em Massa e Imprensa.
O CONRERP 3ª Região entende que a ação de atuar na Atividade de Assessoria de Imprensa não poderia ser exercida por profissional que tem em seu Juramento a defesa da Imparcialidade como é o caso do Jornalista que é um dos posicionamentos mais nobres na cobertura dos Fatos de interesse Público.
Essa ação profissional é e sempre foi do Profissional de Relações Públicas que além de ser garantido que tem na sua formação curricular a construção da competência nos Cursos de Relações Públicas de todo o Brasil e por meio dos livros dos autores mais respeitados de Comunicação Social e da área Administrativa.
O CONRERP 3ª Região entende que a Lei 9.825/10 promove impedimento a ação fiscalizatória que é função de Autarquias Federais Profissionais criando um arcabouço jurídico e ético nas relações entre instituições e sociedade.
Assim o CONRERP 3ª Região pretende contestar a Lei 9.825/10 junto aos órgãos de Justiça competentes.
como um comunicador social (habilitado em jornalismo) fico muito triste com as desavenças internas da comunicação, principalmente entre relações públicas e jornalistas e defendo uma união entre as diversas áreas, tal como acontece com a medicina, a engenharia e o direito - alguém já viu um cardiologista e um pediatra discutindo quem é mais médico?
Entretanto, o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal. O pior é que, além dos legisladores gastarem seu valioso tempo nessas leis absurdas, nós ficamos perdidos nessa selva de leis, não sabemos ao certo nossos direitos e deveres e não podemos exercer plenamente nossa cidadania.
O meu alívio é que o mercado é quem dita as principais normas, aquelas que realmente valem.
Grandioso Bruno.
Note bem, não temos a prentensão de criar ou promover conflitos com os demais profissionais da comunicação social. Pelo contrário, temos sim que nos unir para fortalecer uma área em constante desenvolvimento e com notáveis avanços.
A questão que você levantou: "o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal", complementou dizendo que a criação desta Lei Municipal (667/09) vai contra a Lei Federal (que regulamenta a profissão de RP no Brasil), que em tese, julga-se soberana perante as demais.
Permalink Responder até Guilherme Barbosa em 22 março 2010 at 17:09
Informe Sobre Reunião com Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte e Autora da Lei 9.825/10 Vereadora Luzia Ferreira

O Conselho Regional de Relações Públicas – Conrerp 3ª Região (representado pelo Presidente, Secretário-Geral e Assessor Jurídico), reuniu-se no dia 05/03 com a Presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Sra. Luzia Ferreira, para discutir sobre a Lei Municipal 9.825/10 que atesta, entre outros, que a função de assessoria de imprensa deve ser exercida exclusivamente por um bacharel em jornalismo.

Amparados pela Lei Federal 5.377/67 e pela Resolução Normativa 43/02, discutiu-se sobre a inconstitucionalidade desta lei uma vez que a função de Assessoria de Imprensa tem como principal atividade defender o interesse das instituições dentro da Sociedade usando como ferramenta principal o poder de Difusão da Mídia pelos Meios de Comunicação em Massa e Imprensa.

Sendo assim o Conrerp 3ª Região apresentou a proposta de revisão desta lei, ao passo a V. Exa. Sra. Luzia Ferreira reconheceu os pontos destacados por este Conselho sobre os desacertos desta lei municipal.

Aguardamos confiante que a Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte responderá atentamente aos fatos apresentados e discutidos. Caso não haja uma consciência mais decisiva sobre este fato, o Conrerp 3ª Região, no uso de suas atribuições, deverá, portanto, acionar instâncias superiores.

Muito se ouve dizer sobre fatos como este, que na verdade quem dita as “regras do jogo” é o próprio mercado. Mas é fato que quando se sanciona uma lei, devemos entender que a partir deste momento as regras são balizadas pela lei, afinal, dura lex, sed lex.
► Responder esta
Permalink Responder até Caroline Alcântara em 23 março 2010 at 14:25
Acredito e apoio a união dos profissionais de comunicação social,mas não vejo isto como uma desavença e sim,uma luta por um direito que é garantido por uma lei.Além disso,como já foi dito acima,o jornalista deve ser imparcial e,como assessor de imprensa,isso é impossível,correto?
Concordo plenamente com o que foi dito em relação aos nossos legisladores,sinceramente,parece que não há um estudo prévio para a criação destas leis.
O mercado dita as normas,felizmente,mas e se houver um concurso em BH para assessor de imprensa?Como fica?
Estamos aguardando um posicionamento da sra. Luzia Ferreira.
Já que você fez uma comparação com os médicos, gostaria de evidenciar minha adimiração com estes que tanto respeitam um colega, bem como suas especialidades. Quando pensamos em um profissional especialista, talvez o médico é o que melhor ilustra essa figura. Ou o médico é pediatra ou geriatra. Ele não pensa: é tudo paciente. Se ele consegue fazer um diagnóstico que não lhe é de sua competência, ele encaminha seu paciente à outro especialista.
Talvez por isso que a medicina tem o prestígio que a comunicação talvez nunca terá. Profissional de comunicação não respeita a área do outro. Isto é certo. E não estou me referindo ao caso da assessoria de imprensa não. Quem de nós já não produziu um site ou elaborou uma peça gráfica, apenas por que conseguimos desvendar sem dificuldade alguns softwares? Existem os profissionais de tecnologias e os de design e a gente se quer lembra deles. O que fazemos é que ao fim de trabalhos como esse ficamos com ego ainda mais inflamado. Que coisa, né?
Pois é.... estes somos nós. Se um médico não dá um diagnóstico se não tiver acesso à um determinado exame. Nós sim realizamos campanhas sem briefing, elaboramos planos sem pesquisas, etc. Acho que está na hora de olharmos para essas coisas: vamos começar a reparar se estamos entrando na área do outro e deixando a nossa descoberta. Vamos assumir nossa incompetência para o que não for de nossa alçada e nos reafirmarmos no que nos diz respeito.
Vejo no mercado muita gente competente sem diploma algum na área da comunicação fazendo todos os nossos outros papéis que não o de assessoria de imprensa. E nós estamos brigando entre a gente (RP's e Jornalistas).
Se formos levarmos para outro lado, a coisa fica ainda pior. Por favor, me digam como ficam as redes sociais da web e os blogs sob a ótica do "quem faz oque". Os analistas de social media que fazem a gestão do relacionamento institucional no meio digital devem ser, por direito, Relações Públicas? E aqueles que fazem um trabalho muito parecido com o de assessoria, mas não de imprensa, de blogs. Já é comum os releases que são enviados aos blogueiros, assim como existem os posts pagos, similares às matérias pagas. Para este último caso, que profissional, garantido por lei, deve atuar como assessor?


Bruno Blankenburg disse:
Guilherme e colegas do Horizonte RP,

como um comunicador social (habilitado em jornalismo) fico muito triste com as desavenças internas da comunicação, principalmente entre relações públicas e jornalistas e defendo uma união entre as diversas áreas, tal como acontece com a medicina, a engenharia e o direito - alguém já viu um cardiologista e um pediatra discutindo quem é mais médico?

Entretanto, o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal. O pior é que, além dos legisladores gastarem seu valioso tempo nessas leis absurdas, nós ficamos perdidos nessa selva de leis, não sabemos ao certo nossos direitos e deveres e não podemos exercer plenamente nossa cidadania.
Antes de mais nada, não sou jornalista, não tenho uma empresa de assessoria de imprensa e nem quero aparentar o “gostosão” que sabe-tudo-de-web, mas não podia deixar de publicar este texto sobre pequenas ações que uma empresa de assessoria de imprensa poderia adotar para ter mais resultados para seus clientes.
E mais, não vai aqui uma crítica à empresa responsável pela comunicação citada abaixo, mas pelo contrário, gostaria muito de ajudar não somente ela, como todas as empresas ligadas a este segmento de comunicação corporativa, com o simples raciocício de que quanto mais empresas bem posicionadas na web, mais qualificado fica o mercado.

Primeiro, a experiência que resultou neste texto.

Tenho o costume de navegar em sites de releases, para ler sobre algumas novidades. E em um deles, achei uma nota com o título inusitado: “Peso para papel da Pinkish – Opção cheia de charme e elegância”.

Pensei: “porque uma empresa soltaria um release sobre um peso de papel? Deve ser efetivamente uma peça de grande beleza…”. O texto nem era muito convidativo – pelo menos para mim – e para ilustrar, faço um copy/paste abaixo:

“A Pinkish é uma empresa vanguardista que surpreende pela beleza de suas peças, confeccionadas artesanalmente com contas de vidro em estilo Murano.

Pensando em tornar o ambiente do escritório mais charmoso e elegante, com um toque especial, a Pinkish desenvolveu o Peso para Papel “WAVE”. Esta linda peça é uma verdadeira expressão de estilo e criatividade. Ao mesmo tempo útil e decorativa, é uma idéia que vai agradar em cheio na hora de presentear. Simplesmente fofo, vai fazer o maior sucesso!
Tudo bem que o tal site de releases não permite publicar um hiperlink para a página e o endereço não estava clicável. Mas tudo bem, curioso para ver o tal peso de papel “fofo”, copiei a url e colei no browser. Cheguei até a home da Pinkish…clica para lá, clica para cá, vai, volta….cadê o peso de papel????

Copiei o título do release, busquei exatamente ele no Google com o objetivo de encontrar alguns sites que publicaram o texto, para ver se achava uma imagem do tal produto. Fui até no link “imagens” do próprio Google, na esperança de achar…Bem, encontrei um site sobre imóveis que publicou a imagem em baixíssima qualidade. De posse da imagem em minha memória física, fui atrás da mesma no site da Pinkish e publico logo abaixo:

1.Crie um blog da sua empresa de assessoria de imprensa, mesmo usando uma conta gratuita do Wordpress ou Blogger, isso vai facilitar a publicação de imagens e textos com links.
2.Combine com seu cliente de atualizar a home do site, colocando em destaque o produto ou serviço que está sendo divulgado.
3.Ou melhor, se houver possibilidade, publique o link direto para o produto ou serviço divulgado.
4.Melhor ainda, a plataforma Wordpress tem múltiplas aplicações e com um investimento relativamente baixo – comparado com os resultados – seu cliente pode contratar uma dupla de designer e programador para construir um site adequado ao novo mundo da web.
5.E por fim, MÉTRICAS. Nunca faça nada na web sem a mínima possibilidade de medir algum resultado.
Bem, como disse no início, a real intenção é mostrar ao mercado – principalmente de assessoria de imprensa e/ou comunicação corporativa, que pequenas ações podem (e vão) promover um ganho de resultado enorme, tanto para a empresa quanto para seus clientes. Pode acreditar!
2 Comentários para “Pequeno manual de uso da internet para assessoria de imprensa”Andresinkos - 22 de abril de 2009 às 00:55 Sempre que preciso usar minha experiência e apelar para o sobrenatural para encontrar imagens ou determinados termos no google entendo o porque da dificuldade das pessoas em utilizar certas tecnologia. As vezes tenho a impressão de que as empresas tentam ao máximo dificultar a experiência do usuário no sites, como no exemplo que você citou. Em relação ao wordpress, existem tantos benefícios que é complicado imaginar como alguns segmentos ainda não estão utilizando esta ferramenta.
Responder Gabriel Galvão - 24 de setembro de 2009 às 13:58 Acredito que a dificuldade em mostrar a foto visava poupar nosso olhos desse produto horrível. Parece aquelas anemonas das profundezas do mar…
Em todo caso, seu alerta serve muito. Mostra que não basta apenas a empresa entrar na web, ela precisa saber como usá-la. Talvez depois desse seu artigo as empresas se animem para contratar profissionais que realmente consigam tirar da internet o que há de melhor para a organização.


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ENTREVISTAS
CARLINHOS SANTIAGO E AIRTON ROCHA
PRESIDENTES DURANTE A ELABORACAO DA LEI ORGANICA MUNICIPAL

RUBENICIO LEITAO
O CRIADOR DA ASSESSORIA DE IMRPENSA DA CAMARA
ISELIA NASCIMENTO
MANTEVE A ASSESSORIA DE IMROPENSA
JESSÉ SANTIAGO
REINSTITUIU A ASSESSORIA DE IMPRENSA
Ffontes pautam
A profissionalização e as estratégias das fontes jornalísticas de economia e negócios para divulgar as suas notícias na mídia.
Aldo Antonio Schmitz
Uma pendenga no mercado de comunicação é definir se o profissional formado em jornalismo e que atua na assessoria de imprensa é ou não jornalista.
Freqüentemente esse tema polêmico suscita discussões. Uma corrente entende que jornalista é quem trabalha nas redações.

Ricardo Noblat escreveu um artigo publicado no Comunique-se (2003) em que provoca:

O que é, o que é? Formado em jornalismo, vive entre jornalistas, entrevista pessoas, apura, escreve e publica notícias, mas não é jornalista? É assessor de imprensa… e não tem autonomia para exercer um jornalismo… livre, crítico e, se necessário, impiedoso.

Além de polêmicas, essas questões geram contestações.

No arvoroço das respostas, Boanerges Lopes Filho fez um questionamento: Será que existe autonomia necessária para se praticar jornalismo em algum canto do mundo?

Livre? O dia a dia de quem atua no jornalismo é cercado de ambiguidades e ideologias, o jornalista age conforme as determinações da organização (política editorial, manuais de redação, normas deontológicas etc.).

Será que todo jornalista é ou precisa ser crítico e impiedoso? Em não sendo, deixa de ser jornalista, mesmo atuando em redações?

Quem acompanha Noblat argumenta que é da natureza do jornalismo ser investigativo e produzir notícias, geralmente, para o público consumidor de veículos comerciais.

A Justiça Federal também foi envolvida nesse impasse, dizendo, em um momento, que assessor de imprensa não exerce atividades típicas de jornalismo.

Em outras decisões, com base na lei de regulamentação da profissão de jornalista, reconhece como atividades privativas dos jornalistas a “coleta de notícias ou informações e seu preparo para a divulgação”, o que é basicamente a atividade do assessor.

Os defensores do assessor de imprensa jornalista, apegam-se ao argumento de que os processos e procedimentos são praticamente os mesmos, embora atue como um articulador, em vez de mediador.

Os campos da comunicação e do jornalismo se confundem, uma vez que o diploma obtido nas faculdades de comunicação, habilitação em jornalismo, é registrado no Ministério do Trabalho, levando os diplomados a se autodefinirem “jornalistas”, independentemente da função que exerçam.

Trata-se de uma discussão pobre quando se despreza a contemporaneidade complexa do jornalismo, estabelecendo limites corporativistas.

Enfim, para o mercado e com o fim da exigência do diploma para o exercício da profissão, essa discussão faz pouco sentido.

Aliás, esse é um fenômeno brasileiro, onde a maioria dos jornalistas formados atua de um lado e de outro do balcão.

Ao contrário dos Estados Unidos e Europa, onde a assessoria de imprensa é entendida como uma atividade essencialmente de relações públicas e incompatíveis com o jornalismo.
Em Portugal, por exemplo, o jornalista enquanto atua em assessoria de imprensa, suspende o seu registro, associando-se a outro sindicato, o de relações públicas, podendo, a qualquer momento, recuperar a credencial se retornar às redações.
A opinião é comparativa com outras profissões: cardiologista não é endocrinologista nem psiquiatra, embora sejam formados em medicina; advogado de defesa não é promotor nem juiz, embora sejam formados em direito. Embora a formação básica seja a mesma, as funções exigem habilidades diferentes. Isso não é demérito para ninguém; pelo contrário, acho que definir melhor ajuda a aperfeiçoar o exercício das diferentes funções. Considerar que tudo é a mesma coisa não contribui em nada.
Recentemente, o portal Comunique-se, em uma de suas matérias, abordou a possibilidade de que um texto, enviado aos veículos de comunicação como release, poderia ter a proteção de direitos autoriais. [Release, pronuncia-se "relíze", é um informe ou texto de qualquer espécie enviado por assessorias de imprensa aos veículos de comunicação, esperando que seja publicado ou sirva como pauta.]
Ou seja, outro jornalista não poderia assiná-lo, tendo-se de publicá-lo com a autoria original. O descumprimento desse regra deixaria o infrator sujeito a processo por danos morais. Ressalve-se que nem todo release chega assinado às redações.
A matéria do Comunique-se cita o caso da assessora Claudia Yoscimoto que trabalhava para a Prefeitura de de Mogi das Cruzes (SP) – e acompanhou o prefeito a uma viagem ao Japão. Como parte de seu trabalho de assessoria ela produziu um texto sobre o assunto e enviou-o aos veículos de comunicação.
Um site reproduziu o texto na íntegra, retirando a assinatura dela e apondo de outro jornalista. O caso aconteceu em 2007, mas ela somente percebeu este ano, quando organizava um portfólio de suas atividades.
Nas redações
Todo mundo que já trabalhou em uma redação de jornal, rádio ou TV sabe que se dá os mais diferentes destinos para os releases. Alguns são usados como sugestão de pauta [o jornalista se interessa pelo assunto e vai, ele mesmo, levantar as informações]; outros são “refundidos” [reescritos para aparar-se os exageros, acrescentar alguma informação, ouvir o "outro lado", etc.]; há os usados para pequenas notas e, também, o que são reproduzidos na íntegra. Sem falar nos que são – a maioria – simplesmente jogados na lata de lixo ou na lixeira virtual.
A mais, eu desconheço caso – pelo menos nos jornais que leio – em que um release tenha sido publicado com a assinatura do assessor de imprensa que o produziu.

Gost writer (escritor fantasma)
A meu ver o trabalho de assessor de imprensa assemelha-se a de um “ghost writer” [escritor fantasma, em português], um sujeito que é pago para escrever algo que ele sabe que outro vai se apropriar. É o caso, por exemplo, daqueles que escrevem discursos [para políticos, empresários, etc.] ou de alguém que ouve o depoimento de uma pessoa, escreve-lhe uma biografia, que o dono [da vida] assina como se fosse uma autobiografia. [Se alguém quiser ler algo muito interessante sobre os "ghost writer" indico "Budapeste", de Chico Buarque.]
O que eu quero dizer é o seguinte: o assessor de imprensa não pode se queixar quando seu texto é assinado por outras pessoas. Mas, ressalve-se: o jornalista sério, a não ser que façam um trabalho de apuração – usando do release apenas as informações para complementar seu texto -, recusa-se a assinar releases reproduzidos como matéria. [Ainda mais um trabalho bem particular, como parece ser aquele que a assessora Claudia Yoscimoto produziu.]
Mas, os que assinam um texto de assessoria, depõem contra a sua própria credibilidade e cometem infração ética, mas não um crime.

Assessorias
Está na essência das assessorias de imprensa produzir para que outros [os meios de comunicação] utilizem o seu trabalho. Romper com essa lógica significa questionar o próprio papel das assessorias.
A recompensa do assessor de imprensa é ver sua sugestão de pauta aceita ou seu texto publicado. Pois esse é um dos objetivos da sua profissão e o interesse de quem paga o salário do assessor ou contrata uma empresa de assessoria.
Eu imagino que, caso venha a se difundir essa idéia de que um texto de assessoria esteja protegido por direito autoral, as empresas que prestam esse tipo de trabalho terão dificuldade cada vez maiores em ver seu material aproveitado nas redações.
Mesmo os release não-assinados, alguém o escreveu. E, em última análise, seria “propriedade intelectual” da empresa que o produziu.
Exceção
A exceção ao que disse acima são artigos assinados por “mestres”, “doutores”, “economistas”, “especialistas” em qualquer coisa, cujos artigos são enviados pelas assessorias à mancheias. Hoje, o mais modesto professor ou “ista” em alguma coisa tem uma “assessoria” que entope a caixa-postal de qualquer jornalista com artigos “brilhantes” de seus assessorados, que entendem de penico a bomba atômica. Esses, obviamente, não se vai tirar-lhes a assinatura e apor-se outra, pois não é a assessoria que assina o texto.
O PAPEL DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Assessor de imprensa é um profissional que trabalha nos bastidores, é fonte de notícias para outros jornalistas (meios de comunicação) e é contratado pelo seu cliente para veicular determinadas notícias. O assessor de imprensa busca no cliente um potencial de notícias para a imprensa (matérias e colunas).
O que difere o assessor de imprensa do publicitário é o fato do publicitário receber uma verba de uma empresa (conta publicitária) para desenvolver e anunciar em veículos a campanha de uma marca. A assessoria de imprensa trabalha com várias ferramentas, uma delas é o “Press Release”, um texto formal, descritivo, elegante e não-prolixo, sem panfletagem que busca passar informações de um ser ou instituição específica.
Toda empresa busca ser notícia e construir um vínculo de aproximação com a mídia e o público-alvo. Dentro desta perspectiva, o assessor de imprensa enfatiza o que há de mais tradicional e inovador nos produtos e na produção da empresa.
Os objetivos do assessor de imprensa são:

* Encontrar potencial noticioso que seja de interesse da mídia;
* Construir imagem positiva da marca ou celebridade;
* Divulgar linha de produção que seja de interesse do público de determinado veículo;
* Criar rede de divulgação em vários órgãos de imprensa;
* Orientar o seu cliente sobre posturas, aparições e o que dizer em todas as circunstâncias positivas ou adversas;
* Ter aproximação com os veículos de imprensa, bem como seus respectivos editores e colunistas;
* Alcançar credibilidade e confiança do público.
O “Press Release” apresenta em linhas gerais o conceito, ramo de atuação, missão e valores de uma empresa/pessoa, objetivos, planos, eventos e a situação a ser divulgada. O “Press Release” também especifica sugestões de editorias de um veículo a publicar o conteúdo proposto
Cada vez mais fica evidente que a profissionalização, em qualquer área de atuação, é necessária para garantir o sucesso de uma carreira. Atualmente, artistas, bandas, políticos, atletas e entidades contratam empresas de Assessoria de Imprensa para intermediar sua relação com a mídia de forma eficaz, evitando maior envolvimento pessoal enquanto ganham maior tempo para se dedicar às suas atividades profissionais e lazer pessoal.
Estar presente na mídia, de forma positiva, valorizando e popularizando o nome, a imagem, o serviço ou o produto de um artista, profissional ou de uma empresa, há muito tempo, deixou de ser questão de luxo e passou a fazer parte da relação de itens indispensáveis para que o sucesso seja alcançado e mantido.
Uma Assessoria de Imprensa vai administrar os contatos e as informações relevantes que devem ser passadas aos jornalistas, nas redações. Além de saber como redigir de forma mais adequada uma notícia para a imprensa, o assessor tem a capacidade de analisar o potencial que cada assunto tem para virar notícia, isso sem falar da experiência, que faz com que ele saiba como, quando e com quais profissionais deve manter contato em cada veículo de comunicação.
A assessoria de imprensa é um instrumento dentro do composto de Comunicação desenvolvida para as organizações, fazendo parte das atividades da área de comunicação. Ao contrário do que alguns equivocadamente pensam, a tradução do inglês Publicity não tem a ver com Publicidade, mas com assessoria de imprensa. Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa.
No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas ou em Jornalismo. Em outros países, a função não é reconhecida como jornalística, e sim como de relações-públicas.
Segundo a explicação contida no website de uma empresa de assessoria de imprensa brasileira e que ressalta bem as peculiaridades dessa atividade, "Ainda há muita confusão entre assessoria de imprensa e publicidade. Entretanto, são formas de comunicação distintas. A publicidade utiliza-se de espaços pagos (anúncios) em mídia eletrônica ou impressa, de um produto, serviço ou empresa. Assessoria de imprensa é uma forma de se conquistar cobertura editorial (reportagens, notas em colunas etc.) nestas mesmas mídias, com apelo noticioso e não comercial."

Uma Assessoria de Imprensa trabalha para um assessorado, que pode ser um cliente particular ou uma instituição. Empresas, pessoas físicas como "personalidades públicas", médicos, advogados, músicos e instituições e organizações como empresas estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre outros costumam utilizar serviços de assessoria de imprensa. O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.

Objetivos gerais:
Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.
Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.
Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional.
Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.
Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.
Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa.

Press release
Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.
Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.
O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de pauta, mas do ângulo de quem o emite.
Os Press releases sobre eventos devem antecipar todos os dados relativos, além de facilitar o acesso dos profissionais de imprensa (caso exija credenciamento prévio, por exemplo). Sobre produtos, devem conter informações específicas, factuais e objetivas. Em todos os casos, uma boa contextualização do fato anunciado ajuda a inserir melhor o conteúdo do comunicado na pauta do veículo (em jargão jornalístico, dar "gancho" a uma matéria).
O termo "press release" em inglês significa, literalmente, "soltura à imprensa", e deriva do título comum que abria os comunicados nos Estados Unidos: "for immediate release", ou "para divulgação imediata".
Existe ainda o Press release direcionado, que é enviado com exclusividade para um único veículo quando se pretende negociar uma relação mais próxima entre a Assessoria e um órgão específico de imprensa.
A popularização da internet facilitou o envio de comunicados por correio eletrônico (e-mail), fazendo aumentar o uso deste recurso. Um aspecto disto é que, como conseqüência, houve também um aumento da prática por jornalistas de publicar releases integralmente ou quase inalterado. Para críticos, isto tem gerado um esvaziamento da apuração no Jornalismo e um crescimento indevido do poder das assessorias.
Outro motivo que dá a diminuição da pesquisa de campo do jornalista de redação é o enxugamento excessivo de jornalistas dos veículos de comunicação que sobrecarregados utilizam melhor o trabalho das assessorias e as solicitam mais.
Também o excesso de jornalistas formados e o pouco trabalho em redações leva-os as assessorias.

Press-kit
Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros ítens que facilitem a cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.

No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões ou cidades em que será distribuido o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais, informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores locais e outras formas de interatividade.
Mailing list
A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a publicação de determinada informação.

[editar] Entrevistas coletivas
Ver artigo principal: Entrevista coletiva
Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários órgãos de imprensa e veículos de mídia.

Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez.

Entrevistas coletivas também são momentos propícios para registro fotográfico.

[editar] Eventos e sociabilidade
Em certas ocasiões, uma Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de origem.

Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos, publicistas) para que sejam bem-sucedidos.

Por que contratar uma Assessoria de Imprensa especializada?


Acreditamos que o principal responsável pelo sucesso de bandas brasileiras em nosso próprio país e no exterior, além do talento e competência indiscutível de seus músicos, está na forma com que eles são ou foram trabalhadas na mídia e a estrutura empresarial.

Pioneiro
Samuel Adams, foi o pioneiro na assessoria de imprensa – Crédito: ReproduçãoYve Lee: Pioneiro na Criação da Assessoria de Imprensa e Comunicação
Em 1906, o jornalista norte-americano Yve Lee fundou em Nova York o primeiro escritório de assessoria de imprensa ou relações públicas do mundo. Com um bem-sucedido projeto profissional e a serviço de um cliente poderoso, Lee conseguiu recuperar a imagem do odiado empresário americano John Rockfeller e conquistou, por direito e mérito na História moderna da Comunicação Social, o título de fundador da Relações Públicas, berço da assessoria de imprensa.
Foi a partir desse momento que diversas empresas, e também órgãos públicos, começaram a adotar serviços de assessoria de imprensa no mundo todo. Nas décadas de 1940/1950, já existiam registros dessa atividade em vários países, entre eles França, Canadá, Itália, Holanda, Bélgica, Alemanha, Suécia, Noruega.
Assessoria de Imprensa no Brasil
Em artigo publicado no site Observatório da Imprensa em 28 de maio de 2008, Osmar Monteiro Mendes afirma que a Assessoria de Imprensa no Brasil surgiu em 1909, quando o presidente Nilo Peçanha criou a Secção de Publicações e Biblioteca do Ministério da Agricultura, tendo como uma das principais finalidades distribuir informações à imprensa sobre o setor, a partir de notícias e notas. Essa foi a primeira iniciativa com características assemelhadas à “assessoria de imprensa” no Brasil.
Durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado em 1937 o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) por meio do decreto n° 3.371, em pleno estado novo, com finalidade de estabelecer serviço de atendimento à imprensa ligado ao Gabinete Civil. A ideia principal era divulgar os atos do Presidente e obras realizadas naquele período. O governo Vargas foi também o responsável pela criação do curso superior de Jornalismo, em plena ditadura.
Após a II Guerra Mundial e a eleição de Juscelino Kubitschek, com investimento das grandes multinacionais, surgiram as práticas de assessoria de imprensa, que foram sendo adotadas aos poucos por empresas nacionais e pela administração pública. A partir de 1970, entidades, empresas e empresários descobriram que o assessor de imprensa era figura importante e necessária. Desde então, a atividade vem se profissionalizando e ganhando outra dimensão de trabalho.
O ex-presidente do Brasil Nilo Peçanha, o primeiro a utilizar assessores em seu governo – Crédito: Reprodução. Na década de 70, de acordo com o professor Manoel Carlos Chaparro, dá-se rápida expansão das assessorias de imprensa como mercado de trabalho jornalístico, mas infelizmente ainda sobre o impacto do controle da informação para a opinião pública, num sistema implantado pelo governo.
Em 1971, os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes fundaram a agência Unipress, buscando nova proposta de assessoria de imprensa. Queriam expandir seu trabalho, fazendo com que as informações chegassem de maneira mais rápida e fácil às redações. A Unipress se tornou modelo jornalístico de assessoria de imprensa.
Segundo Jorge Duarte, em 1975 a Unipress chegou a ter cerca de 10 clientes e 45 jornalistas, cujo objetivo principal era a produção de publicações institucionais. Mesmo nessa época, os jornalistas que prestavam esse tipo de serviço não eram bem vistos, porém, mostravam um trabalho útil, conquistando espaço.
O ano de 1979 significou um momento de mudança para o segmento, é o que afirma o jornalista Kardec Pinto Vallada: “Nessa época, houve grande número de demissões nos principais meios de comunicação devido a greves dos jornalistas; redações foram obrigadas a dispor de profissionais incapacitados para desenvolver um bom trabalho. Foi nessa época que surgiram jornais, revistas e anúncios sobre as instituições e órgãos de forma mais profissional. Os jornalistas por sua vez ganharam benefícios, como horário fixo de trabalho, salário bem maior que os oferecidos pelas redações e inúmeras outras vantagens”.
Nos anos 80, as assessorias ganharam espaço maior nas empresas e, assim, passou a haver maior necessidade por esse tipo de trabalho. Os jornalistas começaram a se reunir para trocar experiências e opiniões, a legislação se estabeleceu e foi lançado o Manual de Assessoria de Imprensa, trabalho conjunto com comissões formadas por vários sindicatos do país.
Segundo Chaparro, nessa mesma época o Brasil começou a implantar a ruptura entre a assessoria de imprensa e a relações públicas, consolidando-se como experiência única de assessoria de imprensa jornalística no mundo, já que a maioria dos países não considerava a assessoria de imprensa como prática jornalística.
No livro Comunicação: discursos, práticas e tendências (2001), Duarte cita Portugal como exemplo decorrente desse fato: ”O jornalista que passa a trabalhar em uma organização não jornalística é obrigado a afastar-se do sindicato e, portanto, perde o direito a exercer a profissão”.
Amos Kendall: o pai do house-organ
Atualmente, 50% dos profissionais formados em Jornalismo atuam em algum tipo de assessoria de imprensa, seja organizacional, institucional ou empresarial, mas essa situação pode sofrer variações dependendo da região. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, estima-se que 60% dos jornalistas do estado do Ceará trabalhem em algum tipo de assessoria. Conforme levantamento feito em 2003 pelo Sindicato do Distrito Federal, metade dos 25 mil profissionais brasileiros formados em Jornalismo atua em assessorias.
O Blog da Comunicação conversou com duas jornalistas que exercem a função de assessoras de imprensa: a gaúcha Juliana Vieira, assessora de imprensa de um dos principais clubes sociais de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e Juliana Braga, fluminense de Niterói, assessora de imprensa da Organização Médicos Sem Fronteiras, com sede no Rio de Janeiro.
BGC: Juliana, fale um pouco de sua trajetória profissional.
Juliana Braga: Me formei na Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. Trabalhei nos jornais O Fluminense (Niterói), Agência Jornal do Brasil, Jornal O Dia, GloboNews.com, Globo Online e há dois anos e meio sou assessora de imprensa do Médicos Sem Fronteiras.

BGC: Quais as principais tarefas atribuídas a um assessor de imprensa?
JB: O assessor de imprensa é a ponte entre uma organização e/ou instituição e a mídia. No meu caso, além de atender demandas espontâneas da imprensa, também sugiro pautas sobre a organização e temas ligados a ela para a imprensa. Além disso, sou responsável pelas reportagens publicadas no site da organização.

BGC: Como é trabalhar com assessoria de imprensa dentro de uma organização como MSF?
JB: É bastante interessante e muito desafiador. Aprendo bastante sobre a história de vários países; tem ainda um pouco de ciência (que eu adoro, pois, por cinco anos, cobri editorias de ciência e internacional), troco muita informação com várias pessoas de países diferentes e, ao mesmo tempo, sei que estou divulgando um trabalho do bem. Mas, muitas vezes, é bem difícil porque muitos dos países que acompanhamos não são considerados “interessantes” ou não vendem jornal.

BGC: De que forma é trabalhada a assessoria de imprensa dentro de um clube social?
Juliana Vieira: A assessoria de imprensa, dentro do Clube Juvenil, é trabalhada de forma informativa e serve como suporte na divulgação. O clube possui um site onde postamos matérias atualizadas diariamente. É o principal vínculo de comunicação entre o clube e o associado. Diariamente são mandados releases para jornais, rádios e TVs com noticias de interesse do associado, de eventos ou atividades que o clube está desenvolvendo.

BCG: Dentre as principais tarefas desenvolvidas pela assessoria de imprensa doo clube, quais você destacaria?
JV: Com certeza, é o trabalho que realizo através do site.

Fontes Consultadas: Ferraneto e Kopplin (1996) Fenaje (1996) Garcia (2004) Boanerges Lopes (2003) Jorge Duarte (2003) Manoel Carlos Chaparro (2003).

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América LatinaKika Cirra
Elsa Maria Cirra ou "Kika" é jornalista fez editoria em saúde, assessoria de imprensa, rádio, jornal e revista. É apaixonada por felinos principalmente GATOS. Ama blues, jazz, rock, mpb (Caetano, Cazuza, Marisa Monte), cinema (Fellini, Almodóvar) e literatura (sempre e eternamente Clarice Lispector). Vícios?!? Chocolate e coca-cola, (principalmente de madrugada quando está escrevendo).
11 comentários
Serg disse:
04/06/2009 às 11:11 Interessante como as ideias vão evoluindo ao longo da história de um conceito. Nascem de detalhes e ganham evidência de insubstituibilidade.
A Assessoria de Imprensa é atividade de suma importância na construção da ideia que se faz das características de qualquer instituição, corporação ou personalidade de relevância. E sua origem foi factível a partir uma necessidade quase não percebida pela sociedade.
Interessante.
Meus mais sinceros parabéns à autora do texto.

Responder
Arthurius Maximus disse:
04/06/2009 às 14:51 Acho artigos como este muito interessantes. São uma forma de mostrar como coisas que temos hoje como rotinas foram pensadas, criadas e evoluídas passo a passo ao longo de toda uma série de fatos históricos.

Responder
Luiz Antonio Andre disse:
04/06/2009 às 22:19 Muito bom artigo. Interessante como nasceu e evolui esta idéia.

Abraços

Responder
Guilherme Freitas disse:
07/06/2009 às 17:04 Legal saber a origem de uma das áreas mais populares do jornalismo atual. Já trabalhei como assessor de imprensa, embora goste mesmo de ser repórter, mas não posso deixar de negar a importância que esta função exerce no jornalismo. Parabéns Kika.

Responder
Julie Graeff disse:
12/06/2009 às 12:42 Olá Kika, gostaria de saber qual foi a sua fonte de pesquisa no caso da história da assessoria de imprensa no Brasil. Preciso citar no meu projeto monográfico mas não encontro.
► Setembro (12)
Rádio São Domigos Realiza entrevista com O candida...Debate que virou entrevista Versão Brejo da Madre ...DEBATE PROMOVIDO PELA A CAPITAL NÃO SERÁ MAIS REAL...DISCURSOS DOS APOIOS QUE VIERAM AOS PALANQUESEleitos devem ser conhecidos até 0hCoordenação da A Capital se reunirá com ToinhoGRITO DE ALERTAVIDEO DO DEBATE DA FADIREFundarpe abre edital para a seleção de novos Patri...DEBATE DA FADIRE

Este livro reúne textos elaborados por pesquisadores e profissionais de várias áreas e de instituições do Brasil e do exterior, todos com experiência em assessoria de imprensa. É um grupo composto por profissionais, como Luiz Amaral, Carlos Chagas, Wilson Bueno, Manuel Chaparro, Jorge Duarte, Graça Caldas. Eles produziram textos especialmente para esta obra, organizada para ser consultada por capítulo de interesse ou para ser lida de um só fôlego. O prefácio é de Cristovam Buarque e a introdução, de Alberto Dines.

Entre os assuntos, o leitor encontrará a história das assessorias de imprensa no Brasil, Estados Unidos e Europa. Também terá textos específicos sobre imagem corporativa, notícia institucional, imprensa e organizações, ética, implantação de uma assessoria, produtos e serviços, release, Internet, publicações empresariais, o relacionamento que envolve fonte, jornalista e assessor de imprensa, avaliação do trabalho, gerenciamento de crises. Um capítulo especial mostra como funciona uma redação jornalística.

O resultado é um conjunto de textos estruturados em História e Caracterização, Fundamentos e Técnicas, que desvenda a riqueza de possibilidades de atuação de uma assessoria de imprensa, orientando o iniciante, subsidiando o profissional e ajudando as fontes no relacionamento com a imprensa e com a própria assessoria. Parte I - Caracterização

1 CEM ANOS DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Manuel Carlos Chaparro)


2 ASSESSORIA DE IMPRENSA NOS ESTADOS UNIDOS (Luiz Amaral)
Novidade boa, mas suspeita
Reação ao muckraking journalism
Um animal que lê jornal
Primeira Guerra Mundial: coletivas e releases
Surge nova era
Obsessão americana
Liberdade de imprensa e manipulação da notícia
Direito de mentir
Conluio entre imprensa, governo, corporações
Novo teste
Que é RP para o norte-americano
Relações públicas segundo a PRSA
Como as RP beneficiam a sociedade
Modernidade e progresso
Referências bibliográficas

3 ASSESSORIA DE IMPRENSA NA EUROPA (Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa)
Assessoria de imprensa na literatura
Ordenação legal e ética da assessoria de imprensa
Ensino da assessoria de imprensa na Europa
Publicações empresariais na Europa
Assessoria de imprensa na Universidade Fernando Pessoa
A fechar
Referências bibliográficas

4 ASSESSORIA DE IMPRENSA NO BRASIL (Jorge Duarte)
Qualificando fontes e informações
Jornalismo no nível de fonte
Comunicação estratégica
Referências bibliográficas

Parte II - Princípios

5 PRODUÇÃO DA NOTÍCIA: A REDAÇÃO E O JORNALISTA (Roberto Seabra)
O jornalista, o cozinheiro e o ladrão
No caminho da redação
O jornal impresso
A explosão da rotina
Pauta externa
Decidindo o que é notícia
O jornalismo no rádio
O jornal na TV
Considerações finais
Referências bibliográficas

6 LEGITIMAÇÃO DAS ASSESSORIAS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES (João José Azevedo Curvello)
Mudanças organizacionais
De onde vem a necessidade de avaliar e mensurar
Avaliação como processo permanente
Superando o operacional e preparando-se para a estratégia
Estratégias de legitimação
Referências bibliográficas

7 A NOTÍCIA INSTITUCIONAL (Graça França Monteiro)
Alguns conceitos de notícia
Sobre a notícia institucional
Por que estar na mídia?
Selecionando o que é notícia
Estratégias para aproveitamento da notícia
Referências bibliográficas

8 IMPRENSA E ORGANIZAÇÕES (Armando Medeiros de Faria)
Tentáculos da mídia
Notícia boa é a ruim
Em busca do público
Referências bibliográficas

9 UM MODELO DE DIÁLOGO COM A IMPRENSA (Juan Carlos Molleda)
Enquadramento
Subsídios informativos
Construção da agenda
Interconexão de conceitos
Implicações dos três paradigmas
Modelo de diálogo com a imprensa
Referências bibliográficas

10 IMAGEM CORPORATIVA: MARKETING DA ILUSÃO (Elizabeth Brandão e Bruno Carvalho)
Imagem das corporações
Discurso da comunicação empresarial
Estratégias da comunicação para a imagem corporativa
Comunicação interna: tiranias da intimidade
Atendimento: imagem da felicidade por um fio
Pesquisa: imagem monitorada
Assessoria de imprensa: arauto da imagem de felicidade
Internet: princípio da derrocada corporativa
Futuro da corporação
Referências bibliográficas

11 AGIR ÉTICO DENTRO E FORA DAS ASSESSORIAS DE IMPRENSA (Carlos Chagas)

Parte III - Técnicas

12 IMPLANTANDO E ADMINISTRANDO UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Maria Regina Estevez Martinez)
Todo jornalista não é necessariamente um assessor
Profissionalismo inovador versus amadorismo retrógrado
Por que investir em assessoria de imprensa, ou "o que é que eu ganho com isso"?
Antenados nas tendências: de olhos e ouvidos abertos para o mercado
Preciso de uma assessoria de imprensa: e agora?
Terceiro setor, associações e entidades sem fins lucrativos
Literatura recomendada

13 PRODUTOS E SERVIÇOS DE UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA (Jorge Duarte)
Referências bibliográficas

14 PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS EMPRESARIAIS (Cláudia Lemos e Rozalia Del Gaudio)
Quando começa a história
Jornalismo empresarial na prática - o que interessa aos empregados
Publicações empresariais na França
Tipos de veículos empresariais
Os 10 mandamentos do veículo jornalístico empresarial
Fluxo de produção de um jornal de empresa
Referências bibliográficas

15 RELEASE: HISTÓRIA, TÉCNICA, USOS E ABUSOS (Jorge Duarte)
Notícia prêt-à-porter
Veracidade como fundamento
Estrutura
Título
Lide
Texto
Envio
Tipologia
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

16 RELACIONAMENTO ASSESSOR DE IMPRENSA/JORNALISTA: SOMOS TODOS JORNALISTAS! (Graça Caldas)
Culturas institucionais
Éthos do assessor e do jornalista
O mundo do jornalista
O mundo do assessor
Que se espera do jornalista
Que se espera do assessor
Literatura recomendada

17 RELACIONAMENTO ASSESSOR/ASSESSORADO: ENTRE TAPAS E BEIJOS (Luciano Milhomem)
Véu e grinalda
Trêmulo mesmo sobre um mesmo tripé
O assessorado
O assessor
A informação
"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

18 RELACIONAMENTO FONTE/JORNALISTA (Jorge Duarte e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior)
Sobre a prática do jornalismo
Atores da notícia
Relacionamento com a imprensa
Preparação
Atendendo ao jornalista
Depois da entrevista
Falando ao microfone
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

19 ASSESSORIA DE IMPRENSANAERA DIGITAL (Roberto de Camargo Penteado Filho)
Introdução
Diferenças entre massa e público
Dados, informação e sistemas
Conhecimento e informação
Os modelos de Grunig e Hunt da prática da comunicação social
As funções de relações públicas
A prática desses modelos e funções no Brasil
Manual de assessoria de imprensa na sociedade da informação
Monitoramento da Internet
Substituindo papel por e-mail
Os efeitos do excesso de informação nos MCM
Administrando a entrega e a disponibilização da informação
A integração dos produtos
Do "ao vivo" para a teleconferência
A busca da informação on line
O jornalista na sociedade da informação
Referências bibliográficas
Literatura recomendada

20 COMUNICAÇÃO EM TEMPO DE CRISE (João José Forni)
Crise em tempo real
Primeira reação: assumir o controle
O que não fazer
Cardápio da crise
Comitê de crise
Eleger um porta-voz
Justiça pode não ser o caminho
Quem é meu público
Palavra-chave: credibilidade
Antes que a crise chegue
Administrar a versão e a crise
À guisa de conclusão
Referências bibliográficas

21 MEDINDO O RETORNO DO TRABALHO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA (Wilson da Costa Bueno)
Os equívocos da clipagem
A clipagem eletrônica ou na Web
Enxergando além do clipping
O buraco está à frente e atrás do clipping
Literatura recomendada

Glossário (Omar Barreto Lopes) Autor: Jorge Duarte


COMUNICAÇÃO PÚBLICA: Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público


MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL


Cláudio Amaral

Dos Estados Unidos para o Mundo
A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no início do século. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.
Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller.
Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Era "feroz, impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu principal objetivo: o monopólio ou melhor: o lucro fácil que o monopólio acabava gerando.
Segundo Chaparro, em O Processo de Relações Públicas, livro de autoria da pesquisadora norte-americana Hebe Wey, é possível ler que "denunciados, acusados e acuados" pela imprensa, os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma saída: contratar o jornalista Ivy Lee. Para eles, Lee era o único caminho que imaginavam para evitar novas denúncias, "a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública".

Até então a opinião pública não tinha a menor importância para eles
O escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey, "eram informações corretas, de interesse e de importância para o público". Eram informações tão honestas, segundo podemos concluir, que acabavam evitando novas denúncias contra os empresários mal falados, de acordo com a citada pesquisadora norte-americana.
Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era sério, honesto e profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiança que tantas dores de cabeça e decepções, tantos prejuízos, enfim, geraram para todos os profissionais sérios e honestos que há décadas vêm tentando fazer Comunicação Empresarial no Brasil?
O primeiro encarregado de Relações Públicas do mundo conseguiu sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey, escreveu e adotou uma carta de princípios que até hoje representa "uma excelente orientação para os especialistas modernos":
"Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Mais detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público".
O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade".
Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas.
Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha (1958).
Segundo a estudiosa Monique Augras, nos Estados Unidos, em 1936, seis em cada grupo de 300 empresas tinham serviços de Relações Públicas; em 1961, a relação era de 250 em 300; em 1970, beirava 100%.

NO BRASIL, A PARTIR DE JK
As Relações Públicas e, por conseqüência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos.
Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Conseqüentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antônio De Salvo.
Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valença, que em 1960 começou a aprender a profissão na J. W. Thompson. Três anos depois ele criou a primeira agência de Relações Públicas do país, a AAB.
Foi também por volta de 1960 que Antônio De Salvo começou a visitar as redações de jornais em São Paulo, capital e interior. Ele fazia o trabalho ingrato de convencer os editores a dar notícias a respeito das atividades e produtos da empresa onde trabalhava.
Naquela época – contou-me De Salvo na manhã do dia 4 de fevereiro de 1999, em sua sala, na ADS – os jornais não publicavam notícias de economia, quanto mais de empresas. As notícias eram de literatura, cultura, esportes, política, religião etc.
"Fui obrigado a convencê-los de que as empresas e seus produtos também mereciam ser notícias", disse-me De Salvo.
"As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertação de Mestrado na USP. "Com elas, generalizou-se também, na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraíram muitos jornalistas."
A regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969.
Durante mais de 20 anos os profissionais de Relações Públicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaboração de press-releases, por exemplo, era uma prerrogativa de apenas uma profissão. Os RPs nunca se conformaram também com a eventual ascensão de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado dentro da empresa ou do órgão público onde trabalhavam profissionais das duas categorias. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da política de Comunicação Empresarial.
De Salvo é contra essa disputa e diz que a regulamentação acabou prejudicando os RPs. Se assim não fosse – afirma o fundador da ADS, em 1971 – profissionais como os jornalistas Miguel Jorge e Walter Nori seriam Vice-Presidentes de RP e não de Assuntos Corporativos da Volkswagen e de Comunicação da Scania Latin América, respectivamente.
A verdade é que, como somos muito corporativistas – todos: jornalistas e relações públicas, em especial – nunca paramos para pensar que seria bem melhor unirmos forças e esforços para difusão das atividades de Comunicação Empresarial. Nunca, jamais, as entidades do setor se uniram para fazer uma campanha institucional em benefício de todos os profissionais que trabalham em Comunicação Empresarial. Sejam eles relações públicas, jornalistas, publicitários, marqueteiros, advogados, historiadores, administradores de empresas, sociólogos, engenheiros das mais diversas especialidades e até quem jamais passou pela porta de uma faculdade.

Com a palavra os sindicatos de jornalistas, radialistas e publicitários, o Conrerp (Conselho de Relações Públicas), a Aberje, a Aneci (Associação Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial), o Sinco (Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Empresarial) etc.

FATOS RELEVANTES NO BRASIL
Os profissionais de Comunicação Empresarial que se aventuraram a fazer o meio de campo entre seus clientes ou patrões (representados por empresas, empresários, órgãos públicos e seus dirigentes/políticos) e a imprensa (jornais, revistas, rádios, tevês etc.) enfrentaram os mais variados tipos de preconceito e discriminação ao longo de muitos anos.
No início, a culpa era dos profissionais de redação. Eles não conheciam as peculiaridades e não entendiam as sutilezas do trabalho dos jornalistas e dos profissionais de Relações Públicas que iam aos veículos levar notícias. Foi preciso muita paciência e dedicação para abrir espaço nas páginas de nossas principais publicações dos anos 60.

Depois, com o advento da ditadura militar e o conseqüente crescimento da corrupção, a partir de 31 de março de 1964, muitos empresários, políticos e até mesmo assessores de imprensa, todos inescrupulosos, não resistiram à tentação de dar bons presentes aos jornalistas. Presentes e às vezes até empregos fantasmas. E com os chamados jabaculês eles compraram alguns repórteres, redatores e editores que abriram a eles espaços indevidos.

Essa prática acabou gerando má vontade cada vez maior por parte dos jornalistas honestos em relação a toda a categoria dos assessores de imprensa.

Em meados dos anos 70, quando deixei a redação do "Estadão" em direção à Secretaria da Agricultura, meu amigo Meninão me deu o seguinte conselho: "Agora que você vai ser assessor de imprensa, evite dar presentes a jornalistas; se você der pra um, vai ter que dar para muitos; esse é um caminho sem volta".

Como era cada vez mais difícil pôr notícias em veículos sérios, alguns donos de empresas de Relações Públicas e assessoria de imprensa passaram a usar um novo artifício: mandavam às redações as moças mais bonitas e bem torneadas que encontravam nas faculdades de comunicação social. E algumas, como ganhavam um salário fixo pequeno e uma gratificação interessante por notícia publicada, faziam até o que não deviam com os garanhões das redações.

Por essas e outras, os profissionais sérios e escrupulosos encontravam cada vez mais dificuldades para o cumprimento do dever nosso do dia-a-dia.

As assessorias de imprensa só vieram a ganhar credibilidade a partir de 1978, após a última greve dos jornalistas de São Paulo. Por quê? Porque com a greve ocorreram muitas demissões nas redações e os demitidos tiveram que migrar para o nosso setor. Muitos como empregados e outros como seus próprios patrões.

"Alguns nomes conhecidos foram trabalhar em assessorias, o que levou a uma mudança na imagem dessas empresas", lembra Walter Nori na página 119 do livro Portas Abertas.

Seja por causa da greve de 1978 ou pelas vantagens que ela acabou gerando para as atividades de Comunicação Empresarial, hoje é possível encontrar na nossa área um número incalculável de jornalistas do primeiro time da profissão. Gente experiente e premiadíssima. Prêmios Esso aos montes.

Nem por isso, entretanto, ficou mais fácil fazer Comunicação Empresarial no Brasil. E a lógica é simples: com o crescimento das assessorias de imprensa, o espaço na mídia passou a ser disputado por um número cada vez maior de assessores e clientes. Ao mesmo tempo, as sucessivas crises econômicas fizeram com que diminuísse a verba publicitária e, por conseqüência, o volume de páginas editoriais.

Um exemplo: nos anos 80, os anos de ouro para a COMUNIC, os eventos patrocinados por nossos clientes (Volkswagen no automobilismo, Marlboro na Fórmula 1 e no motocross, Melitta, Vat 69 e Campari, entre outros, no tênis) tinham suas marcas exibidas diariamente nas páginas dos 50 maiores jornais do País e em quase todas os programas de esportes da televisão. Hoje – e ao longo de todos os anos 90 – isso só seria possível se, além de patrocinar eventos, essas marcas comprassem espaços na mídia.


É IMPORTANTE LEMBRAR QUE...
A Comunicação Empresarial não pode ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou seja, simplesmente como "um conjunto de métodos e técnicas de comunicação, dentro da empresa, dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores etc.)". Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial (O que é Comunicação Empresarial, página 18).

A imagem institucional de uma empresa é um ser vivo, dinâmico. Hoje, pode estar saudável, bem vista, aceita, festejada. Amanhã? Vai depender da história de hoje (O que é Comunicação Empresarial, página 21).

O serviço de comunicação das empresas não é coisa para amadores (O que é Comunicação Empresarial, página 24).

Uma boa Comunicação Empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da empresa (O que é Comunicação Empresarial, página 24).

Se o trabalhador não conhece a empresa na qual trabalha e não sabe qual é a filosofia que a anima, torna-se difícil estabelecer metas e passar para os consumidores e a sociedade a imagem que se deseja (O que é Comunicação Empresarial, página 42).

As empresas estão aprendendo que, tão importante quanto aparecer bem, é saber escutar e interpretar o que os consumidores estão tentando lhes falar. Ainda que eles estejam à beira de um ataque de nervos (O que é Comunicação Empresarial, página 49).

No mundo moderno, quem descuida da imagem é um grande candidato a colher fracassos, ao invés de lucros (O que é Comunicação Empresarial, página 77).

A imagem de uma empresa é formulada a partir das informações que a comunidade recebe a esse respeito. Sem uma comunicação eficiente, a imagem será difusa ou ruim, pois será formada com base em informações incompletas ou incorretas, em presunções e boatos (Portas Abertas, página 65).

A comunicação deve ser permanente, independentemente do comportamento do mercado ou do fato de a empresa ter ou não ações negociadas em bolsa (Portas Abertas, página 66).

A comunicação requer agilidade e rapidez para se evitar, na imprensa, a tão prejudicial expressão: "A empresa se recusou a falar sobre o assunto" (Portas Abertas, página 76).

Comunicação não se limita ao release, peça jornalística que ganhou força com o autoritarismo e começou a morrer com ele. O release está cada vez mais desacreditado e deve, sempre que possível, ser substituído por entrevistas (Portas Abertas, página 78).

O primeiro e principal público de uma empresa é o seu efetivo, sem o qual todo esforço de comunicação redundará nulo (Portas Abertas, página 86).

A comunicação não é útil, é indispensável; não é despesa, é investimento; é um processo permanente (Edson Vaz Musa em Portas Abertas, página 161).

Uma questão de formação, segundo Décio Miranda.
Essas observações me foram enviadas no dia 8 de fevereiro 1999, pelo jornalista e RP Decio Miranda, paulista do interior, como eu, radicado em Brasília...

A comunicação empresarial, tanto interna como externamente, mesmo onde existe assessoria específica, só não é melhor, na quase totalidade dos casos, por culpa da direção das empresas. Quase sempre, do presidente. Diante da necessidade de construir um simples galpão, por exemplo, o presidente da empresa pede ao engenheiro que prepare um projeto. Ele não determina que esse profissional use o material tal, ferro de tantas polegadas, tipo de argamassa, ou que a edificação tenha tal medida de pé direito. E não faz essa besteira porque quem entende do negócio, do material a ser utilizado e em que volume, é o engenheiro, um especialista.

Mutatis mutandis, o empresário não chama sua assessoria jurídica e diz: prepare uma ação contra a Receita Federal, por exemplo, e siga a seguinte linha, com os seguintes enfoques...

Nenhum empresário se mete a dizer ao médico da organização como conduzir seu comportamento clínico. Todos eles, no entanto – empresários, líderes setoriais, diretores de entidades representativas e vai por aí afora – se acham no direito de orientar, conduzir, quando não de ditar desde um release à elaboração de projetos de comunicação. Não pedem sugestão, não têm a humildade de dialogar, de trocar idéias, de pedir um projeto, como fazem com o engenheiro, com o advogado etc.

Com tal comportamento, desrespeitam o profissional de comunicação – tão profissional como o médico, o advogado, o engenheiro –, quando não o humilham perante a comunidade interna, em prejuízo da própria organização. Por que acontece assim? Por que o empresário não trata o profissional de Imprensa como trata os das demais áreas? Por que, não raro, as organizações empresariais põem na chefia de Comunicação pessoas de confiança, mas que nada têm a ver com o ramo? (advogados, economistas...)

Nunca me dediquei a buscar essas respostas. Penso, no entanto, que elas deverão ser procuradas em duas vertentes: primeira, o despreparo de alguns "profissionais", aliado à arrogância, à falta de disciplina organizacional. A cultura empresarial tem diferenças fundamentais com a atuação nos limites de uma redação. Quando esses fatos ocorrem, os titulares de comunicação empresarial, ou simples assessores de Imprensa, transmitem sinais que dificultam a aceitação deles no meio.

A hipótese da segunda vertente é a seguinte: como todo empresário, em princípio, sabe ler e escrever – mas não conhece princípios jurídicos ou de engenharia – acha-se no direito de ditar regras no campo da comunicação. A par disso, tem os que assim agem por prepotência, pelo desejo de mostrar amplo domínio intelectual de tudo e por aí afora. Em resumo: as organizações empresariais, representativas de classe, instituições públicas, não estão preparadas, ainda, para conviver de forma profissional com a área de comunicação. O problema é que só muito tarde – e só alguns – percebem quanto perdem com tal comportamento.


ASSESSORIA DE IMPRENSA

Desenvolvimento de produtos e serviços de assessoria de imprensa para agentes políticos, instituições, entidades, associativas e sindicais e órgãos públicos.

Desenvolvimento e divulgação de ações pelos meios de comunicação; assessoria de imprensa junto às diversas editorias dos jornais; monitoramento em tempo integral das informações publicadas pela imprensa; análise de retorno de mídia; produção de reportagens, entrevistas e notas exclusivas para programas radiofônicos. Oferece essas e outras soluções em Assessoria de Imprensa, respeitando sempre as características de linguagem de cada veículo de comunicação.

Atendimento à Imprensa
Contamos com profissionais específicos para lidar com a mídia, garantindo atendimento rápido, personalizado e acesso a informações qualificadas.

Levantamento de Pautas
Nossos colaboradores priorizam o contato permanente com os assessorados a fim de identificar assuntos de interesse público a serem veiculados pela imprensa.

Boletim de Sugestões de Pauta
Trabalhamos conjuntos de sugestões de pautas para matérias jornalísticas, reportagens e entrevistas nas diversas mídias junto aos veículos de comunicação.

Releases
Acompanhamos as atividades desenvolvidas pelos assessorados e disponibilizamos textos em formato jornalístico para os veículos de comunicação impressos. A produção de notícias tem como ênfase matérias jornalísticas e notas para colunas de diversas editorias e portais de notícias na internet.

Matérias Exclusivas
Produzimos matérias especiais e exclusivas para as diversas editorias, considerando as características textuais do veículo em que o produto jornalístico será divulgado.

Clipping Impresso e Eletrônico
Identificamos diariamente as citações e assuntos de interesse dos nossos clientes, produzidos pela mídia impressa ou pelas emissoras de rádio. A etapa seguinte consiste na organização e encaminhamento desse material para o conhecimento dos assessorados, nas formas digital e impressa.

Análise de Retorno de Mídia
A fim de realizar uma avaliação permanente de cada cliente e demonstrar os resultados obtidos, produzimos e apresentamos um relatório analítico de retorno de mídia fundamentado em pesquisa documental e análise de conteúdo. A partir desse relatório, planejamos estratégias para aperfeiçoar as ações a serem desenvolvidas.

Elaboração de Conteúdo para Websites
Desenvolvemos conteúdo especializado para ser publicado nas páginas de internet desenvolvidas e/ou reestruturadas por nossos clientes.

Produção de Áudio e Texto para Rádio
Disponibilizamos conteúdo em áudio e texto, especificamente para as estações de rádio, respeitando as características de linguagem do veículo.

APRESENTAÇÃO

Este site quer o melhor para você. O marketing transformou-se em um instrumento indispensável para as campanhas políticas e os mandatos eleitorais.

O marketing político está relacionado com a formação da imagem a longo prazo. É utilizado por pessoas e políticos que desejam projetar-se publicamente.

Já o marketing eleitoral é de curto prazo. As estratégias e as táticas de comunicação são montadas em cima de um ambiente vivo, já existente, em andamento e não de um ambiente criado.

Marketing Político e Marketing Eleitoral é o que propomos como ferramentas que necessitam, basicamente, estarem associadas ao QUERER, CRIAR e VENCER. Nota-se que nas campanhas eleitorais todos os candidatos caem na mesmice. Em regra, uns copiam os outros. Falta criatividade e coragem para fazer diferente. Para mostrar que é preciso ser diferente (e isto implica querer) é que estamos propondo algo (diferente) a todos que desejam sair-se vitoriosos nas eleições.

Você é um dos que topam mudar? Então vamos trabalhar juntos.

Lei Municipal 9.825/10 - Assessoria de Imprensa para Jornalista. E VOCÊ, o que acha?Postado por Guilherme Barbosa em 27 janeiro 2010 às 8:36
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Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas 3ª Região se manifesta sobre a Lei Municipal 9.825/10
O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - CONRERP 3ª Região lamenta a aprovação da Lei 9.825/10 que torna obrigatório o Diploma de Jornalismo para o exercício da atividade de Assessoria de Imprensa tornando a atividade privativa sem base legal, ética e de competência através de formação específica.
Tal lei Municipal fere a Lei Federal 5377 e Resolução Normativa Federal 43/02 que regulamenta a profissão de Relações Públicas.
O Profissional que atua como Assessor de Imprensa tem a perspectiva organizacional como ponto balizador de suas ações.
A Assessoria de Imprensa tem como principal função defender o interesse das instituições dentro da Sociedade usando como ferramenta principal o poder de Difusão da Mídia pelos Meios de Comunicação em Massa e Imprensa.
O CONRERP 3ª Região entende que a ação de atuar na Atividade de Assessoria de Imprensa não poderia ser exercida por profissional que tem em seu Juramento a defesa da Imparcialidade como é o caso do Jornalista que é um dos posicionamentos mais nobres na cobertura dos Fatos de interesse Público.
Essa ação profissional é e sempre foi do Profissional de Relações Públicas que além de ser garantido que tem na sua formação curricular a construção da competência nos Cursos de Relações Públicas de todo o Brasil e por meio dos livros dos autores mais respeitados de Comunicação Social e da área Administrativa.
Assim o CONRERP 3ª Região pretende contestar a Lei 9.825/10 junto aos órgãos de Justiça competentes.
O que acha da Lei Municipal 667/09?
Assessoria de imprensa para jornalistas, você concorda?

Permalink Responder até Bruno Blankenburg em 27 janeiro 2010 at 9:12
Guilherme e colegas do Horizonte RP,

como um comunicador social (habilitado em jornalismo) fico muito triste com as desavenças internas da comunicação, principalmente entre relações públicas e jornalistas e defendo uma união entre as diversas áreas, tal como acontece com a medicina, a engenharia e o direito - alguém já viu um cardiologista e um pediatra discutindo quem é mais médico?

Entretanto, o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal. O pior é que, além dos legisladores gastarem seu valioso tempo nessas leis absurdas, nós ficamos perdidos nessa selva de leis, não sabemos ao certo nossos direitos e deveres e não podemos exercer plenamente nossa cidadania.

O meu alívio é que o mercado é quem dita as principais normas, aquelas que realmente valem.

Grandioso Bruno.

Note bem, não temos a prentensão de criar ou promover conflitos com os demais profissionais da comunicação social. Pelo contrário, temos sim que nos unir para fortalecer uma área em constante desenvolvimento e com notáveis avanços.

A questão que você levantou: "o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal", complementou dizendo que a criação desta Lei Municipal (667/09) vai contra a Lei Federal (que regulamenta a profissão de RP no Brasil), que em tese, julga-se soberana perante as demais.

Deixo aqui um trecho da Lei Federal 5.377, que disclpina a profissão de Relações Públicas:

Capítulo II
Art 2º Consideram-se atividades específicas de Relações Públicas as que dizem respeito:
a) a informação de caráter institucional entre a entidade e o público, através dos meios de comunicação.

Tomando por pricípio esta, estamos portanto questionando o feito do nosso município com a lei 667/09.
Permalink Responder até Guilherme Barbosa em 22 março 2010 at 17:09
Informe Sobre Reunião com Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte e Autora da Lei 9.825/10 Vereadora Luzia Ferreira

O Conselho Regional de Relações Públicas – Conrerp 3ª Região (representado pelo Presidente, Secretário-Geral e Assessor Jurídico), reuniu-se no dia 05/03 com a Presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Sra. Luzia Ferreira, para discutir sobre a Lei Municipal 9.825/10 que atesta, entre outros, que a função de assessoria de imprensa deve ser exercida exclusivamente por um bacharel em jornalismo.

Amparados pela Lei Federal 5.377/67 e pela Resolução Normativa 43/02, discutiu-se sobre a inconstitucionalidade desta lei uma vez que a função de Assessoria de Imprensa tem como principal atividade defender o interesse das instituições dentro da Sociedade usando como ferramenta principal o poder de Difusão da Mídia pelos Meios de Comunicação em Massa e Imprensa.

Sendo assim o Conrerp 3ª Região apresentou a proposta de revisão desta lei, ao passo a V. Exa. Sra. Luzia Ferreira reconheceu os pontos destacados por este Conselho sobre os desacertos desta lei municipal.

Aguardamos confiante que a Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte responderá atentamente aos fatos apresentados e discutidos. Caso não haja uma consciência mais decisiva sobre este fato, o Conrerp 3ª Região, no uso de suas atribuições, deverá, portanto, acionar instâncias superiores.

Muito se ouve dizer sobre fatos como este, que na verdade quem dita as “regras do jogo” é o próprio mercado. Mas é fato que quando se sanciona uma lei, devemos entender que a partir deste momento as regras são balizadas pela lei, afinal, dura lex, sed lex.


Já que você fez uma comparação com os médicos, gostaria de evidenciar minha adimiração com estes que tanto respeitam um colega, bem como suas especialidades. Quando pensamos em um profissional especialista, talvez o médico é o que melhor ilustra essa figura. Ou o médico é pediatra ou geriatra. Ele não pensa: é tudo paciente. Se ele consegue fazer um diagnóstico que não lhe é de sua competência, ele encaminha seu paciente à outro especialista.

Talvez por isso que a medicina tem o prestígio que a comunicação talvez nunca terá. Profissional de comunicação não respeita a área do outro. Isto é certo. E não estou me referindo ao caso da assessoria de imprensa não. Quem de nós já não produziu um site ou elaborou uma peça gráfica, apenas por que conseguimos desvendar sem dificuldade alguns softwares? Existem os profissionais de tecnologias e os de design e a gente se quer lembra deles. O que fazemos é que ao fim de trabalhos como esse ficamos com ego ainda mais inflamado. Que coisa, né?

Pois é.... estes somos nós. Se um médico não dá um diagnóstico se não tiver acesso à um determinado exame. Nós sim realizamos campanhas sem briefing, elaboramos planos sem pesquisas, etc. Acho que está na hora de olharmos para essas coisas: vamos começar a reparar se estamos entrando na área do outro e deixando a nossa descoberta. Vamos assumir nossa incompetência para o que não for de nossa alçada e nos reafirmarmos no que nos diz respeito.

Vejo no mercado muita gente competente sem diploma algum na área da comunicação fazendo todos os nossos outros papéis que não o de assessoria de imprensa. E nós estamos brigando entre a gente (RP's e Jornalistas).

Se formos levarmos para outro lado, a coisa fica ainda pior. Por favor, me digam como ficam as redes sociais da web e os blogs sob a ótica do "quem faz oque". Os analistas de social media que fazem a gestão do relacionamento institucional no meio digital devem ser, por direito, Relações Públicas? E aqueles que fazem um trabalho muito parecido com o de assessoria, mas não de imprensa, de blogs. Já é comum os releases que são enviados aos blogueiros, assim como existem os posts pagos, similares às matérias pagas. Para este último caso, que profissional, garantido por lei, deve atuar como assessor?


Bruno Blankenburg disse:

Como um comunicador social (habilitado em jornalismo) fico muito triste com as desavenças internas da comunicação, principalmente entre relações públicas e jornalistas e defendo uma união entre as diversas áreas, tal como acontece com a medicina, a engenharia e o direito - alguém já viu um cardiologista e um pediatra discutindo quem é mais médico?
Entretanto, o que me deixa mais triste é ver o quanto nossos legisladores (vereadores, deputados e senadores) desconhecem a legislação brasileira. É incrível, mas muitas das leis aprovadas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e até no Congresso Nacional se contradizem e até ferem a Constituição Federal. O pior é que, além dos legisladores gastarem seu valioso tempo nessas leis absurdas, nós ficamos perdidos nessa selva de leis, não sabemos ao certo nossos direitos e deveres e não podemos exercer plenamente nossa cidadania.
Antes de mais nada, não sou jornalista, não tenho uma empresa de assessoria de imprensa e nem quero aparentar o “gostosão” que sabe-tudo-de-web, mas não podia deixar de publicar este texto sobre pequenas ações que uma empresa de assessoria de imprensa poderia adotar para ter mais resultados para seus clientes.

E mais, não vai aqui uma crítica à empresa responsável pela comunicação citada abaixo, mas pelo contrário, gostaria muito de ajudar não somente ela, como todas as empresas ligadas a este segmento de comunicação corporativa, com o simples raciocínio de que quanto mais empresas bem posicionadas na web, mais qualificado fica o mercado.

Tenho o costume de navegar em sites de releases, para ler sobre algumas novidades. E em um deles, achei uma nota com o título inusitado: “Peso para papel da Pinkish – Opção cheia de charme e elegância”.

Pensei: “porque uma empresa soltaria um release sobre um peso de papel? Deve ser efetivamente uma peça de grande beleza…”. O texto nem era muito convidativo – pelo menos para mim – e para ilustrar, faço um copy/paste abaixo:

“A Pinkish é uma empresa vanguardista que surpreende pela beleza de suas peças, confeccionadas artesanalmente com contas de vidro em estilo Murano.

Pensando em tornar o ambiente do escritório mais charmoso e elegante, com um toque especial, a Pinkish desenvolveu o Peso para Papel “WAVE”. Esta linda peça é uma verdadeira expressão de estilo e criatividade. Ao mesmo tempo útil e decorativa, é uma idéia que vai agradar em cheio na hora de presentear. Simplesmente fofo, vai fazer o maior sucesso!

Mais informações através do site www.pinkish.com.br”

Tudo bem que o tal site de releases não permite publicar um hiperlink para a página e o endereço não estava clicável. Mas tudo bem, curioso para ver o tal peso de papel “fofo”, copiei a url e colei no browser. Cheguei até a home da Pinkish…clica para lá, clica para cá, vai, volta….cadê o peso de papel????

Copiei o título do release, busquei exatamente ele no Google com o objetivo de encontrar alguns sites que publicaram o texto, para ver se achava uma imagem do tal produto. Fui até no link “imagens” do próprio Google, na esperança de achar…Bem, encontrei um site sobre imóveis que publicou a imagem em baixíssima qualidade. De posse da imagem em minha memória física, fui atrás da mesma no site da Pinkish e publico logo abaixo:

Agora o pequeno manual!
1.Crie um blog da sua empresa de assessoria de imprensa, mesmo usando uma conta gratuita do Wordpress ou Blogger, isso vai facilitar a publicação de imagens e textos com links.
2.Combine com seu cliente de atualizar a home do site, colocando em destaque o produto ou serviço que está sendo divulgado.
3.Ou melhor, se houver possibilidade, publique o link direto para o produto ou serviço divulgado.
4.Melhor ainda, a plataforma Wordpress tem múltiplas aplicações e com um investimento relativamente baixo – comparado com os resultados – seu cliente pode contratar uma dupla de designer e programador para construir um site adequado ao novo mundo da web.
5.E por fim, MÉTRICAS. Nunca faça nada na web sem a mínima possibilidade de medir algum resultado.
Bem, como disse no início, a real intenção é mostrar ao mercado – principalmente de assessoria de imprensa e/ou comunicação corporativa, que pequenas ações podem (e vão) promover um ganho de resultado enorme, tanto para a empresa quanto para seus clientes. Pode acreditar!








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Um apelo do fundador da Wikipédia Jimmy Wales.
Recebi muitos olhares estranhos quando, há dez anos, comecei a falar com pessoas sobre a Wikipédia.
Digamos apenas que alguns empresários eram cépticos da noção de que voluntários de todo o mundo poderiam juntar-se para criar uma colecção notável de conhecimento humano - tudo com o simples propósito de partilhar.

Sem anúncios. Sem lucros. Sem agenda escondida.

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